Querias calor? Andavas a gozar com velho pescador das barbas? Espera aí que já te digo... Levas com o molho de chaves na testa que te lixas!
E vai de dar ordem ao Sol para apertar com a gente...
Este S. Pedro é de rancores. Não acho bem.
Agora aguentemos enquanto não lhe passar a tramontana.
Para ajudar a refrescar a mona sugiro um poema mais fresquinho, com sabor, ruído e vista de água (como dizia o velho Afonso da Maia). Bem, aqui o sabor é mais a sal...
Brise Marine
La chair est triste, hélas ! et j’ai lu tous les livres.
Fuir ! là-bas fuir! Je sens que des oiseaux sont ivres
D’être parmi l’écume inconnue et les cieux !
Rien, ni les vieux jardins reflétés par les yeux
Ne retiendra ce coeur qui dans la mer se trempe
Ô nuits ! ni la clarté déserte de ma lampe
Sur le vide papier que la blancheur défend
Et ni la jeune femme allaitant son enfant.
Je partirai ! Steamer balançant ta mâture,
Lève l’ancre pour une exotique nature !
Un Ennui, désolé par les cruels espoirs,
Croit encore à l’adieu suprême des mouchoirs !
Et, peut-être, les mâts, invitant les orages,
Sont-ils de ceux qu’un vent penche sur les naufrages
Perdus, sans mâts, sans mâts, ni fertiles îlots …
Mais, ô mon coeur, entends le chant des matelots !
Stéphane Mallarmé
Nota: Stéphane Mallarmé foi um poeta francês (1842-1898) considerado (com Verlaine) um dos expoentes do simbolismo. Era pouco conhecido até que , em 1883, Verlaine publicou uma série de artigos de Mallarmé intitulados "les poètes maudits". Stéphane Mallarmé foi ainda alvo de um sumptuoso elogio por parte de J. K. Huysmans, ao escrever o romance "A rebours", elogio que o levou a ser reconhecido como um eminente poeta francês. A partir desta altura foi visitado por conhecidos escritores, pintores e músicos da época.
Embora breve e inacabada, a sua obra apresenta-se hoje como uma das que determinaram a evolução da literatura no século XX.
sexta-feira, junho 28, 2013
quinta-feira, junho 27, 2013
A Greve Geral
Mais uma . Será a 4ª ou a 5ª de que lembro bem, contando desde 1974.
Circulavam mais carros na rua e não se via nenhum transporte público, mas essa pareceu-me ser a única diferença entre este dia 27 e os outros dias do mês...
Os trabalhadores privados devem vir quase todos trabalhar (quem tem c* tem medo) enquanto que os públicos, que são os que se vão mais lixando todos os dias, devem ser os que mais aderem à Greve. Nada de novo.
Restam os Pensionistas, que se pudessem fariam todos também greve, mas dadas as circunstâncias e não sendo muito prático fazer greve lá em suas casas ao trabalho doméstico, pouco se dará no dia de hoje pela sua revolta. Que é grande e válida.
O nosso PM esteve ontem mal, ao dizer que "o País precisa é de Trabalho e de Rigor, e não de Greves".
Quem o ouvir e não o conhecer até poderia entender que este é um país de madraços a quem é preciso ameaçar para que trabalhem...
Pelo contrário, este é um país de trabalhadores que deveriam mas era ameaçar os madraços que os não deixam trabalhar...
E aproximam-se as Autárquicas. Aproveitemos a oportunidade.
Circulavam mais carros na rua e não se via nenhum transporte público, mas essa pareceu-me ser a única diferença entre este dia 27 e os outros dias do mês...
Os trabalhadores privados devem vir quase todos trabalhar (quem tem c* tem medo) enquanto que os públicos, que são os que se vão mais lixando todos os dias, devem ser os que mais aderem à Greve. Nada de novo.
Restam os Pensionistas, que se pudessem fariam todos também greve, mas dadas as circunstâncias e não sendo muito prático fazer greve lá em suas casas ao trabalho doméstico, pouco se dará no dia de hoje pela sua revolta. Que é grande e válida.
O nosso PM esteve ontem mal, ao dizer que "o País precisa é de Trabalho e de Rigor, e não de Greves".
Quem o ouvir e não o conhecer até poderia entender que este é um país de madraços a quem é preciso ameaçar para que trabalhem...
Pelo contrário, este é um país de trabalhadores que deveriam mas era ameaçar os madraços que os não deixam trabalhar...
E aproximam-se as Autárquicas. Aproveitemos a oportunidade.
quarta-feira, junho 26, 2013
Quarta Feira esquizofrénica
De manhã a acompanhar a "santa" em mais uma visita aos Hospitais, de tarde um convívio esperado há muito tempo com Amigos antigos da Invicta.
Por isso hoje não me demoro muito aqui. Meti um dia de férias para tratar da senhora Mãe e depois dar alguma atenção às outras devoções.
Apenas um reparo de cidadão sobre a forma como os assuntos dos portugueses doentes estão a ser tratados aqui no burgo: estando fora de cena o computador das receitas (ou lá como se chama), a Médica demorou uma horita e meia com o primeiro doente, provavelmente a treinar a passagem das ditas receitas à mão, coisa que já não fazia desde os tempos dos escudos...
A União Europeia os deu. A União Europeia os levou (ou levará)...
Falo dos computadores.
Por isso hoje não me demoro muito aqui. Meti um dia de férias para tratar da senhora Mãe e depois dar alguma atenção às outras devoções.
Apenas um reparo de cidadão sobre a forma como os assuntos dos portugueses doentes estão a ser tratados aqui no burgo: estando fora de cena o computador das receitas (ou lá como se chama), a Médica demorou uma horita e meia com o primeiro doente, provavelmente a treinar a passagem das ditas receitas à mão, coisa que já não fazia desde os tempos dos escudos...
A União Europeia os deu. A União Europeia os levou (ou levará)...
Falo dos computadores.
terça-feira, junho 25, 2013
A Ver Navios
Gosto do Mar desde que me lembro. Gosto de me deitar ali nas ondas e de me rebolar por dentro da mãe-água, ficando por lá enquanto os pulmões aguentarem.
Não gosto é de areia, o que neste país de belas e longas praias me traz algum desconforto no percurso de, e para, o ambicionado mar.
A areia é chata porque se mete em tudo. E há que a limpar bem antes do regresso a casa, para não ouvir os sermões da "sargenta". A santa cá de baixo diz que já vê mal, mas para certas coisas vê melhor do que a águia do Benfica (não, não se trata de um milhafre!!).
Quem vê cada vez pior sou eu! Míope garantidíssimo, com as diopterias a caminhar para 4 ou 5 (nunca me lembro). E como ainda não se descobriu a forma de um gajo ir tomar banho com óculos, (mergulhando , não apenas lavando os joelhos ou pouco mais acima) penso que estão todos os leitores a ver a cena do pato-toupeira a caminho da orla marítima, sempre a olhar em frente e não reconhecendo quem com ele se cruza no areal.
E, pior, nunca sabendo se a figura que se estende na areia mesmo ali ao lado merece mais um olhar, sendo do tipo Garota de Ipanema, ou se, pelo contrário, se trata de alguma coisa mais do tipo Garota Jaburu...
Nota: Jaburu é calão brasuca para mulher muito feia, baranga, bruxa, canhão.
Para já não falar das rochas afiadas que a vista não deteta e que o delicado pézinho vai sentindo, ou das topadas que o dedão do mesmo pé vai dando em pedritas mal enterradas na dita areia...
Por todos estes motivos, e embora gostando muito de mar, raramente vou à Praia. Tentei aquela história das piscinas naturais. Mas à primeira vez não vi (lá está a deficiência) os limos no chão, escorreguei e dei um soleníssimo bate-cú à vista de toda a gente, ali nas bordas da piscina do Tamariz.
