segunda-feira, novembro 30, 2009

Comentário

"Manda-me " o Amigo Bernardo retirar imediatamente a menção "Gruyére" da Raclette!!!

Esta é feita sim, mas com o queijo do mesmo nome! Gruyére será para as fondues ( e bem).

O amigo Bernardo tem obrigação de saber desta "poda" estando mesmo lá situado nos Alpes...

Obrigado e... já retirei.

Foi-se o Azeite e veio a Manteiga (dos Alpes...)

É com mágoa que informo que distinto Restaurante de sabores transmontanos "A Companhia do Azeite" fechou finalmente as portas lá em Cascais, no Bairro da Torre... A gerência não conseguiu levar a melhor perante esta malfadada crise que afasta as pessoas da restauração... E situado num local de pouca ou nenhuma passagem obrigatória, não valeu à economia da Casa a proverbial propaganda de "boca a ouvido", mesmo que coadjuvada por excelentes críticas dos nossos "maiores" J.Quitério e David L.Ramos.

Em sua substituição apareceu uma nova proposta, exactamente naquele local meio escondido, por detrás da Agência do BES da Torre (passe a publicidade):


Sabores dos Alpes
Rua da Torre 1155
2750-768 CASCAIS
Telef - 21 0099 6296

Proposta de Chef, sempre presente na sala e na cozinha, com uma oferta de comeres tipicamente suiços, com as inevitávies Raclettes de bom queijo, a carne fria dos Grisons em prato de charcutaria e queijos bem apresentado. Mas também a verdadeira “Fondue au Vacherin Fribourgeois”, a “Charbonnade”, os “Rosti”, o creme duplo de “Gruyère” com merengue e frutos vermelhos, o café “Valdotain” ...

Lá fomos um destes dias, e comemos bem. Os vinhos são , por enquanto, muito limitados em variedade e qualidade. Salva-se um branco suiço da casta Chasselas, adequado ao nosso palato, vibrante de frescura e de bouquet muito agradável.

Nota: Le Fendant, de son nom Ampélographique "Chasselas", est le cépage le plus répandu en Valais. Il produit des vin fins, élégants, mettant en valeur la diversité des terroirs.

Em estilo meio telegráfico aqui dou notícia da refeição:

Entrada de Carnes Frias - (infelizmente a carne fumada dos Grisons estava esgotada!!) mesmo assim o Prato continha Salpicão de porco preto, Presunto da mesma proveniência, Mortadela suiça, queijo Emmental, Salami suiço.

Salada de fígados de aves - Boa no seu género, com os fígados grelhados por cima de cama "alfacinha" fresca.

Raclette de queijo com batatas novas assadas - muito bem conseguida. O Empregado ia cortando e trazia para a mesa, a pouco e pouco, o queijo derretido que depois mergulhávamos nas batatas ou no pão quente ( muito bom) disponível.

Com vinho a copo (que se mandou retirar) e a tal garrafa de Chasselas suiça, pagámos cerca de 60 euros...

Boa sorte desejo eu a esta nova aventura!
Mas permitam que também diga que tenho saudades da "Companhia do Azeite" e dos grandes vinhos e comidas "de Inverno" que lá tive ocasião de saborear, desde o Cozido de casulos até à excelente Posta, passando pelo Cabrito Assado...

Que saudades... e onde se meteu aquela sábia, alegre e prestativa família?

sexta-feira, novembro 27, 2009

Para Descansar a Vista

Sexta feira 27 de Novembro. Vamos apresentar o Livro "Palácio de Belém", de Diogo Gaspar e de Teresa Santa Clara (Director e Historiadora do Museu da Presidência da República) na Figueira da Foz, Átrio do Casino da Figueira, pelas 18,30H

Amigos filatelistas e coleccionadores da Região centro, apareçam que são bem vindos!

E, para descansar a vista , apresento-lhes um Poeta português pouco conhecido, António de Sousa:

SONATA
Ando a espalhar, ao vento vário, uns sonhos
tão pobres e cansados
que só os pobres pobres como eu
- até de mim o sou ... -
lhes falam n`alma.
Uns sonhos mortos-vivos
onde a lua ainda é madre de poesia
e o mar e o céu jogam ondas e estrelas,
no regaço da noite, às escondidas.

Pesado de remorsos
dumas horas bravias e carnais,
pigarreando entre esboços de rezas
aguados versos,
ando a espalhar, ao vento vário, uns sonhos.
Semeador mal-parado neste mundo,
tudo me diz que é outra a minha leiva.
Mas o caminho certo, quem o sabe,
aonde nem os santos o calcaram
livres de enganos e visões de medo?

António de Sousa
In "Linha de Terra", Lisboa, 1951

ANTÓNIO DE SOUSA (25.12.1898 - 16.04.1981)
O longo percurso de António de Sousa inicia-se, nos finais da segunda década do século XX, sob o signo do "Saudosismo", publicando, então, o poeta "Cruzeiro de Opalas", 1918 e "O Encantado", 1919 (sob o pseudónimo de António de Portucale).O seu nome figura, depois, nas revistas que preparam o aparecimento da Presença, como Bizâncio e Tríptico, tendo sido inclusive um dos reponsáveis pela publicação desta última. A Presença, lugar de convergência do que de mais vivo se passa na literatura portuguesa entre 1927 e 1940, e que incluirá em 1937 nas suas Edições o quarto título de António de Sousa. A "Ilha Deserta" vai ser determinante na aproximação do poeta ao espírito do Modernismo. Ele e Afonso Duarte, igualmente oriundo do Saudosismo, exemplificam bem o que é o poder de atracção da "folha de arte e crítica" de Coimbra junto dos que estão, então, empenhados na renovação do nosso lirismo. A que se refere David Mourão-Ferreira, e para que alguns presencistas deram um importante contributo, é um dos aspectos onde melhor se torna notada a modernidade da poesia de António de Sousa.

In Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português

Verbete do Professor Doutor Fernando J. B. Martinho

quinta-feira, novembro 26, 2009

Dar Graças a Deus: O Thanksgiving Day





















Nos USA celebra-se hoje o famoso dia de "Thanksgiving" , o dia de dar Graças a Deus pelos resultados das colheitas do ano, importante acontecimento naqueles tempos remotos de 1620 onde esta tradição terá começado lá para os lados da Nova Inglaterra e quando uma boa colheita podia fazer a diferença entre a Fome e a Abundância...

O Congresso declarou este dia Feriado Nacional e marcou-o definitivamente para a "quarta Quinta Feira de Novembro", depois de um período em que muitos dos Estados o festejavam em datas distintas.

Em Portugal não existe esta tradição, embora os nossos antepassados Celtas celebrassem as colheitas no 1 de Agosto, com a festa dedicada ao deus guerreiro Lugh: Lughnasadh ou Lammas - Festa da Colheita

Lughnasadh era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol.
Na Cultura Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes que
exigiam sacrifícios humanos ao povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, chamados Senhor e Senhora do Milho.
Nessa data deve-se agradecer tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução.
O outro nome do Sabbat é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. .
O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida.
De: A Roda do Ano Celta

Segundo parece essas fogueiras onde se queimavam as efígies do Deus do Milho teriam sido ateadas em tempos primordiais para executar sacrifícios humanos, onde um Homem tomaria o lugar da divindade sacrificada.... nada que os ibéricos não repetissem mais tarde, noutro enquadramento, quando inventaram a "Santa Inquisição" ...

Mas voltando ao perú, isto é, ao Thanksgiving day, devo dizer que passei um destes dias Feriados nos USA quando estava em Washington para uma Exposição Mundial de Filatelia, seguramente há mais de 15 anos.
As lembranças que tenho do acontecimento são muito semelhantes ao espírito de Natal aqui na Europa, com as famílias a reunirem-se à volta da mesa para uma refeição comunitária meio gargantuesca, onde o Perú pode ser rei, mas onde existem muito mais pratos e abundam os condimentos, como as batatas assadas em folha de alumínio, os inhames, o puré de batata, a batata doce, as tartes de abóbora, etc, etc...

O Perú tal como o comi nesse dia no Hotel onde estava, é recheado com castanhas ou avelâs.
As doses são gigantescas (ou foram nesse dia especial) e mesmo um mandibulador nato como eu não conseguiu passar de menos de metade do conteúdo das travessas do extraordinariamente bem fornecido Buffet de Thanksgiving day.

O que se bebe? Embora possam não me acreditar direi que bebi...Beaujolais Nouveau... E Cidra de Maçã, está claro!

Bom Feriado aos amigos Americanos!

Independência dos Poderes

Um Leitor comenta a sujeição (ou não) da Política à Justiça:

Não deveriam ser ambos independentes?

Claro que acho que deviam ser ambos independentes e isso mesmo está garantido pela nossa Lei fundamental, O que quis dizer com "sujeição" é que nenhum Político, apenas por o ser, deve estar imune aos trâmites da Justiça, a não ser obviamente nos casos em que é a própria Lei que o prevê...

quarta-feira, novembro 25, 2009

Justiça versus Política.. Um Comentário

O Amigo Paulo Mendonça questiona o Post sobre a "face Oculta":

Caro amigo Raúl

Em relação a este post só um pequeno comentário, ou melhor uma pequena questão:Num "Estado de Direito" deve a justiça estar subordinada à política, ou a política subordinada à justiça?

Um abraço

Comentário ao Comentário: Pergunta de grande profundidade...

A resposta que todos gostaríamos de dar é que deve a Política OBVIAMENTE estar sujeita à Justiça. Mas qual Justiça? Se os factores de Justiça - Magistrados e Juízes - estão, também eles, enredados nas malhas da "política à portuguesa"?

Arroz de Crise






















Aqui fica uma receitinha baratinha para dar conforto à Família e amigos nestes tempos de crise generalizada...

Comprem-se - para 6 pessoas - 6 coxas de frango do campo, uma embalagem de miúdos de frango, uma embalagem pequena de Pleurotos, um frasco de salsichas alemãs fumadas, duas farinheiras bem rijas, tomate maduro, arroz estufado.

Cozam o frango em água e uma mão de sal grosso, e aproveitem o caldo, juntando-lhe um fiozinho de azeite antes de ferver. Não deixem as coxas desfazerem-se na água...

Retirem as coxas e coloquem-nas num prato de ir ao forno para "torrarem" dos dois lados.

Ao lado cozam as farinheiras em água, e cortem-nas aos troços com uma faca afiada e de bico, para não se desfazerem.

Passem os miúdos, os pleurotos lavados e cortados e as salsichas por uma puxadinha feita com sal, bom azeite, louro, alho, tomate e cebola picados fininhos e com um golpe de vinho branco a terminar.

Tenham o cuidado de utilizar um Tacho grande.

Nesse refogado deitem o arroz (um Kg e meio chega para 6 pessoas) fritem-no por um minuto. Deitem depois o caldo do frango na proporção de 2 chávenas e meia para uma de arroz. A meio da cozedura introduzam os troços das farinheiras no arroz. Provem e Rectifiquem de sal, pois pode ser que o do refogado seja pouco. Deixem cozer bem o arroz, retirem do lume e levem 15 minutos ao forno com rodelas de paio por cima.

Apresentem na mesa o tacho do arroz com as coxas tostadas do Frango ao lado ou, se couberem, mesmo por cima do arroz..

Bom Apetite! E a preços cordatos..

terça-feira, novembro 24, 2009

A angústia das famílias no final do mês


Havia um livro que depois deu filme do Wenders, chamado "A angústia do Guarda-redes antes do Penalty", lembram-se? aqui vai uma dica:

"Neste livro, em que a angústia causada pelo penalty é uma metáfora da vida, aspecto sublinhado no filme sobre ele feito por Wim Wenders, Peter Handke fala-nos de um amigo guarda-redes que depois de ser despedido do emprego assassina uma mulher, sua ocasional amante e deambula num mundo que parece ter perdido todo o sentido."

Neste momento penso muito no que será a angústia de certas famílias ao tentarem esticar os parcos recursos até que chegue outra vez o dia de São Vencimento ( as que mesmo assim têm sorte) ou o aparentado dia de Santo Subsídio... E a viver num mundo que parece efectivamente ter "perdido todo o sentido"...

Ao deambular pelos hipermercados, nas minhas habituais viagens matinais dos fins de semana, reparo nas corridas aos produtos brancos ( que nalguns casos , e fruto da inevitável lei da oferta e da procura, já são tão ou mais caros do que os "outros"), nas filas de espera para arrancar a carne de frango em promoção , no aproveitamento das outras promoções, etc, etc...

Os próprios gerentes já se deram conta da crise nas caixas registadoras e montaram dentro das lojas espaços "discount" , onde vendem produtos a preços mais baixos, porque estão a passar de validade ou porque são de marcas menos conhecidas.

Lembram-se de como os economistas falavam dos três passos desta Crise?

a) Primeiro a Habitação

b) Depois os Automóveis, os Consumos supérfluos, a Restauração e as Viagens

c) Finalmente a economia de subsistência, a comida, as propinas escolares, os seguros...

Esta crise que se instalou com armas e bagagens em Portugal, de facto sentiu-se primeiro na Habitação, passou e continua a passar pelo Mercado Automóvel, mas, mais grave mesmo, já hoje se sente também na Restauração, nas Lojas de Roupa, e nos Super-mercados, sobretudo nas cidades mais periféricas, onde a falência de um ou dois grandes empregadores é causa suficiente para impactar a economia local de forma negativa.

E vem aí o Natal... Época onde todos estes dilemas sociais têm tendência para se agudizar, sobretudo em famílias com crianças...

Está difícil ultrapassar este "vale de lágrimas" !
Só desejo que haja senso comum que baste da classe política e empresarial, no reforço dos apoios e na criação de mais emprego, para que a falta de meios e a carência generalizada não descambe na marginalidade, tal como aconteceu na América do Sul e Central, exactamente pelas mesmas razões...

segunda-feira, novembro 23, 2009

O Carácter dos Políticos

Esta questão do processo Face Oculta e do arquivamento das escutas tefónicas que envolviam o PM e o seu amigo Vara dá-nos que pensar...

Nalgumas democracias europeias e também nos USA nunca se nega a discussão do "carácter" dos políticos que se apresentam ao Povo para assumirem - por votação - os mais importantes lugares do estado.

Ter falta de carácter não significa ter cometido algum crime, apenas ser uma pessoa com falhas comprovadas na respectiva personalidade...

Aqui é que parece estarem a fazer-se demasiadas confusões. Nas escutas mandadas arquivar o que parece que lá estará são alguns palavrões indecorososo que o PM , transvestido de José Sócrates, terá dito de Manuela Moura Guedes ao seu amigo Vara...

E parece que por elas também se comprova que o mesmo PM sabia do negócio da PT\PRISA antes de o ter negado na AR.

Tudo isto não indicia nenhum crime... Pode é dar algumas indicações sobre o "carácter" de quem proferiu aquelas afirmações e terá fugido à verdade durante o debate na AR...

Onde nos leva esta discussão? Quem nunca mentiu na sua vida pessoal ou profissional (nem que fosse para evitar males piores..)?

Será um Político mentiroso (a provar-se a acusação) aquilo que desejamos para governar o País? Claro que não... Mas quem deseja atirar a primeira pedra??

Estão os Senhores do PSD livres e impolutos desta "chaga" nacional que é a mentirazinha piedosa? Olhem que não...nem eles nem se calhar nenhum dos outros.

Por mim, deixava-me de fariseísmos bíblicos e passava a palavra a quem tem de julgar - nos finalmente - o carácter dos políticos através do voto. Lá nas urnas é que se deve punir o aldrabão e o ladrão.

Ou não...

sexta-feira, novembro 20, 2009

Para Descansar a Vista


















Retorno a Sophia, amor antigo mas sempre presente, dando-vos este Poema sem nome

Poema

A minha vida é o mar o Abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita

Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará

Não tenho explicações
Olho e confronto
E por método é nu meu pensamento

A terra o sol o vento o mar
São a minha biografia e são meu rosto

Por isso não me peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me peçam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem moradas
De tudo quanto vejo me acrescento

E a hora da minha morte aflora lentamente
Cada dia preparada

Sophia de Mello Breyner Andresen

quinta-feira, novembro 19, 2009

África do Sul, Olé, Olé!!



















E já lá estamos...

Jogo inteligente em que Portugal aguentou os primeiros 45 minutos com denodo e teve uma segunda parte onde poderia ter marcado mais dois ou três golos que ainda mais silenciariam o gélido "batatal" bósnio.

Uma única palavra de cautela: assim a falharem tantos golos quase que de baliza aberta como vamos ganhar aqueles desafios onde as oportunidades escasseiam?


