terça-feira, agosto 16, 2005

O CORREIO-MOR FEITO PELOS SEUS LEITORES

INOVAÇÃO, conhecimento e QUALIFICAÇÃO

Primeira parte: Inovação (continuação)

Já vimos que:

· A inovação pressupõe/exige a utilidade, benefício ou relevância social do resultado do acto criativo, a possibilidade da sua implementação ou aplicação prática, a sua sustentabilidade económica e, o que é mais importante, a criação de valor.

Para além disso:

· A inovação é simultaneamente um resultado e um processo:

- «(enquanto processo) debruçamo-nos sobre a maneira como a inovação é concebida e produzida, sobre as diferentes etapas que conduzem à inovação (criatividade, marketing, I&D, concepção, produção e distribuição) e de que forma estas se articulam entre si.»

· A inovação envolve uma multiplicidade de actores, de interacções, de processos e actividades, e é necessário promover e implementar uma «política» e uma «cultura» de inovação. Em grande medida, a emergência da inovação está associada a “participação”, a “abertura”, a novas interacções, a novas redes e fluxos de informação.

- «A inovação é um processo que envolve múltiplas actividades prosseguidas por diversos actores de uma ou várias organizações, durante o qual novas combinações de meios ou fins são desenvolvidas ou aplicadas num mercado novo ou num mercado já existente.»

- «Não se trata de um processo linear, de sequências bem delimitadas e encadeamento automático, mas antes um sistema de interacções, com avanços e recuos, entre diferentes funções e diferentes actores cuja experiência, conhecimentos, competências se reforçam mutuamente e se acumulam. Daí a importância crescente atribuída, na prática, aos mecanismos de interacção interna na empresa (colaboração entre diferentes unidades, envolvimento e participação dos colaboradores na inovação organizacional), mas também às redes que ligam a empresa ao seu meio envolvente (outras empresas, serviços de apoio, centros de competências, laboratórios de investigação, etc.).»

- «A inovação é promovida por informação gerada ou obtida através de novas conexões; através de “insights” proporcionados por incursões noutros territórios ou disciplinas; através de redes interactivas e fronteiras fluidas, abertas. A inovação surge de círculos permanentes de intercâmbio, onde a informação não é apenas acumulada ou armazenada, mas criada. O conhecimento é gerado por conexões que antes não existiam.»

- «As equipas são o centro das actividades de inovação, e as recompensas têm vindo a deslocar-se gradualmente do plano individual e monetário para as recompensas centradas nas equipas, que visam reconhecer e assinalar os resultados conseguidos.»

(continua)

Carlos Capela

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