Resta a piscina do "resort" com água salgada para matar as saudades do mar. Mas não é a mesma coisa, nem que tenha , por cima das amuradas, o mar oceano lá em baixo chamando-me para o seu convívio com o barulho de embalar que as ondas fazem na rebentação.
Desta forma e na maior parte dos dias livres e de férias, no que toca a banhos de mar fico mesmo a "Ver Navios"...
O que vale é que fico a "ver navios" ali sentado nalguma esplanada, com os óculos bem postos no nariz, bebendo e comendo e apreciando as vistas: de facto alguns navios, mas também e felizmente uns aviões, bastantes chatas e charutos (hoje de moda, é a anorexia) e de quando em vez a velha barcaça larga à antiga portuguesa, de peito imponente e anca galeónica.
Não se pode ter tudo.... E em caso de desespero há sempre o Rhinomer para usar em casa.
Não gosto é de areia, o que neste país de belas e longas praias me traz algum desconforto no percurso de, e para, o ambicionado mar.
A areia é chata porque se mete em tudo. E há que a limpar bem antes do regresso a casa, para não ouvir os sermões da "sargenta". A santa cá de baixo diz que já vê mal, mas para certas coisas vê melhor do que a águia do Benfica (não, não se trata de um milhafre!!).
Quem vê cada vez pior sou eu! Míope garantidíssimo, com as diopterias a caminhar para 4 ou 5 (nunca me lembro). E como ainda não se descobriu a forma de um gajo ir tomar banho com óculos, (mergulhando , não apenas lavando os joelhos ou pouco mais acima) penso que estão todos os leitores a ver a cena do pato-toupeira a caminho da orla marítima, sempre a olhar em frente e não reconhecendo quem com ele se cruza no areal.
E, pior, nunca sabendo se a figura que se estende na areia mesmo ali ao lado merece mais um olhar, sendo do tipo Garota de Ipanema, ou se, pelo contrário, se trata de alguma coisa mais do tipo Garota Jaburu...
Nota: Jaburu é calão brasuca para mulher muito feia, baranga, bruxa, canhão.
Para já não falar das rochas afiadas que a vista não deteta e que o delicado pézinho vai sentindo, ou das topadas que o dedão do mesmo pé vai dando em pedritas mal enterradas na dita areia...
Por todos estes motivos, e embora gostando muito de mar, raramente vou à Praia. Tentei aquela história das piscinas naturais. Mas à primeira vez não vi (lá está a deficiência) os limos no chão, escorreguei e dei um soleníssimo bate-cú à vista de toda a gente, ali nas bordas da piscina do Tamariz.
Resta a piscina do "resort" com água salgada para matar as saudades do mar. Mas não é a mesma coisa, nem que tenha , por cima das amuradas, o mar oceano lá em baixo chamando-me para o seu convívio com o barulho de embalar que as ondas fazem na rebentação.
Desta forma e na maior parte dos dias livres e de férias, no que toca a banhos de mar fico mesmo a "Ver Navios"...
O que vale é que fico a "ver navios" ali sentado nalguma esplanada, com os óculos bem postos no nariz, bebendo e comendo e apreciando as vistas: de facto alguns navios, mas também e felizmente uns aviões, bastantes chatas e charutos (hoje de moda, é a anorexia) e de quando em vez a velha barcaça larga à antiga portuguesa, de peito imponente e anca galeónica.
Não se pode ter tudo.... E em caso de desespero há sempre o Rhinomer para usar em casa.
segunda-feira, junho 24, 2013
Lá para Trás dos Montes
Numa viagem daquelas de meter carro em auto-estrada e só o retirar umas 5 horas depois, lá chegámos a Montalegre. Imagino o que seria antigamente para fazer 570 Km em vias nacionais ou distritais, até chegarmos ali por alturas da Serra do Alvão, e depois disso...
Mas obviamente que aquilo que se ganha em tempo perde-se em cenário, em comunhão com a natureza, em observação das gentes e outros folclores locais.
Por acaso saímos primeiro de uma das "A's" - perdi a conta a qual foi - para ir almoçar ao Restaurante "Ferrugem" , ali perto de S. Miguel de Seide, mas ainda no concelho de Famalicão.
Vou deixar que a Fátima fale dele primeiro no seu blogue "À Mesa com Fátima Moura", por cortesia, mas sempre vos direi que se come bem no género moderno. Pratos desenhados por artista, imaginação que baste e confeção cuidada. Bons vinhos do Norte sobretudo!
Em Montalegre (onde cheguei já com o cú dormente, por volta das 18,30h ) fomos jantar com a malta dos CTT da área Norte.
Comeu-se numa pequena tasquinha junto ao Castelo. Presuntinho de entrada, com pão de centeio da zona (soberbos), pickles feitos lá no restaurante, vitela assada no forno com batatas transmontanas ( que são as melhores do mundo) e salada ali da horta ao lado. Queijo e doce de abóbora. Vinhos locais , branco e tinto, à descrição e cafés.
Tudo por ...12,5 eurinhos por cabeça! E em quantidade que chegou e sobrou . É a província no seu melhor!
A cerimónia que se seguiu, no ECOMuseu que tem o nome do afamado Padre Fontes, contou com mais de 100 pessoas! E vendemos livros em barda! A autora chegou ao fim da noite com o pulso feito em papas de tanto livro assinar. Foram cerca de 160!
E quando partimos no dia seguinte - muito cedo, antes das 7h - que delícia ver as perdizes aos saltos no meio da estrada, no caminho de Montalegre para Chaves...
Parámos ainda numa padaria de beira da estrada, a comprar aquele pão magnífico quente do forno, e depois ala para Cascais!
Estradinhas de campo ladeadas por arbustos amarelos estonteantes, e cheiro de alfazema, alecrim e estevas a entrar pelas janelas do carro. Que maravilha!
Até chegar à primeira auto-estrada, está claro!
Mas era preciso ganhar tempo, que havia nesse Sábado afazeres da nossa autora na Fortaleza do Guincho, à hora do almoço. E lá chegámos antes do meio-dia!
Mas obviamente que aquilo que se ganha em tempo perde-se em cenário, em comunhão com a natureza, em observação das gentes e outros folclores locais.
Por acaso saímos primeiro de uma das "A's" - perdi a conta a qual foi - para ir almoçar ao Restaurante "Ferrugem" , ali perto de S. Miguel de Seide, mas ainda no concelho de Famalicão.
Vou deixar que a Fátima fale dele primeiro no seu blogue "À Mesa com Fátima Moura", por cortesia, mas sempre vos direi que se come bem no género moderno. Pratos desenhados por artista, imaginação que baste e confeção cuidada. Bons vinhos do Norte sobretudo!
Em Montalegre (onde cheguei já com o cú dormente, por volta das 18,30h ) fomos jantar com a malta dos CTT da área Norte.
Comeu-se numa pequena tasquinha junto ao Castelo. Presuntinho de entrada, com pão de centeio da zona (soberbos), pickles feitos lá no restaurante, vitela assada no forno com batatas transmontanas ( que são as melhores do mundo) e salada ali da horta ao lado. Queijo e doce de abóbora. Vinhos locais , branco e tinto, à descrição e cafés.
Tudo por ...12,5 eurinhos por cabeça! E em quantidade que chegou e sobrou . É a província no seu melhor!
A cerimónia que se seguiu, no ECOMuseu que tem o nome do afamado Padre Fontes, contou com mais de 100 pessoas! E vendemos livros em barda! A autora chegou ao fim da noite com o pulso feito em papas de tanto livro assinar. Foram cerca de 160!
E quando partimos no dia seguinte - muito cedo, antes das 7h - que delícia ver as perdizes aos saltos no meio da estrada, no caminho de Montalegre para Chaves...
Parámos ainda numa padaria de beira da estrada, a comprar aquele pão magnífico quente do forno, e depois ala para Cascais!
Estradinhas de campo ladeadas por arbustos amarelos estonteantes, e cheiro de alfazema, alecrim e estevas a entrar pelas janelas do carro. Que maravilha!
Até chegar à primeira auto-estrada, está claro!
Mas era preciso ganhar tempo, que havia nesse Sábado afazeres da nossa autora na Fortaleza do Guincho, à hora do almoço. E lá chegámos antes do meio-dia!
quinta-feira, junho 20, 2013
Descansando a Vista na Quinta (Feira)
Estamos entregues ao ruralismo. Depois dos discursos marcadamente bucólicos tivemos ontem mais uma sessão de plantio, desta vez de árvores no centro de Lisboa ( e não posso refilar muito porque lá estava a besta eu , tapando com a barrigana a vista às câmaras de TV, com a minha caixa dos carimbos pela mão).
Desta forma , descansar a vista numa Quinta parece adequado ao momento atual, onde as cidades - veja-se no Brasil - parecem ser demasiado agitadas com más notícias.
Existem contudo boas notícias que transcendem a ruralidade deste Portugal:
- A hora média do valor do trabalho continua a descer em Portugal.
- A convergência para os índices de poder de compra médios na Europa também continua a descer no nosso País. Já foi de 80%, estamos agora em 75% e com tendência para baixar ainda mais...
Já ouço os leitores:
- Este c*** de Blogger está cada vez mais louco! Onde é que estas são "boas notícias"?!
Esqueci-me de precisar que são Boas Notícias do ponto de vista da Troika. De facto, a Troika entende que quanto menos se pagar aos trabalhadores e quanto menos estes gastarem, mais o País prospera.
Tentei interpretar fazendo uma racionalização da minha lavra, em dois pequenos passos:
1 - Quanto menos pagar o Estado e as Empresas aos funcionários e trabalhadores mais investimento e mais empregos criarão. (Não se vê nada disso, provavelmente porque sou míope)
2 -Por outro lado, quanto menos receberem os trabalhadores e funcionários tugas, menos gastam, e ao gastar menos estão a contribuir para fechar mais empresas e aumentar o desemprego... (Isto tá-se a ver mesmo a sério, mesmo com a miopia)
Antigamente chamava-se a isto (em Teoria dos Jogos) um jogo de soma nula...Mas adiante...
Venha então Poema solidário com o direito ao trabalho e a ser feliz trabalhando, de António Ramos Rosa:
Um Ofício que Fosse de Intensidade e Calma
Um ofício que fosse de intensidade e calma
e de um fulgor feliz
E que durasse
com a densidade ardente e contemporâneo
de quem está no elemento aceso e é a estatura
da água num corpo de alegria
E que fosse fundo
o fervor de ser a metamorfose da matéria
que já não se separa da incessante busca
que se identifica com a concavidade originária
que nos faz andar e estar de pé
expostos sempre à única face do mundo
Que a palavra fosse sempre a travessia
de um espaço em que ela própria fosse aérea
do outro lado de nós e do outro lado de cá
tão idêntica a si que unisse o dizer e o ser
e já sem distância e não-distância nada a separasse
desse rosto que na travessia é o rosto do ar e de nós próprios
António Ramos Rosa, in "Poemas Inéditos"
Desta forma , descansar a vista numa Quinta parece adequado ao momento atual, onde as cidades - veja-se no Brasil - parecem ser demasiado agitadas com más notícias.
Existem contudo boas notícias que transcendem a ruralidade deste Portugal:
- A hora média do valor do trabalho continua a descer em Portugal.
- A convergência para os índices de poder de compra médios na Europa também continua a descer no nosso País. Já foi de 80%, estamos agora em 75% e com tendência para baixar ainda mais...
Já ouço os leitores:
- Este c*** de Blogger está cada vez mais louco! Onde é que estas são "boas notícias"?!
Esqueci-me de precisar que são Boas Notícias do ponto de vista da Troika. De facto, a Troika entende que quanto menos se pagar aos trabalhadores e quanto menos estes gastarem, mais o País prospera.
Tentei interpretar fazendo uma racionalização da minha lavra, em dois pequenos passos:
1 - Quanto menos pagar o Estado e as Empresas aos funcionários e trabalhadores mais investimento e mais empregos criarão. (Não se vê nada disso, provavelmente porque sou míope)
2 -Por outro lado, quanto menos receberem os trabalhadores e funcionários tugas, menos gastam, e ao gastar menos estão a contribuir para fechar mais empresas e aumentar o desemprego... (Isto tá-se a ver mesmo a sério, mesmo com a miopia)
Antigamente chamava-se a isto (em Teoria dos Jogos) um jogo de soma nula...Mas adiante...
Venha então Poema solidário com o direito ao trabalho e a ser feliz trabalhando, de António Ramos Rosa:
Um Ofício que Fosse de Intensidade e Calma
Um ofício que fosse de intensidade e calma
e de um fulgor feliz
E que durasse
com a densidade ardente e contemporâneo
de quem está no elemento aceso e é a estatura
da água num corpo de alegria
E que fosse fundo
o fervor de ser a metamorfose da matéria
que já não se separa da incessante busca
que se identifica com a concavidade originária
que nos faz andar e estar de pé
expostos sempre à única face do mundo
Que a palavra fosse sempre a travessia
de um espaço em que ela própria fosse aérea
do outro lado de nós e do outro lado de cá
tão idêntica a si que unisse o dizer e o ser
e já sem distância e não-distância nada a separasse
desse rosto que na travessia é o rosto do ar e de nós próprios
António Ramos Rosa, in "Poemas Inéditos"
Blogger em Montalegre amanhã
Mais uma sessão de autógrafos para os autores do nosso Livro Sabores do Ar e do Fogo. Desta vez em Montalegre , onde existe a famosa localidade de Pitões das Júnias! Considerada a mais remota e inóspita de Portugal.
Remota pode ser, mas inóspita não é nada! Ampla de hospitalidade e de franqueza transmontana. E a necessitar de umas visitas...
Vejam aqui sff:
http://www.pitoesdasjunias.com/
Parto logo de manhã cedo, pelo que não passo por aqui na Sexta Feira.
Remota pode ser, mas inóspita não é nada! Ampla de hospitalidade e de franqueza transmontana. E a necessitar de umas visitas...
Vejam aqui sff:
http://www.pitoesdasjunias.com/
Parto logo de manhã cedo, pelo que não passo por aqui na Sexta Feira.
quarta-feira, junho 19, 2013
130 Anos do IICT
Parto agora para o Jardim Botânico Tropical do IICT (Palácio Conde da Calheta) para uma cerimónia comemorativa dos 130 anos daquela notável instituição que - entre muitas outras maravilhas de que falarei com tempo - alberga e cuida do Arquivo Nacional Ultramarino.
Vejam aqui sff:
http://www2.iict.pt/
Vejam aqui sff:
http://www2.iict.pt/
terça-feira, junho 18, 2013
Porque é que a chuva não faz Greve?
Tenho a opinião que muitos lideres sindicais estão a ignorar as questões do tempo e sua influência nas relações laborais...
Do ponto de vista político quer Vitor Gaspar quer o próprio PR (este de forma indireta) reconheceram o peso das desbundas celestiais na nossa vidinha de todos os dias. As previsões e concretizações de aguaceiros terão tido importância não despiscienda no (ligeiro) atraso da nossa recuperação económica.
Não se trataria do IVA mais que elevado no segmento HORECA - Hotéis, Restaurantes e Cafés (não confundir com o segmento CARECA- Casas de P****, Recauchutagens e Cagat*****!), nem sequer da redução dos ordenaditos na Função pública e similares, que levaram à queda do consumo e daí aos despedimentos e fecho de empresas.
Nada disso companheiros! Foi a chuva. A chuvinha fora de tempo...Sem chuva não há tomates, sem tomates não há alegria no lar, sem alegria no lar não há vontade de vergar a mola, sem vergar a mola não há pão e sem pão ninguém tem razão.
Esta é a inescapável e única racionalização do que nos acontece do ponto de vista económico: trata-se de um problema hortícola, causado pela desestabilização dos sistemas de pressões e anti-ciclones.
Pelo que me ergo nos bicos dos pés e pergunto aos céus:
-Até quando, camaradas, aturaremos esta insuportável opressão dos elementos?!?!
- Até quando o Povo poderá aguentar estes lençóis de água fora de época?!?!
- Porque se cala o Arménio Carlos quando faz mesmo falta?!?
- E quando aparecerá o Mário Nogueira dos Cumulonimbus (atenção à ortografia cãzada!!) ,Stratocumulus, Nimbostratus, Altocumulus e outras?
- Nuvens de todas as espécies à Greve Geral Já!!
- O São Pedro? Demissão! Demissão! Demita-se o velho!! Substitua-se pelo Mário Soares!
Do ponto de vista político quer Vitor Gaspar quer o próprio PR (este de forma indireta) reconheceram o peso das desbundas celestiais na nossa vidinha de todos os dias. As previsões e concretizações de aguaceiros terão tido importância não despiscienda no (ligeiro) atraso da nossa recuperação económica.
Não se trataria do IVA mais que elevado no segmento HORECA - Hotéis, Restaurantes e Cafés (não confundir com o segmento CARECA- Casas de P****, Recauchutagens e Cagat*****!), nem sequer da redução dos ordenaditos na Função pública e similares, que levaram à queda do consumo e daí aos despedimentos e fecho de empresas.
Nada disso companheiros! Foi a chuva. A chuvinha fora de tempo...Sem chuva não há tomates, sem tomates não há alegria no lar, sem alegria no lar não há vontade de vergar a mola, sem vergar a mola não há pão e sem pão ninguém tem razão.
Esta é a inescapável e única racionalização do que nos acontece do ponto de vista económico: trata-se de um problema hortícola, causado pela desestabilização dos sistemas de pressões e anti-ciclones.
Pelo que me ergo nos bicos dos pés e pergunto aos céus:
-Até quando, camaradas, aturaremos esta insuportável opressão dos elementos?!?!
- Até quando o Povo poderá aguentar estes lençóis de água fora de época?!?!
- Porque se cala o Arménio Carlos quando faz mesmo falta?!?
- E quando aparecerá o Mário Nogueira dos Cumulonimbus (atenção à ortografia cãzada!!) ,Stratocumulus, Nimbostratus, Altocumulus e outras?
- Nuvens de todas as espécies à Greve Geral Já!!
- O São Pedro? Demissão! Demissão! Demita-se o velho!! Substitua-se pelo Mário Soares!
segunda-feira, junho 17, 2013
Solar do Forcado em Portalegre
Agora que - sinal dos tempos - José Júlio Vintém teve (infelizmente e com muita pena de todos os cultores da boa mesa) que abandonar a sua aventura quase solitária de apoios no Tomba Lombos, parece que o melhor restaurante da Cidade de Portalegre será este :
Restaurante: Solar do Forcado
Rua Cândido dos Reis, 14
Telef: 245.330.866
7300-129 Portalegre
Casa pequena e acolhedoura, não muito fácil de dar com ela nesta cidadezinha antiga feita de pequenas ruas e praças atrás de praças, encantadora para quem a descobre com os seus vagares, mas algo confusa para quem deseja estacionar perto da "manjedoura" como aparentemente é o caso de todos os portugas quando chegam a algum lado.
O que vos posso dizer é que procurem a cidade velha e dentro desta , tendo por referência o Largo da Catedral onde podem estacionar, virem as costas à mesma - pedindo licença! - e dirijam-se à sede da PSP (passando primeiro pela da GNR). É quase uma peregrinação autoritária! Aí - na PSP - perguntem pelo Restaurante porque já estão perto...
Boas mesas, boas toalhas e guardanapos, bons copos e talheres.
Carta limitada e tendo por base muita "grelha"... De Porco Preto, obviamente, mas também de gado vacum taurino (para honrar o nome da casa). Boa lista de vinhos, esmagadora no Alentejo, mas com a grande virtude de sair do vulgar e entrar nas pequenas produções locais! Bem visto!
O Prato recomendado (do dia) era Cozido à Portuguesa (atenção que não era o cozido de grão, nem a sopa da panela, nem outras variações transtaganas da velhinha "olla").
Opinião esquizofrénica se revelou: bons enchidos, boa carne de porco, má batata, más couves (repolho, mas também quem vai comer cozido no Verão?)... Quantidade assim-assim. Que baste para quem come medianamente, um pouco "apertada" para quem come um pouco mais.
O vinho tinto da Urra (colheita do ano de 2011) estava excelente e salvou a refeição. Isso e o Pata Negra de Salamanca da entrada...
Doces conventuais estavam na carta (mas não os provámos), indo antes por umas excelentes cerejas da Serra de S. Mamede (S. Julião).
Pagaram 3 almas (penadas) por esta refeição um pouco menos de 60€. Muito razoavel para o que se comeu e bebeu, com cafés mas sem digestivos que o caminho para casa era longo ...
Em conclusão: temos de lhe dar mais oportunidades de mostrar aquilo que tem. Pareceu-me ser uma casa honesta e com boas carnes (o que já é muito).
Resta aconselhar os leitores a irem, mas a reservarem, porque sendo dia de semana e de trabalho, lá para as 13,30h já seria difícil pousar neste Solar...Vai a edilidade, vão as empresas locais...
Restaurante: Solar do Forcado
Rua Cândido dos Reis, 14
Telef: 245.330.866
7300-129 Portalegre
Casa pequena e acolhedoura, não muito fácil de dar com ela nesta cidadezinha antiga feita de pequenas ruas e praças atrás de praças, encantadora para quem a descobre com os seus vagares, mas algo confusa para quem deseja estacionar perto da "manjedoura" como aparentemente é o caso de todos os portugas quando chegam a algum lado.
O que vos posso dizer é que procurem a cidade velha e dentro desta , tendo por referência o Largo da Catedral onde podem estacionar, virem as costas à mesma - pedindo licença! - e dirijam-se à sede da PSP (passando primeiro pela da GNR). É quase uma peregrinação autoritária! Aí - na PSP - perguntem pelo Restaurante porque já estão perto...
Boas mesas, boas toalhas e guardanapos, bons copos e talheres.
Carta limitada e tendo por base muita "grelha"... De Porco Preto, obviamente, mas também de gado vacum taurino (para honrar o nome da casa). Boa lista de vinhos, esmagadora no Alentejo, mas com a grande virtude de sair do vulgar e entrar nas pequenas produções locais! Bem visto!
O Prato recomendado (do dia) era Cozido à Portuguesa (atenção que não era o cozido de grão, nem a sopa da panela, nem outras variações transtaganas da velhinha "olla").
Opinião esquizofrénica se revelou: bons enchidos, boa carne de porco, má batata, más couves (repolho, mas também quem vai comer cozido no Verão?)... Quantidade assim-assim. Que baste para quem come medianamente, um pouco "apertada" para quem come um pouco mais.
O vinho tinto da Urra (colheita do ano de 2011) estava excelente e salvou a refeição. Isso e o Pata Negra de Salamanca da entrada...
Doces conventuais estavam na carta (mas não os provámos), indo antes por umas excelentes cerejas da Serra de S. Mamede (S. Julião).
Pagaram 3 almas (penadas) por esta refeição um pouco menos de 60€. Muito razoavel para o que se comeu e bebeu, com cafés mas sem digestivos que o caminho para casa era longo ...
Em conclusão: temos de lhe dar mais oportunidades de mostrar aquilo que tem. Pareceu-me ser uma casa honesta e com boas carnes (o que já é muito).
Resta aconselhar os leitores a irem, mas a reservarem, porque sendo dia de semana e de trabalho, lá para as 13,30h já seria difícil pousar neste Solar...Vai a edilidade, vão as empresas locais...
sexta-feira, junho 14, 2013
Para Descansar a Vista
Vai estar bom tempo neste fim de semana (mas piora para segunda feira, não se entusiasmem já!) . Pelo menos dará para "brincar" um bocadinho aos Santos Populares. Com a sardinha a 1,5euro cada uma - a seco - também não dará para brincar grande coisa...