Muita gente virá hoje penitenciar-se de ter mal julgado Carlos Queiroz. Entre esses me incluo eu, mas não me penitencio ainda... Só se viermos de África com alguma medalha...

E palmas para estes jogadores ditos "de segunda" que mostraram como uma equipa pode ser feita sem galácticos... E, desculpem o atrevimento, até parecer "mais equipa" assim com aquele meio campo de Tiago, Raul Meireles e Pepe (que Jogão fez este!!), ajudados pelo Simãozinho.

Uma palavra também para o França-Irlanda... A Irlanda não merecia ter perdido assim, nem sequer a França merecia ter ganho daquela forma... O que nos vem à ideia é a situação de penalty contra Portugal que nos arrumou na meia final do Euro 2000... Abel Xavier jurou que a bola é que lhe tinha vindo tocar no braço... E, verdade seja dita, muito mais escandalosa foi a falta de ontem de Thierry Henri. Mas a França é a França...

Pois os nossos filatelistas que tenham paciência...Mais uma série comemorativa a fazer para 2010: Campeonato do Mundo de Futebol da África do Sul. E pena tenho eu se não fizermos duas...

Não adivinham qual seria a outra? É fácil: Portugal Campeão do Mundo de Futebol!!!

quarta-feira, novembro 18, 2009

E logo à noite a Bósnia...Quem diria?


De facto, quem diria que um País tão fustigado pela mala suerte e pelas intrigas políticas, alvo de uma das mais atrozes perseguições ideológicas que se viu nesta Europa dita "civilizada", tinha ainda dentro de si pessoal com ânimo para irem ao aeroporto cuspir na malta lusa e atirar-lhes uns papéis para cima, com as bocas carregadinhas de insultos??

Por um lado ainda bem! É sinal de que não se podem tratar como mais uns "coitadinhos" de quem nos apiedamos logo que os eliminarmos...

Postas as coisas neste pé ( e é bem baixo pé) o mínimo que posso dizer para logo, de incentivo à nossa equipa, será: Vão-lhes às fuças com ganas e peguem-nos de cernelha como se se tratasse de um Touro Pinto Barreiros!

Vamos lá a ver se apesar da "fé" na Senhora da Fátima não nos sai mas é na rifa algum boi manso e cobarde que marra nas costas do Forcado...

Haja Alma e Perseverança para enfrentar as contrariedades do tempo, do "ervado" e da fúria dos adeptos.
E, para dar coragem e levantar esses pêlos do peito portuga, nunca se esqueçam em que circunstâncias Portugal ganhou à Checoslováquia, em Praga, em 1965, contra tudo e contra todos, depois de uma perna partida a Fernando Mendes, no meio de um temporal em que quase não se via de baliza a baliza... E com um golo de mestre Eusébio que devia ter sido emoldurado em ouro e brilhantes para memória futura.

P'rá Frente Miscigenados Lusos!!

terça-feira, novembro 17, 2009

Tanta face oculta...


Portugal é um País mesmo assim relativamente bem classificado no ranking mundial dos países livres de corrupção, onde parece que nos encontramos em 32º lugar entre 180 países (apesar de termos piorado, descemos 4 lugares , de 28º para 32º, num prazo de 1 ano).

-"Nem somos o mais corrupto dos europeus?" Perguntarão alguns...

Não senhor, nos 27 europeus estamos em 19º lugar (é claro que aqui entram também os antigos satélites da URSS...)

É antiga esta história lusa do "amigo" que lá facilita o despacho favorável a troco de algum almoço mais aprimorado, ou de uma "prenda" para o filho , ou ainda de uma "Vista Alegre" ou "Crisal" lá para a casa.

Tão antiga que -digam o que disserem os saudosistas do velho regime - nem o Sr Dr Oliveira Salazar acabou com isso, embora também se diga (provavelmente com proveito) que abominava tais práticas.

Todos sabem o que o "Botas" terá dito na primeira vez que, ao passear na Marginal de Cascais, deparou com a mole imensa e fracturante da paisagem ribeirinha que era o antigo Hotel Estoril-Sol:

"-E ainda dizem que sou eu que mando neste pobre país..."

O nosso problema é que a lobbyização da actividade económica ou política nunca se deu formalmente neste nosso cantinho. Fazer Lobby por uma causa, seja ela económica, com características de sustentabilidade ou de assistência social, é perfeitamente legal nos USA (por exemplo) onde existem profissionais que fazem da sua vida esta tarefa de pressionar e de convencer instituições para que as "coisas" andem num certo sentido. E pagam impostos dessa actividade, está claro!

E quem recebe as benesses - os "patrões" dos lobbyistas - pagam-lhes, mantêm-nos, aumentam-lhes o ordenado ou despedem-os, conforme os resultados que alcançarem.

Não quero com isto dizer que não existe corrupção em países onde o Lobby é oficialmente enquadrado. Obviamente que existe, tal como continuará a existir prostituição ilegal nos países em que a actividade é enquadrada e legal dentro de certos parâmetros. Mas decerto será muito menor se apoiada por uma política que, para além de enquadrar o Lobby legalmente, investigue também as causas dos enriquecimentos repentinos e pouco explicáveis...

Para evitar mesmo os fumos de corrupção, a par da legalização da actividade de lobby, parece-me também fundamental entrar-se pela via da detecção do "enriquecimento ilícito" e das formas de o controlar...

Off-Shores, contas em paraísos fiscais, e outras maneiras ardilosas de enganar o fisco são correntemente utilizadas pelas grandes sociedades de advogados especializados em Direito Fiscal para ajudar os seus grandes Clientes.

Mesmo no caso dos pequenos "ladrõezinhos", dos que pagam a lagosta ao fiscal (seja das Finanças, seja das Obras da autarquia), existe sempre um contabilista que está disponível para explicar "como se fazem estas coisas".

Daí que o envolvimento dos Auditores, dos TOC's e das sociedades de ROC's em todas estas tramas devesse também ser investigada por quem de direito. E severamente punido.

Porque - e só a título de exemplo - não me venham cá dizer que a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas e as Empresas de Auditoria que auditavam e certificavam as contas do BPP de nada sabiam e tudo ignoravam da tramóia que "lixou" milhares de portugueses ( e muitos , muitos milhões de euros ao erário público)...

segunda-feira, novembro 16, 2009

O Play Off: 1ª Parte
















Ganhámos "à rasquinha, e com uma vaca do tamanho de um autocarro da Carris" diria o saudoso Perestrelo da TSF se ainda fosse vivo...
A Selecção da Bósnia é composta de bons jogadores, tem "alma até almeida" , condição física que baste para dois jogos, altura não lhes falta e, na minha opinião, vão fazer-nos a vida muito difícil lá para os lados de Belgrado...

A Senhora Dona Sorte que nos virou as costas durante alguns jogos da fase de apuramento que antecedeu este Play Off, parece que ontem , arrependida, não saíu da Luz. Três bolas nos ferros, duas ao cair do pano e na mesma jogada?
Não é para todos os dias Amigo Queiroz... Tenha paciência e cuide da táctica lá para o frio, porque, naquele lugar, apenas podemos contar com os 30 e tais das equipas técnica e administrativa das selecções que daqui irão, "a mais" os 50 militares portugueses lá colocados...

Não haverá os 60 000 da Luz aos berros de incentivo...

A minha esperança é que a Dona Sorte tenha gostado da companhia lusa e ...não se canse tão depressa.

Golegã 2009
















Lá estivémos na feira deste ano, para lançar o Carimbo Comemorativo do dia 14 de Novembro, em homenagem à Feira Nacional do Cavalo.

Gostei da feira deste ano mas faltou-me o frio que associo sempre a este acontecimento, sobretudo durante a noite...Muita gente , muito movimento, como nos últimos anos, mas o tempo meio chuvoso (à noite) e quente (18º a 22º) embora tenha "lavado" as ruas da cidade, terá também influenciado algo negativamente o ambiente da Golegã.
Esse ambiente difícil de descrever para os que nunca lá foram, e que se faz de fumo e cheiro dos assadores de castanhas, misturado com o suor dos cavalos que passam , das dezenas de cavaleiros e amazonas que se exibem e exibem os seus cavalos, mas sobretudo do "povão" de todo o país , amante de cavalos e que nunca perde esta oportunidade para "lavar os olhos e refrescar a alma".

Parabéns à autarquia porque me pareceu estar o trânsito melhor organizado este ano (dentro do possível, pois já se sabe que a Golegã não tem infra-estruturas para albergar mais de 20,000 automóveis).

O novo Ministro da Agricultura lá esteve a carimbar os selos da Emissão Cavalo Lusitano, aquela que ganhou em França o Grande Prémio de Arte Filatélica do Presidente da República. Muito novo em tudo (idade e na profissão) mas também muito simpático neste seu primeiro "desembaraço" político e de encontro com os agricultores...

Para o ano há mais.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Para descansar a Vista


















É Sexta feira. Vou à Golegã no Sábado, fazer a emissão do carimbo comemorativo que dedicámos ao evento mas, até poder fazer aqui a habitual crónica desse mundo dos cavalos, refugio-me em meu mestre Eugénio de Andrade e dedico a todos os leitores dois dos seus poemas notáveis:


Os Amigos
Os amigos amei
despido de ternura fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria —
por mais amarga.
Eugénio de Andrade, in "Coração do Dia"

Até Amanhã
Sei agora como nasceu a alegria,
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.

É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.

É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.

Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.

Eugénio de Andrade, in "Até Amanhã"

Ainda o Caso AFINSA

Mais Leitores comentam este caso ( e podem sff ir ler estes comentários no final do anterior Post). aqui vão mais algumas observações minhas também:

As trocas : obviamente que teremos a intenção de retirar selos de circulação respeitando todos os prazos legais para as trocas.

O período de validade dos selos : De facto a nossa norma "moderna" é de 5 anos. Também retirando os de 2005 agora, não se pode dizer que abusámos muito...

Os selos para coleccionismo e os "outros": obviamente que são os mesmos. As condições de venda é que não são as mesmas. Todos sabem que os Operadores Postais de todo o mundo fazem condições especiais para grandes comerciantes filatélicos, tomando em linha de conta a não utilização desses selos na postagem.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Comentários ao desfecho do caso AFINSA

Dois dos nossos leitores comentam - sff vejam esses comentários clicando no local do costume - o Post sobre o caso AFINSA e a provável venda dos seus stocks de selo português.
Algumas linhas apenas para justificar as posições que assumi:

a) A reintrodução de selos postais no País emissor abaixo do respectivo valor facial deve ser combatida para evitar a sua utilização fraudulenta. Esta regra não fomos nós que a inventámos...Existe em todos os países civilizados.

b)Lembra um dos nossos leitores que "esses selos já tinham sido pagos...Então porque é que os CTT limitariam a sua utilização posterior?"

Esta questão merece resposta cuidada. Os selos foram vendidos para coleccionismo ( e não para consumo postal) em determinado ano. 5 ou 6 anos depois o que impede a sua utilização na postagem desde que a respectiva taxa ou as suas combinações, estejam de acordo com o tarifário em vigor na altura?

Do ponto de vista estritamente legal nada o impede. Nem nós administrativamente o impedimos para as quantidades normalmente em posse de um filatelista...

