Anexo o comentário do Raul Moreira ao meu Post relativo à Flexibilidade.
Reafirmo que a "produção" deveria ter uma atitude cultural em que a flexibilidade fosse a sua forma "natural" de estar e de viver.
No entanto também defendo que as áreas que contactam com os clientes deveriam pressionar a produção "exigindo" mais, melhor e diferente - sempre!
Aproveito este texto do Engº ACC Campos para aqui fazer um comentário que substituirá a 2ª parte do "Textos de Gestão 2" a qual seria dedicada à Flexibilidade nos CTT.
É muito importante que as Operações e a Produção sejam Flexíveis. Só assim o MKT e a Comercial podem captar Clientes com necessidades cada vez mais específicas. Ir "a Reboque" do Conceito e das Necessidades de cada Cliente é uma qualidade que nem sempre as nossas Operações demonstram: Horas de recolha no Cliente; entrega domiciliária; Distribuição em horários especiais ou ao fds; etc...
Mas , para mim, o Grande Problema actual da nossa organização nem é esse.
Já repararam que, hoje em dia, alguns responsáveis das próprias áreas MKT e Comercial têm uma atitude perante o Mercado semelhante àquilo que na gíria se chamava "Oferta de Catálogo"?
Era mais ou menos assim:
" Bom Dia Sr. Cliente! Tem aqui a Listazinha dos nossos Produtozinhos para ver se algum lhe interessa... Depois diga-me alguma coisa está bem? Se nenhum lhe interessar tem ali ao lado outra loja que também vende estas coisas".
Esta filosofia é do Século passado (Primeira Metade).
Nessa altura o Vendedor que primeiro chegasse a uma nova Região com o "Catálogo" nem precisava de saber vender: era só mostrar o que tinha.
Depois começavam a chegar os outros , os das "outras lojas", e aí o primeiro Vendedor queixava-se amargamente da sua "má sorte" - "Cada vez vendo menos! Onde vamos chegar? Qualquer dia ainda tenho de dar descontos! Era o que faltava!"
A Flexibilidade das Operações, em todas as suas dimensões referidas pelo A.A.Campos, pode constituir a diferença entre Fidelizar um Cliente ou deixá-lo preso a nós simplesmente "por Obrigação" à espera da menor oportunidade para partir.
Mas se tal Flexibilidade Operativa não for primeiro antecedida e depois acompanhada por uma verdadeira filosofia de Marketing que ponha sempre o Cliente em primeiro lugar, para o que é que serve?
Raul Moreira
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