Mas cá vai poema adequado à quadra. Do meu mestre Vinícius respinguei um poeminha para crianças em honra de S. Francisco. Santo António ainda o conheceu, andaram juntos pregando pela Itália medieval. E ninguém dirá que Francisco não está hoje em moda, pois não?
Por isso, aos amigos franciscanos que me lêem: Paz e Bem!
E poema:
Lembrando São Francisco
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
De pé descalço
Tão pobrezinho
Dormindo à noite
Junto ao moinho
Bebendo a água
Do ribeirinho.
Lá vai São Francisco
De pé no chão
Levando nada
No seu surrão
Dizendo ao vento
Bom-dia, amigo
Dizendo ao fogo
Saúde, irmão.
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
Levando ao colo
Jesuscristinho
Fazendo festa
No menininho
Contando histórias
Pros passarinhos.
Vinícius de Moraes
Mas cá vai poema adequado à quadra. Do meu mestre Vinícius respinguei um poeminha para crianças em honra de S. Francisco. Santo António ainda o conheceu, andaram juntos pregando pela Itália medieval. E ninguém dirá que Francisco não está hoje em moda, pois não?
Por isso, aos amigos franciscanos que me lêem: Paz e Bem!
E poema:
Lembrando São Francisco
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
De pé descalço
Tão pobrezinho
Dormindo à noite
Junto ao moinho
Bebendo a água
Do ribeirinho.
Lá vai São Francisco
De pé no chão
Levando nada
No seu surrão
Dizendo ao vento
Bom-dia, amigo
Dizendo ao fogo
Saúde, irmão.
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
Levando ao colo
Jesuscristinho
Fazendo festa
No menininho
Contando histórias
Pros passarinhos.
Vinícius de Moraes
quinta-feira, junho 13, 2013
Em Portalegre
Ala para a Catedral, para o lançamento dos selos comemorativos das Catedrais de Portalegre e de Castelo Branco, na presença do Sr. Bispo, Presidentes de Câmara e mais que lá estiverem (são todos bem vindos: às 11h em Portalegre e às 21h em Castelo Branco).
Depois conto como foi.
quarta-feira, junho 12, 2013
Alguns vinhitos de Verão em tempos de crise
O Verão, tímido embora, há-de por aí aparecer. Mesmo que seja o mais frio dos últimos 100 anos (como já li) o simples facto de estarmos "nele" será conducente a ansiar por coisas mais frescas.
Neste envolvimento de crise parece desajustado estar a propor vinhos que ultrapassem a barreira dos 10 euritos... Nas garrafeiras, está claro! Proponho assim ( e com grande "trabalhêra" que me deu) bons e frescos vinhos nacionais todos a menos de 10 euros!
Nesta altura do ano começo sempre pelos Verdes. Alvarinhos, sem dúvida, mas sem esquecer os "outros".
*Ora então "tomai do Minho a verde honra que se bebe":
- Soalheiro do ano (sempre!); Regueiro de Melgaço 2010; Morgadio da Torre 2010; Todos Alvarinhos.
- Casal de Morgade Azal e Casal de Morgade Arinto (se os encontrarem...). São ambos de 2010. Mas os de 2011 também se recomendam.
- Quinta de Gomariz Loureiro 2010 e 2011.
- Vale de Cambra e Adega Cooperativa de Monção (em vinhos Rosados). Do último ano que apanharem.
- E em casta Espadeiro (tinha que ser!): Quinta de Gomariz e Sociedade Agrícola da Ventozela (SACAVE). Também de 2010 ou de 2011.
- Para a sardinha? O Vinhão, está claro! Aguião e Especial de Amarante. Ambos do ano.
*Nos Maduros que não são tintos nem brancos, faço um alerta para os bons Rosados: Coleção Particular Domingos Soares Franco 2012 (com os seus toques de Moscatel, soberbo!); Muxagat Rosé 2012 (do Douro).
*Agora Maduros Brancos: Prova Régia 2012 (o velho Arinto na sua plenitude!) ; Bons Ares 2011 (Douro); Aveleda Follies Chardonnay e Maria Gomes , 2010 (Beiras); Vallado Branco de 2012 (mais um belo duriense); Conde D'Ervideira Reserva Branco (Alentejo) 2011; e um Encruzado do meu Dão (vi-me aflito para não passar dos 10 euritos nesta casta...) Quinta das Marias Encruzado 2011.
* Espumantes ? Sem dúvida! Aqui vão algumas dicas:
Quinta da Lagoalva Bruto; Luis Pato Maria Gomes Bruto; Filipa Pato Blanc de Blancs; Quinta das Bágeiras Super-Reserva 2010; Luis Pato Touriga Nacional Rosé; Quinta da Mata Fidalga Tinto de 2011;
E espumantes de Vinho Verde, agora muito de moda: Casa Senhorial do Reguengo; Soalheiro; Miogo (em branco e em tinto); Castas de Monção 2009.
*Por fim, alguns Tintos ditos de Verão, mas que se bebem sempre bem em qualquer época do ano:
Quinta de Camarate Tinto de 2009 ( Domingos Soares Franco); CARM Douro, Reserva tinto de 2010; José de Sousa (Alentejo) 2010 (Domingos Soares de Franco mais uma vez , imbatível nesta faixa de preços ,com muita qualidade!); E termino com um de Touriga Nacional (mais uma vez foi difícil arranjar esta casta rainha a estes preços razoáveis): Aveleda Follies Touriga Nacional 2009. Um vinho Regional das Beiras excelente para este preço!
E Bom Proveito faça a todos , nalguma Esplanada, Quintal, Terraço ou Varanda, pois claro!
Neste envolvimento de crise parece desajustado estar a propor vinhos que ultrapassem a barreira dos 10 euritos... Nas garrafeiras, está claro! Proponho assim ( e com grande "trabalhêra" que me deu) bons e frescos vinhos nacionais todos a menos de 10 euros!
Nesta altura do ano começo sempre pelos Verdes. Alvarinhos, sem dúvida, mas sem esquecer os "outros".
*Ora então "tomai do Minho a verde honra que se bebe":
- Soalheiro do ano (sempre!); Regueiro de Melgaço 2010; Morgadio da Torre 2010; Todos Alvarinhos.
- Casal de Morgade Azal e Casal de Morgade Arinto (se os encontrarem...). São ambos de 2010. Mas os de 2011 também se recomendam.
- Quinta de Gomariz Loureiro 2010 e 2011.
- Vale de Cambra e Adega Cooperativa de Monção (em vinhos Rosados). Do último ano que apanharem.
- E em casta Espadeiro (tinha que ser!): Quinta de Gomariz e Sociedade Agrícola da Ventozela (SACAVE). Também de 2010 ou de 2011.
- Para a sardinha? O Vinhão, está claro! Aguião e Especial de Amarante. Ambos do ano.
*Nos Maduros que não são tintos nem brancos, faço um alerta para os bons Rosados: Coleção Particular Domingos Soares Franco 2012 (com os seus toques de Moscatel, soberbo!); Muxagat Rosé 2012 (do Douro).
*Agora Maduros Brancos: Prova Régia 2012 (o velho Arinto na sua plenitude!) ; Bons Ares 2011 (Douro); Aveleda Follies Chardonnay e Maria Gomes , 2010 (Beiras); Vallado Branco de 2012 (mais um belo duriense); Conde D'Ervideira Reserva Branco (Alentejo) 2011; e um Encruzado do meu Dão (vi-me aflito para não passar dos 10 euritos nesta casta...) Quinta das Marias Encruzado 2011.
