quinta-feira, novembro 15, 2007

Clonagem Humana mais próxima


Notícias de ontem à noite fazem eco que foram já clonados com sucesso nos USA embriões de macacos.

Embora a ONU prepare um Documento onde advoga a proibição total da clonagem reprodutiva humana, penso que todos estamos convencidos que desde que exista a possibilidade técnica , alguém , nalgum local, fará o resto.

Até hoje tem sido muito discutida a clonagem dita "Terapêutica" que poderá ser utilizada para a produção de células estaminais com usos tremendos na industria farmacêutica, distinguindo-a da "outra", a clonagem "Reprodutiva" , essa sim geralmente sujeita a opróbio público.

Matéria tão sensível como esta está ligada (e partilha as técnicas laboratoriais) ao conhecimento cada vez mais profundo do genoma humano e à possibilidade deste ser "trabalhado" à medida do freguês.

As duas tecnologias poderão permitir a "perpetuação" de certos genotipos preferentes embora saber "quais serão?" e "quem os escolhe? " sejam dúvidas pertinazes que me assolam.

As Tecnologias ainda agora estão no início do seu desenvolvimento e sem dúvida que faltarão alguns anos para que a prática se revele viável, mas se colocarmos de lado as proibições e as questões éticas , as consequências - para quem puder pagar esta tecnologia no futuro - são de estarrecer: filhos "feitos à medida", livres de doenças do foro genético e com QI e características físicas à vontade dos Pais...

Acabava-se com a tipologia física "fora de moda" , como a obesidade, e seria até possível escolher a cor da pele!

O meu problema é que com a vulgarização dessa tecnologia (daqui a 100 anos, ou mais) a bio-diversidade humana pode-se perder e deixar às motivações Psico-sociais, como o "Status" ou o "Fashion", o futuro da espécie .

Esta não parece ser a melhor opção!!! Basta pensar quem - hoje em dia - define essas coisas. Quem são os "opinion leaders" para a "aparência física": jogadores de futebol, actores e actrizes de cinema., etc..

Já cá não estarei para o ver, claro, mas se estivesse desejaria sempre poder ecoar o grito de revolta d'el Rei D. José ao seu confessor: "Nem sempre Galinha, nem sempre Rainha, Padre!"

Vive la Diférence! E Viva o Gordo!

Nenhum comentário: