quinta-feira, julho 28, 2005

FLEXIBILIDADE

A Flexibilidade é uma das armas que as empresas têm que ter para garantir a sua sobrevivência.

Flexibilidade não pode nem deve ser utilizado como um instrumento “contra os trabalhadores” mas sim para ir ao “encontro das necessidades dos clientes”.

Mas, o que significa flexibilidade na produção?

Ser capaz de mudar a operação de alguma forma.
Pode ser:
a) alterar o que a operação faz,
b) como faz ou
c) quando faz.

Mudança é a ideia-chave.

A maioria das operações precisa estar em condições de mudar para satisfazer as exigências dos seus clientes.

Especificamente, a mudança exigida pelos clientes deve atender a quatro tipos de exigências:
1 – flexibilidade de produto/serviço – produtos e serviços diferentes
(Capacidade de poder introduzir novos tipos de correio, novas características novos serviços de valor acrescentado).

2 - flexibilidade de composto (mix) – ampla variedade ou composto de produtos e serviços
(Capacidade de ter uma ampla variedade de serviços possíveis, diferentes opções de escolha).

3 - flexibilidade de volume – quantidades ou volumes diferentes de produtor e serviço
(Capacidade de ajustar a produção à variação do tráfego à frequência dos serviços bem como ao número de clientes).

4 - flexibilidade de entrega – tempos de entrega diferentes
(Capacidade de reprogramar a produção, a distribuição, os meios de apoio, etc).

Estes princípios podem e devem ser aplicados em qualquer empresa de correio.

Um comentário:

Raul Moreira disse...

Aproveito este texto do Engº ACC Campos para aqui fazer um comentário que substituirá a 2ª parte do "Textos de Gestão 2" a qual seria dedicada à Flexibilidade nos CTT.

É muito importante que as Operações e a Produção sejam Flexíveis. Só assim o MKT e a Comercial podem captar Clientes com necessidades cada vez mais específicas. Ir "a Reboque" do Conceito e das Necessidades de cada Cliente é uma qualidade que nem sempre as nossas Operações demonstram: Horas de recolha no Cliente; entrega domiciliária; Distribuição em horários especiais ou ao fds; etc...

Mas , para mim, o Grande Problema actual da nossa organização nem é esse.

Já repararam que, hoje em dia, alguns responsáveis das próprias áreas MKT e Comercial têm uma atitude perante o Mercado semelhante àquilo que na gíria se chamava "Oferta de Catálogo"?

Era mais ou menos assim:
" Bom Dia Sr. Cliente! Tem aqui a Listazinha dos nossos Produtozinhos para ver se algum lhe interessa... Depois diga-me alguma coisa está bem? Se nenhum lhe interessar tem ali ao lado outra loja que também vende estas coisas".

Esta filosofia é do Século passado (Primeira Metade).

Nessa altura o Vendedor que primeiro chegasse a uma nova Região com o "Catálogo" nem precisava de saber vender: era só mostrar o que tinha.

Depois começavam a chegar os outros , os das "outras lojas", e aí o primeiro Vendedor queixava-se amargamente da sua "má sorte" - "Cada vez vendo menos! Onde vamos chegar? Qualquer dia ainda tenho de dar descontos! Era o que faltava!"

A Flexibilidade das Operações, em todas as suas dimensões referidas pelo A.A.Campos, pode constituir a diferença entre Fidelizar um Cliente ou deixá-lo preso a nós simplesmente "por Obrigação" à espera da menor oportunidade para partir.

Mas se tal Flexibilidade Operativa não for primeiro antecedida e depois acompanhada por uma verdadeira filosofia de Marketing que ponha sempre o Cliente em primeiro lugar, para o que é que serve?