A "convocatória" tinha por causa mais próxima - se alguma tivesse que haver, para além do gosto de estarmos uns com os outros a comer coisas boas - o fato da costa de Cascais estar nesta altura a "dar" robalos de grande categoria. E antes que entre o Fevereiro, mês onde o peixe começa a perder qualidades, era de aproveitar esta munificência neptuniana, aqui praticada pelas mãos experientes do nosso Amigo Tó Simão, Pescador e Armador , que quis oferecer aos amigos mais chegados dois dos maiores Robalos que tinha apanhado na véspera.
No Beira Mar começou-se por umas santolas , onde todo o recheio foi para dentro do casco sem mais nada. Seguiram-se uns biqueirões simplesmente cozidos , tão frescos que pareciam ainda saltar da travessa. Depois a barriga do atum fresco (ventresca) assada no forno, apenas "estalada" para não afetar o delicado sabor desta carne, tão rara de se ver aqui em Portugal sem ser de conserva.
E terminou-se em beleza, com dois robalos, um de 4,8 kg e outro de 3,5kg, assados no forno à portuguesa , com tudo a que tínhamos direito. Vi os bichos ainda por amanhar e estavam tesos como a espada do Afonso Henriques! Pegava-se pelo rabo e dali até à cabeça nem a mais pequena curva fazia o corpinho!
Para beber vim provido de casa com 3 tipos de vinho branco: para começar um Alvarinho, depois o Douro Bétula, uma experiência de grande classe feita de viognier e de sauvignon e para terminar em beleza, o Reserva 2009 da CARM, um dos melhores brancos portugueses atuais.
O grande comerciante (bacalhau e outros peixes) Manuel Maria fez parte do bando e trouxe com ele o tinto da sua quinta, excelente! E dele todos nos servimos para acompanhar o queijo de Azeitão e o Jamon com que se encerraram as hostilidades. Encerraram é uma maneira de dizer, porque o Paulinho tinha vindo "armado" lá da sua Galicia com uma aguardente branquinha de Alvarinho, particular, que estava de chorar por mais...
Chegámos a casa mesmo a tempo de ver o Sporting.. E para terminar tudo em beleza, depois do Benfica e do Sporting terem ganho, lá nos entretivémos a ver a desgraça do Porto.
Ele há dias (e noites) que não deviam nunca acabar... São é poucos.
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