Mas, do mesmo ponto de vista administrativo, o Operador Postal tem o direito de se proteger contra a entrada em massa destes selos com o objectivo de serem vendidos a terceiros para utilizar como porte dos objectos postais.

Em primeiro lugar porque o tipo de controlos necessários para verificar as tarifas exactas e obliterar esses objectos não são comportáveis com expedições em grande número, nem os selos foram feitos para taxar expedições de centenas de milhares de objectos...e, em segundo lugar - mas também directamente relacionado - porque a venda para comércio filatélico implicou condições mais favoráveis para o 1º comprador do que as que teriam sido dadas se o destino dos selos fosse a postagem.

c) Finalmente, os selos que retiramos de circulação são, na sua esmagadora maioria, imediatamente queimados com Auto de Notícia e verificação de Auditores. Nos termos do DEC.Lei nº 360\85 - Estatuto do Selo Postal português, podem os serviços de filatelia manter "uma pequena quantidade dessas séries, apenas para completar as colecções dos filatelistas". Essa pequena quantidade - como poderão verificar se aqui vierem aos serviços e quiserem comprá-los - esgota quase que de imediato depois do anúncio da retirada de circulação. Mantenho assim que estamos a proteger o mercado secundário.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Caso AFINSA - Consequências

O Tribunal Superior de Justiça de Madrid declarou ontem o Processo de liquidaçãoo dos bens da AFINSA, o que poderá levar a que os seus aforristas possam vir a receber algum valor do que lá tinham colocado.

Estima-se - Fonte: caderno de Economia do "Público" - que os bens da AFINSA atinjam 813 milhões de euros (peças filatélicas, não sei como foram calculadas, mas mesmo assim no valor atribuído de 249 milhões). As responsabilidades da mesma firma serão de 1,6 mil milhões de euros. Se tudo corresse bem os investidores poderiam esperar receber 1 terço do que lá investiram...

Mas... Como foi calculado o valor dos espécimens filatélicos em cofre? Partindo do princípio que se utilizaram um ou dois catálogos europeus de referência (Yvert, Michel) estes valores de catálogo, como bem sabem aqueles que conhecem da poda filatélica, são meramente indicativos das transacções.

Até se dizia que, depois da AFINSA, o coleccionador interessado comprava a 70% do valor de catálogo e, se tivesse sorte, tentava vender a 60%...

Por outro lado vão cair no mercado secundário milhões de selos de muitos países (incluindo Portugal) com datas de emissão até 2005. Que impacto vai esta infusão de produto ter no mercado filatélico? E quem se vai apressar para comprar? E em que condições?

Da nossa parte já decidimos há muito tempo ir retirando da circulação os selos dos anos recentes passados, para não complicar ainda mais a vida ao mercado secundário e também impedir que estes selos reintroduzidos e comprados (a kg? Em saldo?) possam ser utilizados na postagem aqui em Portugal. Até ao final de Dezembro de 2009 serão retirados de circulação os selos portugueses até 2005.

terça-feira, novembro 10, 2009

Paris 3


Mais algumas moradas, agora mesmo na cidade de Paris, para vos dar conta de recantos gastronómicos onde estivémos bem, quer no ambiente quer no "resto"...

a) O Já conhecido e famoso "Au Pied de Cochon" Rue Coquiliére, 6 mesmo em cima do velho quarteirão dos matadouros de Paris - les Halles - podendo servir de base para visitas ao Centro Georges Pompidou ou para passear nos terrenos circundantes ao Forum des Halles. De comer e chorar por mais o seu pé de porco recheado à burguesa ou, como entrada, a canela do mesmo porco recheada de tutano assado no forno. Prever 50 euros por cabeça para entrada e prato, flute de champagne e dois copos de tinto. Caso embarquem em garrafa de vinho inteira ...aí depende da carteira e da inspiração.

b) A também já conhecida "Ardoise" mesmo ao pé do Tribunal de Contas de Paris, rente ao Sena por detrás da Rua Saint-Honoré e muito perto da Place Vendôme e Opera. Rue du Mont Thabor, 28 , 75001 Paris (00 33 1 42 96 28 18). Fecha às Segundas.
Aqui, neste Bistrot de preços muito razoáveis naquele que é capaz de ser o mais caro bairro de Paris, comemos divinamente de acordo com a vontade do Chef. Um delírio de cogumelos campestres, com lagosta, com carne de vaca, em aveludado... mantendo uma garrafa de um Sancerres de garra, também ela recomendada, pode-se prever 60 euros por cabeça.

c) Por fim uma novidade a ter em conta para futuras deslocações: "Le Grand Méricourt" Rue de La Folie Méricourt 22, telefone para reservas: 01 43389404. Restaurante de criador, apostando numa cozinha simples mas muito bem elaborada. Com um vinho tinto elaborado biologicamente (estão na moda em França estes produtos "bio") comeu-se o seguinte:

Poellés de Saint Jacques pannées aux noix et ciboulette; Pavé de Cabillaud à la Tapenade de Olive; Côtes d'agneau à la Planche et Jus au Thyme; Fiellantine cacao petillante glace caramel et beurre salé.

Foi jantar oferecido... Mas mesmo assim reparei que o Menu degustação custava 50 euros por cabeça. Resta somar-lhe o vinho e os cafés.

A Assessora Marie-Laure

















Muitos (enfim, alguns...) dos leitores ficaram intrigados sobre o comentário elogioso, embora respeitoso, feito à Senhora Assessora que representou o Presidente Sarkozy na cerimónia em Champerret.

De facto disse e repito que se trata de de uma senhora muito jovem - 24 a 25 anos, de acordo com a "bio" oficial - e também muito bem apessoada - como podem aqui ver.

