Do nosso colega e amigo Carlos Capela recebemos mais uma contribuição interessante.
Ainda a propósito da Confiança
Num texto anterior intitulado «Confiança», enunciei os valores, princípios e objectivos que caracterizam as «Melhores Empresas para Trabalhar», baseando-me, para esse efeito, na abordagem/modelo desenvolvido pelo Great Place to Work Institute.
Não seria, porém, necessário recorrer a este modelo, já que a maior parte dos autores, das teorias e a generalidade dos homens e das mulheres de boa vontade, defendem, no essencial, os mesmos valores e princípios (credibilidade, equidade, respeito pelas pessoas, conhecimento, transparência, participação, etc.).
Considero a Confiança como a base, o elemento agregador e a resultante de todas as características e atributos que mencionei.
As relações entre as pessoas baseiam-se na Confiança. As relações no seio da família assentam na Confiança. As relações saudáveis e produtivas entre os membros de uma organização baseiam-se na Confiança. Os cidadãos exigem confiar na Administração e nas Instituições. Os empresários exigem Confiança. O País precisa de Confiança.
Dos valores, princípios e objectivos subjacentes à Confiança e através dos quais esta se manifesta e exprime, decorrem práticas recomendáveis e práticas menos recomendáveis, boas práticas e más práticas.
É verdade que, por vezes, é difícil avaliar, no imediato, a adequação de determinadas medidas e das suas consequências.
Outras vezes, porém, a adequação ou desadequação são tão evidentes que se torna fácil, para um observador «médio», isento e bem intencionado, distinguir as boas das más práticas.
Carlos Capela
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