* Espumantes ? Sem dúvida! Aqui vão algumas dicas:
Quinta da Lagoalva Bruto; Luis Pato Maria Gomes Bruto; Filipa Pato Blanc de Blancs; Quinta das Bágeiras Super-Reserva 2010; Luis Pato Touriga Nacional Rosé; Quinta da Mata Fidalga Tinto de 2011;
E espumantes de Vinho Verde, agora muito de moda: Casa Senhorial do Reguengo; Soalheiro; Miogo (em branco e em tinto); Castas de Monção 2009.
*Por fim, alguns Tintos ditos de Verão, mas que se bebem sempre bem em qualquer época do ano:
Quinta de Camarate Tinto de 2009 ( Domingos Soares Franco); CARM Douro, Reserva tinto de 2010; José de Sousa (Alentejo) 2010 (Domingos Soares de Franco mais uma vez , imbatível nesta faixa de preços ,com muita qualidade!); E termino com um de Touriga Nacional (mais uma vez foi difícil arranjar esta casta rainha a estes preços razoáveis): Aveleda Follies Touriga Nacional 2009. Um vinho Regional das Beiras excelente para este preço!
E Bom Proveito faça a todos , nalguma Esplanada, Quintal, Terraço ou Varanda, pois claro!
Ainda a "Ingrícola" do 10 de Junho
Um dos nossos Leitores comenta:
Foi fácil tirar o homem de Boliqueime, mas agora não conseguem tirar Boliqueime do homem."
Citando Nuno Brederode Santos . ...
A propos do discurso agrícola - nacional saudosista.
Comentário: Isto para não entrarmos em conversas de mar e pesca, o que daria ainda maior peixeirada!
Foi fácil tirar o homem de Boliqueime, mas agora não conseguem tirar Boliqueime do homem."
Citando Nuno Brederode Santos . ...
A propos do discurso agrícola - nacional saudosista.
Comentário: Isto para não entrarmos em conversas de mar e pesca, o que daria ainda maior peixeirada!
terça-feira, junho 11, 2013
"Julinha" recomenda-se, para quem está pela Trofa.
Ali para os lados da Trofa foi onde pousei no regresso de Braga. Sim, porque este joelho direito já tem que descansar de vez em quando em viagens longas...
Tinha lido no ótimo suplemento Fugas (do Público) encómios a uma casa nova (pelo menos com obras feitas há pouco tempo) lá para os lados de Bairros (um bairro à saída da Trofa, na estrada de Santo Tirso para Vila do Conde), e lá fui dar com ela.
Não é difícil chegar e mais do que isso, recomenda-se que cheguem cedo, pois por aqueles lados parece haver dinheiro e amor por estas artes, e em conclusão abunda o número de Porsches ( e quejandos) à entrada, depois das 13,30h...
Restaurante Julinha Trofa, Santiago (Bougado), Rua Dr. Avelino Padrão, 1771
Telefone - 252419486
Segunda das 12:30 às 15:00
Terça a Domingo das 12:30 às 15:00 e das 19:00 às 22:00
O restaurante é muito bonito, airoso e bem decorado. Novo ambiente em duas salas que se unem por um balcão comprido. Há esplanada para os dias de canícula e há desdobramento em fumadores e não fumadores, divididos por amplas estantes com magníficos vinhos.
Almoço executivo tinha nesse dia "fanecas com arroz de feijão" - bem boas! E ainda "panadinhos de porco com batatas fritas e salada". A uns estimáveis 7,5€ cada prato.
Depois os pratos principais, com bifes de proveniências famosas (entre elas o japonês Kobe, a 35€), as Vitelas Assadas (costela mendinha e canela), e o famosíssimo Bacalhau da Julinha, prato que arrasta multidões por ser extraordinário: posta altíssima, secagem à maneira, frito à moda de Braga, com técnica e sabedoria, vindo junto para a mesa com a cebola transparente e a caminha de batata frita "narcísica". Este bacalhau é de origem das Ilhas Faroe, segundo nos disse o proprietário. E é de facto muito bom, pela cara de satisfação que os convivas faziam. A meia-dose custa 18€ e é enorme!
Há muito bons vinhos do Douro e Alentejo. E uma excelente seleção de Verdes, onde encontrei uma gracinha: um Espadeiro de Baião ( bom e barato!) e que pelos 10,5 graus vai às maravilhas para um viajante que ainda se tem de pôr a caminho depois do almoço.
Comemos fanecas fritas com arroz de feijão e vitela assada da costela mendinha. Vieram primeiro 8 bolinhos de bacalhau e um belo paio Pata Negra (andaluz). Seguiu-se o Espadeiro de Baião. Dois cafés. Tudo por...51€, contando com 6 garrafitas do espadeiro que ainda trouxe de "avio"... Nada mal!
E repetirei para ir ao bacalhau!
Tinha lido no ótimo suplemento Fugas (do Público) encómios a uma casa nova (pelo menos com obras feitas há pouco tempo) lá para os lados de Bairros (um bairro à saída da Trofa, na estrada de Santo Tirso para Vila do Conde), e lá fui dar com ela.
Não é difícil chegar e mais do que isso, recomenda-se que cheguem cedo, pois por aqueles lados parece haver dinheiro e amor por estas artes, e em conclusão abunda o número de Porsches ( e quejandos) à entrada, depois das 13,30h...
Terça a Domingo das 12:30 às 15:00 e das 19:00 às 22:00
O restaurante é muito bonito, airoso e bem decorado. Novo ambiente em duas salas que se unem por um balcão comprido. Há esplanada para os dias de canícula e há desdobramento em fumadores e não fumadores, divididos por amplas estantes com magníficos vinhos.
Almoço executivo tinha nesse dia "fanecas com arroz de feijão" - bem boas! E ainda "panadinhos de porco com batatas fritas e salada". A uns estimáveis 7,5€ cada prato.
Depois os pratos principais, com bifes de proveniências famosas (entre elas o japonês Kobe, a 35€), as Vitelas Assadas (costela mendinha e canela), e o famosíssimo Bacalhau da Julinha, prato que arrasta multidões por ser extraordinário: posta altíssima, secagem à maneira, frito à moda de Braga, com técnica e sabedoria, vindo junto para a mesa com a cebola transparente e a caminha de batata frita "narcísica". Este bacalhau é de origem das Ilhas Faroe, segundo nos disse o proprietário. E é de facto muito bom, pela cara de satisfação que os convivas faziam. A meia-dose custa 18€ e é enorme!
Há muito bons vinhos do Douro e Alentejo. E uma excelente seleção de Verdes, onde encontrei uma gracinha: um Espadeiro de Baião ( bom e barato!) e que pelos 10,5 graus vai às maravilhas para um viajante que ainda se tem de pôr a caminho depois do almoço.
Comemos fanecas fritas com arroz de feijão e vitela assada da costela mendinha. Vieram primeiro 8 bolinhos de bacalhau e um belo paio Pata Negra (andaluz). Seguiu-se o Espadeiro de Baião. Dois cafés. Tudo por...51€, contando com 6 garrafitas do espadeiro que ainda trouxe de "avio"... Nada mal!
E repetirei para ir ao bacalhau!
segunda-feira, junho 10, 2013
10 de Junho de 2013 Dia da TV Rural
Estava a ouvir os discursos do 10 de Junho deste ano (hoje) quando o fantasma do Engº Sousa Veloso irrompeu pelas câmaras televisivas!
O raio do Fantasma do Homem ainda está em forma carago! Falou tal e qual como nalgum programa dos anos 60, do então Estado Novo!
Ai não era o Fantasma do Engenheiro? Era quem? O Senhor Presidente da República? Olha o carago! Quem diria, pôrra! Um homem do campo completamente afastado da realidade... São as raízes de Boliqueime amigos? Ou serão outras raízes? As do Ridículo?
E o nosso bom Engenheiro Sousa Veloso - que esteve activo na RTP entre 6 de Dezembro 1960 a 15 Setembro 1990 - se fosse falecido (o que não é!!!) devia estar a revolver-se na campa com esta imitação penosa e desairada de si próprio.