Como conseguiu o lugar não me perguntem. Este caso em França é tão ou mais comentado como aqui em Portugal os casos do Freeport e da Face Oculta. O que lhes possso dizer é que, para além de bonita e de falar em público de improviso e com grande à vontade, também é extremamente simpática.

E mais não pode pedir quem por lá esteve apenas de passagem...

Loir não é Loire!

Um dos nossos atentos leitores comenta, e bem:

Meu caro sr. Raúl Moreira, permita-me que faça uma rectificação: Chartres fica no departamente de Indre-et-Loir, assim mesmo, sem "e" no fim. Loir é um rio francês, afluente do Sarthe, e dá o nome a dois departamentos franceses, na região centro. Loire é um outro rio francês, com um curso muito maior (penso que seja mesmo o maior de França), que nasce no Massif Central e desagua no Atlântico, num estuário não muito longe de Nantes. Dá o nome a 6 departamentos franceses, da região Pays de la Loire.Não leve a mal este meu comentário. Aliás, a confusão entre Loir e Loire é usual, mesmo entre franceses. Sou leitor assíduo e admirador do seu blogue, que conheci através do nosso comum amigo Paulo Mendonça, pois trata normalmente de dois assuntos que aprecio: a filatelia e a gastronomia. Se tratasse também de policiais, tínhamos um blogue perfeito... Finalmente, Chartres é realmente uma cidade muito interessante e a sua catedral (com o seu famoso labirinto) é imponente.

Os melhores cumprimentos.

Comentário ao comentário: já emendei e muito Obrigado!

segunda-feira, novembro 09, 2009

Paris 2


















Aproveitámos a ida a Paris para nos deslocarmos à CARTOR, um dos nossos produtores de selos, talvez actualmente a mais importante gráfica de segurança do mundo a trabalhar nesta área dos Selos Postais.
Não se podem tirar fotografias lá dentro - as medidas de segurança são extremas - mas posso dizer-lhes que viémos muito impressionados com a tecnologia existente.

A CARTOR fica perto do Rio Loir, a escassos 20 minutos de carro (ou de comboio) da Catedral e da Vila de Chartres.

Recentemente instaladas, tivémos ocasião de ver a trabalhar duas máquinas "state of the art": uma Heidelberg de impressão plana com 7 corpos(!) ; 5 cores directas, verniz UV e um corpo de impressão a seco, para o fósforo. Mas também uma novíssima máquina de picotar da Wista (firma leader na matéria) com quase 5 metros de comprimento! E capaz de picotar selos auto-adesivos com uma tecnologia exclusiva do Gerd Staudinger, proprietário da Wista.

Almoçámos num local encantador: Auberge "La Pomme de Pin", onde tirei a foto anexa do nosso anfitrião Ian Brigham e do Luiz.

Nesta zona do Indre et Loir - como noutras províncias francesas, pratica-se a gastronomia de temporada feita à base da caça - civet de lebre muito bem feito - e dos cogumelos deste Outono.

A Catedral de Chartres é um deslumbramento! Mesmo ao final da luz do dia, e com os extraodinários vitrais a esconderem as cores pelo lusco-fusco, deu para perceber e ficar esmagado com a imponência do local. A visitar !

Alguns contactos, para os mais aventureiros que queiram dirigir-se a Chartres (1 hora de comboio desde Paris):

La Pomme de Pin - Auberge
Senonches
02 37 37 76 62

Le Serpente
Brasserie
(Mesmo à saída da Catedral de Chartres, para além da cerveja e dos vinhos locais, come-se aqui muito bem!

Hotel Grand Monarch
Chartres
(Não "estacionei " aqui, mas os Amigos da CARTOR recomendam-no para servir de base a uma estadia de alguns dias na região de Chartres.)

Paris 1


















Lá estivémos, o Luiz e eu, na Porta de Champerret, para receber o Grande Prémio de Arte Filatélica de 2009.

O Presidente Sarkozy enviou uma assessora (deslumbrante..) Marie-Laure Harel, fazer a entrega do Prémio ao V. Blogger, numa cerimónia com mais de 200 pessoas e com a presença, entre muitos outros dignitários, do Senhor Embaixador Seixas da Costa; da minha colega Françoise Eslinger, "patroa "da PhilaPoste; do sr Borrey, Presidente da Cãmara de Comércio dos Negociantes e Peritos filatélicos de França, etc...
Discursos de circunstância, em francês, claro está, entrevistas para as radios locais dos nossos emigrantes e TV (SIC Internacional)... O Fado animou a sessão, com dois tocadores e uma cantadeira.

O Stand dos CTT FIL na exposição foi todo decorado com banners alusivos aos azulejos e padrões que enviámos aqui de Lisboa. Para realçar a ocasião, também o nosso agente Theodore Champion montou uma banca com doces e salgados típicos de Portugal bem assim como outra onde se podiam ver amostras de porcelana e faiança lusas.

A Emissão filatélica portuguesa de 2009 que foi votada pela Cãmara de Comércio francês como a "mais bela do ano" foi a que dedicámos ao Cavalo Lusitano, como desenhos de José Brandão.

Saímos do local banhados em suor , apesar dos 4º de temperatura exterior , mas bastante satisfeitos connosco próprios. Não é todos os dias que o nome de Portugal e dos CTT está assim na "mó de cima" pelas melhores razões. E, como se costuma dizer em bom português, quando nos deitámos nessa noite não nos cabia um feijão no...local escuro ao fim das costas, de inchados de orgulho que estávamos...

segunda-feira, novembro 02, 2009

Mais um prémio para os CTT e...Ausência do Blogger...

