INOVAÇÃO, conhecimento e QUALIFICAÇÃO
Primeira parte: Inovação (continuação)
Vimos, por ora, que:
· A inovação pressupõe/exige a utilidade, benefício ou relevância social do resultado do acto criativo, a possibilidade da sua implementação ou aplicação prática, a sua sustentabilidade económica e, o que é mais importante, a criação de valor.
· A inovação é simultaneamente um resultado e um processo.
· A inovação envolve uma multiplicidade de actores, de interacções, de processos e actividades, e é necessário promover e implementar uma «política» e uma «cultura» de inovação. Em grande medida, a emergência da inovação está associada a “participação”, a “abertura”, a novas interacções, a novas redes e fluxos de informação.
Há que acrescentar que:
· A inovação não pode ser inteiramente compreendida e explicada por modelos lineares, baseados apenas na incorporação de novas tecnologias e práticas. É necessário recorrer a modelos mais complexos e dinâmicos que integram conceitos como fluxo de informação, aprendizagem, organização qualificante e gestão do conhecimento.
- «Para explicar a inovação, precisamos de uma nova teoria de criação do conhecimento em contexto organizacional. O ponto central da nossa epistemologia é a distinção entre conhecimento tácito e explícito ... a chave para a criação do conhecimento reside na mobilização e conversão do conhecimento tácito.»
- «Uma outra abordagem encara a inovação como um processo e um fluxo de conhecimento, mais do que um conjunto de acções e resultados. (...) Olhar a inovação como um processo de conhecimento abre uma nova perspectiva nas interacções entre inovação e criatividade, e a disciplina emergente da gestão do conhecimento.»
· A inovação pode ser um processo contínuo e gradual. Nem sempre é necessário alterar radicalmente o paradigma de base para obter resultados. Neste sentido, inovação não se opõe a «melhoria contínua»:
- «Inovações incrementais acrescentam valor. (...) A Microsoft é a campeã da inovação contínua.»
- «Podemos distinguir entre a inovação que tem a ver com a melhoria (fazer melhor ou diferente algo já existente) e a inovação que cria algo novo ou radicalmente diferente (por exemplo, a invenção e comercialização das fotocopiadoras).»
- «Segundo a literatura, mais de 90% das inovações são incrementais.»
(continua)
Carlos Capela
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