O Raul Moreira traz para este fórum de discussão: os “elefantes brancos” (OTA e TGV)
Como penso que um deles (TGV) interessa muito aos CTT, aqui vai a minha posição:
Comecemos por um pouco de História:
De forma a “defendemo-nos” melhor das invasões “europeias” no final do século 19 (não esquecer que as terríveis invasões francesas tinham ocorrido há poucas dezenas de anos...) os governos espanhol e português decidiram que a bitola (distancia entre carris) da sua rede ferroviária seria diferente das restantes... e mais larga.
Esta atitude fez com que a Península Ibérica ficasse “isolada” da rede europeia.
Na fronteira espanhola-francesa os passageiros e mercadorias eram transbordados porque os comboios “não passavam”.
Posteriormente foram encontradas soluções de compromisso
- Comboios que permitiam andar nas duas linhas
- rede em bi-bitola (na prática são três carris que dão para os dois tipos de comboios...)
No entanto estas soluções são... provisórias e a sina ibérica é mesmo inserir-se na bitola europeia.
Os espanhóis já estão a fazer esta mudança... com a sua rede TGV bem como na modernização da restante rede.
Assim sendo uma das decisões importantes a tomar por Portugal será a dimensão da bitola, embora a nossa margem da manobra seja nula...
A opção “bi-bitola” não permite velocidades de circulação muito elevadas – daí as dúvida na ligação Lisboa-Porto:
- linhas independentes implica custos mais elevados... mas TGV a 300 e tal Km/h
- “Bi-bitola” implica velocidades mais baixas... solução que poderá inviabilizar o TGV (ficaria com velocidades semelhantes ao "pendular")
Assim sendo:
- há muitas dúvidas na ligação Lisboa-Porto.
- na ligação a Espanha as respostas estão encontradas: bitola europeia e linhas autónomas
O que é que os CTT têm a ver com esta discussão?
Para a nossa empresa interessa estarmos inseridos numa rede europeia TGV permitindo transportar os nossos produtos em transportes alternativos ao aéreo.
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