A Câmara de Comércio Filatélico de França elegeu Portugal e os CTT como País convidado de honra no 62º Salon d'Automne, a realizar entre 5 e 9 de Novembro em Paris, Porte de Champerret.

Nessa altura da inauguração do certame deste ano será concedido, pela segunda vez, à Filatelia de Portugal , o Grande Prémio de Arte Filatélica da República Francesa, constituído por uma jarra de Sévres especialmente concebida para este fim.

Este prémio é concedido pelo conjunto da actividade filatélica dos CTT de Portugal, nomeadamente pelo critério na escolha das emissões e pelo desenvolvimento artístico das mesmas emissões ao longo de muitos anos.

Fui também eu que, em 1989, há exactamente 20 anos atrás, recebi semelhante galardão das mãos do então Adido Cultural de Portugal em França, Prof. Doutor Eduardo Prado Coelho, eminente homem de letras e nosso amigo, infelizmente já falecido.

O que podemos dizer é que temos conseguido manter nesta actividade, durante mais de 20 anos, um padrão de qualidade e de homogeneidade que nos orgulha, a nós e - se me perdoarem a presunção - também ao País.

E pronto, como consequência lá parto amanhã para Paris com regresso marcado para Sexta feira á noite.
Próximo Post: Segunda feira, dia 9 de Novembro.

A Tasca do Joel


















Perguntar-se-á porque devo estar aqui a recensear um Restaurante que foi visado há duas semanas pelo mestre David Lopes Ramos no seu excelente "Fugas", suplemento do "Público" de Sábado?
Bem, nem todos os meus leitores lerão o Público ao Sábado e, por outro lado, é de bom gosto e de grande harmonia celestial poder concordar francamente com a opinião dos entendidos nestas matérias...

Um Aviso à navegação deve já ser efectuado: a Tasca do Joel é local de culto para quem sabe onde fica e guarda ciosamente o segredo. É mais difícil de encontrar do que a proverbial agulha no Palheiro... Se a isso juntarmos o facto de muitos dos seus indefectíveis serem sobretudo penichenses de gema, e da casa, embora grande e acomodatícia, não ter lugares em número infinito, o melhor que vos posso dizer é: Venham Cedo de forma a terem tempo de a procurarem e de lá chegarem antes das 12,30h aos fins de semana... Quero dizer, aos Sábados e Domingos aos almoços, pois fecha Domingo à noite e Segundas Feiras.

Tasca do Joel
Rua do Lapadusso 73 -Peniche
2520-370 PENICHE
Freguesia da Conceição
Telefone
- 262782945

Comecemos pelo mais difícil: Chegados a Peniche inquiram pelo Cemitério local (não se assustem...). Deixem o muro branco do cemitério com a respectiva entrada na vossa esquerda e sigam em frente. Ao chegarem à primeira bifurcação do que já é a Freguesia da Conceição, a uns 300 metros, peçam indicações ao 1º transeunte (penicheiro) que encontrarem. Toda a gente em Peniche conhece a tasca, o problema é explicar onde fica...

O que se come?

Entradas: Pataniscas da Tasca; Salada de ovas; presunto Sanchez Romero pata negra; etc...
Peixe: Bacalhau à lagareiro; Lulas grelhadas; Espetada de lulas; Bacalhau à tasca; bacalhau à joel; Bacalhau com puré. Todos os bons e fresquíssimos peixes do mar de Peniche, para a grelha ou para o forno!
Carne: Alheiras à tasca; Franguinho à tasca; Lombinhos de porco preto; Secretos de porco preto; Bife à lapa do urso; Javali à tasca com castanhas; Codornizes; Espetadas de porco; Espetadas de perú; Entremeada. Arrozes de forno.Pato assado à Joel.
Doces: Pudim de pão; Pudim de ovos caseiros; Pastéis típicos da tasca; Doce de manga.

Fornos (são 2 ou 3) sempre a trabalhar para peixes assados ou para as carnes e arrozes de forno. Grelha de carvão disposta a receber as mesmas matérias primas nobres, com relevo para as lulas da toneira , para os sargos, cantaril e robalos de peniche, para o cherne e pargo sublimes da mesma costa.

Garrafeira de alto gabarito - de notar que tem anexa uma Loja Gourmet com garrafeira e escolha muito criteriosa de vinhos brancos, tintos, portos vintage, whiskies e etc..

Caso nos apeteça uma garrafa especial para acompanhar a comida a loja gourmet serve de "depósito" natural e de reserva da casa do Joel.

Preços muito assisados nestes tempos que correm, como verão:

Num destes Sábados comeu-se:

Meia dose de coelho grelhado à laia de entrada, acompanhado por dois flutes de vinho branco da casa (da Vermelha). Espectacular pelo modo sábio como foi grelhado o bicho.

Pato com arroz de forno , receita onde o arroz recheado dos peitos do pato vinha coberto por uma das pernas, ambos tostados depois da competente entaladela de forno.

Lulas grelhadas, com bela batata cozida e legumes variados - saborosíssimas e fresquíssimas, grelhadas no ponto, e onde nos foi primeiro demandado se as queríamos limpas ou tal como saíram do mar (claro que "sujas" do mar é que elas são boas, guardando os seus sucos naturais).

1 queijo seco de Niza (um pouco frigorificado a mais)

1 dose de cheesecake (muito competente para quem o comeu).

Para além do branco da casa ao copo ("ele" há vinho a copo de muitas proveniências) bebeu-se ainda uma portentosa garrafa de Dão Quinda da Pellada, Álvaro de Castro de 2003, a bater os seus píncaros e que nos custou 30 euros, muito aceitável para o vinho em questão.

Preço total (incluindo os 30 euros da Pellada) - 65,43 euritos!!

Totalmente recomendável!