Ele que um dia, na inauguração da Feira de Santarém, chamava a atenção dos telespectadores para um maravilhoso e avantajado bovino de raça charolesa que se aproximava, quando o desgraçado do operador de câmara, fora de mão, transmitia para todo o País a imagem de Sua Excelência o Sr. Presidente da República Almirante Américo Thomaz...
O que vale é que o "imitador" do dia de hoje não teve a audácia de se despedir da forma amistosa e conhecida de milhões de Portugueses:
- "Até ao próximo Programa despeço-me com Amizade!"
Próximo Programa destes? Livra! Venham já os alemães malta!
O raio do Fantasma do Homem ainda está em forma carago! Falou tal e qual como nalgum programa dos anos 60, do então Estado Novo!
Ai não era o Fantasma do Engenheiro? Era quem? O Senhor Presidente da República? Olha o carago! Quem diria, pôrra! Um homem do campo completamente afastado da realidade... São as raízes de Boliqueime amigos? Ou serão outras raízes? As do Ridículo?
E o nosso bom Engenheiro Sousa Veloso - que esteve activo na RTP entre 6 de Dezembro 1960 a 15 Setembro 1990 - se fosse falecido (o que não é!!!) devia estar a revolver-se na campa com esta imitação penosa e desairada de si próprio.
Ele que um dia, na inauguração da Feira de Santarém, chamava a atenção dos telespectadores para um maravilhoso e avantajado bovino de raça charolesa que se aproximava, quando o desgraçado do operador de câmara, fora de mão, transmitia para todo o País a imagem de Sua Excelência o Sr. Presidente da República Almirante Américo Thomaz...
O que vale é que o "imitador" do dia de hoje não teve a audácia de se despedir da forma amistosa e conhecida de milhões de Portugueses:
- "Até ao próximo Programa despeço-me com Amizade!"
Próximo Programa destes? Livra! Venham já os alemães malta!
sábado, junho 08, 2013
A Seleção mais perto do Rio
Lá calhou...Mais com uma sortezinha à mistura (a que não teve o glorioso na época passada) mas o importante é que estamos mais próximos do Brasil.
Já agora, e porque haverá pouco a dizer do jogo (joguinho) lembrei-me da constituição daquela famosa equipa dos anos 60, mítica e obviamente inexistente, mas que ia alimentando algumas gargalhadas à malta quando as equipas a sério se portavam menos bem. E a ideia para esta memória antiga veio-me do raio do nome daquele futebolista russo que jogou ontem, o "Jerkoff" (com todo o respeito, mas soava assim tal e qual mesmo, caraças!).
Então aqui vai a famosa Equipa Carraspana do Pileque : à baliza, Tonel (este jogou mesmo, e acho que no Sporting.Sem comentários). Da esquerda para a direita, na defesa: Copo de Três, ao centro as torres, Barril e Girafa (este ainda joga no Benfica , também sem comentários); à direita Penalty. Na linha média tínhamos Bagaço e Ginjinha. Ao ataque, Imperial, Shot, Caneca e Garrafão.
Treinador era o Chagrin (Francês) e seu Adjunto o Gregório. Massagista (belga) era o Sr. Guronsan.
Presidente da Equipa era o Engº Camillo Alves.
Temos que nos ir rindo de alguma coisa...
Já agora, e porque haverá pouco a dizer do jogo (joguinho) lembrei-me da constituição daquela famosa equipa dos anos 60, mítica e obviamente inexistente, mas que ia alimentando algumas gargalhadas à malta quando as equipas a sério se portavam menos bem. E a ideia para esta memória antiga veio-me do raio do nome daquele futebolista russo que jogou ontem, o "Jerkoff" (com todo o respeito, mas soava assim tal e qual mesmo, caraças!).
Então aqui vai a famosa Equipa Carraspana do Pileque : à baliza, Tonel (este jogou mesmo, e acho que no Sporting.Sem comentários). Da esquerda para a direita, na defesa: Copo de Três, ao centro as torres, Barril e Girafa (este ainda joga no Benfica , também sem comentários); à direita Penalty. Na linha média tínhamos Bagaço e Ginjinha. Ao ataque, Imperial, Shot, Caneca e Garrafão.
Treinador era o Chagrin (Francês) e seu Adjunto o Gregório. Massagista (belga) era o Sr. Guronsan.
Presidente da Equipa era o Engº Camillo Alves.
Temos que nos ir rindo de alguma coisa...
sexta-feira, junho 07, 2013
Para Descansar a Vista
Depois de Braga - viagem que "cantarei" noutro post e noutro dia, porque mereceu - aqui estamos a dar o conhecido poema das Sextas-feiras.
Hoje é dia de Greve - nos CTT, nas Escolas e Liceus. Venha de lá então uma canção de coragem e de empenhamento.
Está datado o velho Ary? Só se for na mente de quem o teme... Caraças que nunca mais deixam o homem-novo vir à tona.
Retrato do Herói
Herói é quem num muro branco inscreve
O fogo da palavra que o liberta:
Sangue do homem novo que diz povo
e morre devagar de morte certa.
Homem é quem anónimo por leve
lhe ser o nome próprio traz aberta
a alma à fome fechado o corpo ao breve
instante em que a denúncia fica alerta.
Herói é quem morrendo perfilado
Não é santo nem mártir nem soldado
Mas apenas por último indefeso.
Homem é quem tombando apavorado
dá o sangue ao futuro e fica ileso
pois lutando apagado morre aceso.
Ary dos Santos, in 'Fotosgrafias'
Nota: O grande saxofonista David "Fathead"Newman não está aqui apenas por se chamar "Homem Novo"! Comprem e ouçam com ouvidos atentos o conjunto de 3 CD's da High Note records de 2011, última gravação do mestre.
Hoje é dia de Greve - nos CTT, nas Escolas e Liceus. Venha de lá então uma canção de coragem e de empenhamento.
Está datado o velho Ary? Só se for na mente de quem o teme... Caraças que nunca mais deixam o homem-novo vir à tona.
Retrato do Herói
Herói é quem num muro branco inscreve
O fogo da palavra que o liberta:
Sangue do homem novo que diz povo
e morre devagar de morte certa.
Homem é quem anónimo por leve
lhe ser o nome próprio traz aberta
a alma à fome fechado o corpo ao breve
instante em que a denúncia fica alerta.
Herói é quem morrendo perfilado
Não é santo nem mártir nem soldado
Mas apenas por último indefeso.
Homem é quem tombando apavorado
dá o sangue ao futuro e fica ileso
pois lutando apagado morre aceso.
Ary dos Santos, in 'Fotosgrafias'
Nota: O grande saxofonista David "Fathead"Newman não está aqui apenas por se chamar "Homem Novo"! Comprem e ouçam com ouvidos atentos o conjunto de 3 CD's da High Note records de 2011, última gravação do mestre.
quarta-feira, junho 05, 2013
Blogger em Braga
Parto para Braga, onde tenho reunião marcada amanhã com os responsáveis da Misericórdia local por causa do Postal Inteiro dos 500 anos da dita, a comemorar em 20 de Setembro de 2013.
Na volta trago sempre os pastelinhos de bacalhau das Frigideiras do Cantinho, considerados os melhores do mundo!
(Frigideiras do Cantinho - Largo S. João do Souto, uma casa fundada em 1796)
Tudo isto significa que darei aqui notícias apenas na próxima Sexta Feira.
Na volta trago sempre os pastelinhos de bacalhau das Frigideiras do Cantinho, considerados os melhores do mundo!
(Frigideiras do Cantinho - Largo S. João do Souto, uma casa fundada em 1796)
Tudo isto significa que darei aqui notícias apenas na próxima Sexta Feira.
Salsa e Coentros e Bem estar...
A pequena casa da Rua Coronel Marques Leitão nº 12 (bem perto do quartel dos Bombeiros e do mercado de Alvalade) recomenda-se sempre.
