JOVENS QUADROS - 3
O que esperar do futuro
Não nos podemos esquecer que por não termos as qualidades associadas à maturidade temos o resto. A capacidade de acreditar. É como se fossemos confrontados com um país novo que precisa de uma constituição, de infrastruturas, em que esperamos que o económico, o político e o social se encontrem no caldeirão da poção mágica do druida panoramix, nas quantidades certas. E não lutaremos contra os romanos mas com os romanos, contra a nossa própria parcialidade. Não somos por natureza justos. É mais cega a natureza que faz os rios atravessarem países sem pedir licença porque é mais moderna. O nosso país precisa de aprender essa modernidade com carácter de urgência, precisa de ministérios novos. De ministros novos. Nós somos naturalmente impacientes e aguardamos com a ansiedade própria da nossa juventude uma carta que começe assim: Vai ser uma vez um país. O que esperar do Futuro? Um lugar onde possamos crescer sem nos tornarmos adultos, chatos, antes, sempre, Homens recentes, disponíveis para, com eventualmente menos paixão, com eventualmente menos risco e com eventualmente mais certezas não virarmos nunca as costas à capacidade de sonhar, à capacidade de acreditar no impossível como alguém diria e diria e diria, até, até termos a certeza de que a certeza é feita de paixão. Contradição? Será. Somos Homens recentes.
Catarina e Joana
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