Ontem fomos por um pequeno menu de degustação onde brilharam uns mimos de porco preto envoltos em toucinho do mesmo, uma feijoadinha de lebre, uma tortilha com presunto pata negra e uma empada de bacalhau. Antes já se tinha aviado o bom queijo fresco de ovelha, o paio do lombo, as favinhas temperadas e as empadas de galinha com toques porcinos, mais os míscaros em salada.
Tudo bom e a recomendar tempo e paciência para irmos comendo e irmos falando, o que infelizmente foi o que nos faltou em dia de semana e de trabalho...
Um branco dos Grous e um Tinto Roquete e Cazes selou (e bem) a refeição.
Preço do menu de degustação: 19€ por cabeça, sem vinhos.
Aproveitem! E (obviamente!!) marquem primeiro: Telefone: 218 410 990
Ontem fomos por um pequeno menu de degustação onde brilharam uns mimos de porco preto envoltos em toucinho do mesmo, uma feijoadinha de lebre, uma tortilha com presunto pata negra e uma empada de bacalhau. Antes já se tinha aviado o bom queijo fresco de ovelha, o paio do lombo, as favinhas temperadas e as empadas de galinha com toques porcinos, mais os míscaros em salada.
Tudo bom e a recomendar tempo e paciência para irmos comendo e irmos falando, o que infelizmente foi o que nos faltou em dia de semana e de trabalho...
Um branco dos Grous e um Tinto Roquete e Cazes selou (e bem) a refeição.
Preço do menu de degustação: 19€ por cabeça, sem vinhos.
Aproveitem! E (obviamente!!) marquem primeiro: Telefone: 218 410 990
terça-feira, junho 04, 2013
Desconfiança!
É oficial. Um estudo feito por uma das mais conhecidas e prestigiadas empresas de Relações Públicas do mundo - Edelman Trust Barometer Portugal - prova que os Portugueses são dos mais desconfiados povos da Europa. Desconfiam do Governo (claro!) , desconfiam das Instituições, desconfiam das empresas, desconfiam até uns dos outros...
Mas onde o grau de desconfiança é maior (já adivinharam!) é com as afirmações e promessas governamentais. Também o que é que se esperava de uma "organização" que acaba de informar que avança para as medidas de racionalização da administração pública sem pedir opinião aos trabalhadores?
UGT e CGTP estão fora da carroça. O que vai levar à Greve Geral conjunta no dia 27 Junho. Carlos Silva bem o disse: damos “um grito de insubmissão” contra os cortes, as medidas de austeridade e a falta de abertura do Governo à negociação com os sindicatos.
Esta greve geral (dela falaremos mais tarde) vai ser pouco vista no sector privado, onde o medo do desemprego ainda supera a raiva contra o Governo, mas é bem capaz de ser massiva no sector empresarial do Estado.
A "desconfiança" não é apenas um factor negativo da nossa personalidade. Se usada no dia-a-dia com conta, peso e medida, profilaticamente, é assim como a dor: serve para evitar males maiores. O "desconfiado moderado"é uma espécie de seguro ambulante contra acidentes pessoais.
O problema é quando a "desconfiança" toma conta da personalidade e se afirma como o cartão de visita do cidadão...
Nesse caso, sem valores seguros para onde recorrer, sem personagens probos e visíveis que mostrem o caminho, o que há-de fazer o "tuga"?
Apoiar-se na velha e relha táctica do "salve-se quem puder e cada um por si". Bastas vezes traduzida do francês de bidonville como: "chacun sa biche et les autres que se lixent"...
Neste século ainda existe o demo. Olhem que o Papa Francisco não deixa que se esqueçam disso... E faz muito bem.
Mas onde o grau de desconfiança é maior (já adivinharam!) é com as afirmações e promessas governamentais. Também o que é que se esperava de uma "organização" que acaba de informar que avança para as medidas de racionalização da administração pública sem pedir opinião aos trabalhadores?
UGT e CGTP estão fora da carroça. O que vai levar à Greve Geral conjunta no dia 27 Junho. Carlos Silva bem o disse: damos “um grito de insubmissão” contra os cortes, as medidas de austeridade e a falta de abertura do Governo à negociação com os sindicatos.
Esta greve geral (dela falaremos mais tarde) vai ser pouco vista no sector privado, onde o medo do desemprego ainda supera a raiva contra o Governo, mas é bem capaz de ser massiva no sector empresarial do Estado.
A "desconfiança" não é apenas um factor negativo da nossa personalidade. Se usada no dia-a-dia com conta, peso e medida, profilaticamente, é assim como a dor: serve para evitar males maiores. O "desconfiado moderado"é uma espécie de seguro ambulante contra acidentes pessoais.
O problema é quando a "desconfiança" toma conta da personalidade e se afirma como o cartão de visita do cidadão...
Nesse caso, sem valores seguros para onde recorrer, sem personagens probos e visíveis que mostrem o caminho, o que há-de fazer o "tuga"?
Apoiar-se na velha e relha táctica do "salve-se quem puder e cada um por si". Bastas vezes traduzida do francês de bidonville como: "chacun sa biche et les autres que se lixent"...
Neste século ainda existe o demo. Olhem que o Papa Francisco não deixa que se esqueçam disso... E faz muito bem.
segunda-feira, junho 03, 2013
Trivialidades de Segunda Feira
Ando com o meu joelho "maroto" a queixar-se desde que fui a Ourique. Muitas horas de pé ( e parado, o que é pior) mais a viagem, e, obviamente, o peso. Agora há que esperar que a inevitável infiltração faça o seu dever. Vou tratar disso hoje de manhã.
O "senhorio" - depois da aceitação formal dada pelo orientador já há mês e meio - entrega hoje oficialmente os 12 exemplares impressos da Tese em mão, lá no ICS. Dia importante também para nós. São 360 páginas de texto (fora os anexos com os cálculos). Esperemos que lhe marquem a defesa rapidamente. E depois? Bem, depois teremos mais um desempregado de luxo, doutorado e à espera de bolsas pós-doc ou de lugares de investigador (que são cada vez menos).
Mas haja esperança!
No Sábado fomos buscar a tese impressa e oferecemos almoço aos Amigos que tiveram esse trabalho. No meio de belas iguarias faço referência a dois néctares:
- Uma Magnum Quinta da Sequeira de 2005, um Douro monumental ,cor de tinta da china ainda, esmagador no palato, frutos negros e especiarias q.b. Um monumento do bem fazer!
- E a última garrafa de aguardente que eu tinha em casa do Fórum Prior do Crato , uma aguardente velha de 40 anos de Ponte da Barca (vinho verde). Um outro monumento bebido à memória do nosso Amigo Chambel.
Agora vou esticar um bocado a perna antes de ir para o Centro Médico.
O "senhorio" - depois da aceitação formal dada pelo orientador já há mês e meio - entrega hoje oficialmente os 12 exemplares impressos da Tese em mão, lá no ICS. Dia importante também para nós. São 360 páginas de texto (fora os anexos com os cálculos). Esperemos que lhe marquem a defesa rapidamente. E depois? Bem, depois teremos mais um desempregado de luxo, doutorado e à espera de bolsas pós-doc ou de lugares de investigador (que são cada vez menos).
Mas haja esperança!
No Sábado fomos buscar a tese impressa e oferecemos almoço aos Amigos que tiveram esse trabalho. No meio de belas iguarias faço referência a dois néctares:
- Uma Magnum Quinta da Sequeira de 2005, um Douro monumental ,cor de tinta da china ainda, esmagador no palato, frutos negros e especiarias q.b. Um monumento do bem fazer!
- E a última garrafa de aguardente que eu tinha em casa do Fórum Prior do Crato , uma aguardente velha de 40 anos de Ponte da Barca (vinho verde). Um outro monumento bebido à memória do nosso Amigo Chambel.
Agora vou esticar um bocado a perna antes de ir para o Centro Médico.
Assinar:
Postagens (Atom)