segunda-feira, maio 15, 2006

100 Anos - 5 Personagens






Hoje os CTT fazem o lançamento de uma emissão de selos alusivos de cinco personalidades de vulto da nossa história e da nossa cultura.

Trata-se de uma emissão paradigmática da política filatélica dos Correios, que se pauta, entre outros objectivos, pela divulgação de temas nacionais e evocação de nomes de primeiro plano da gesta portuguesa.

Ao homenagear-mos Fernando Lopes Graça, estamos igualmente a trazer para a ribalta a Música do nosso país.

Quando celebramos os 100 do nascimento de Rómulo de Carvalho, enaltecemos também a Pedagogia e a Poesia.

Com a emissão de um selo sobre Agostinho da Silva damos a conhecer um pouco mais da Filosofia e do Pensamento português.

Lembrando Thomaz de Mello são as Artes e o Design que serão aqui também recordadas.

Trazendo Humberto Delgado para o presente difundimos um passo capital da nossa História recente e prestamos um tributo à História da Aviação e à Política no seu todo.

Quem folheia um catálogo de selos portugueses, além de visitar uma galeria de arte extraordinária, vai ainda relembrando factos e feitos marcantes do País, da Europa e do Mundo.

Cada uma destas peças filatélicas tem uma importância objectiva que ultrapassa em muito o seu valor real e mesmo facial.

Na sua diminuta dimensão, contém um mundo de significados e de ressonâncias que remetem para valores, personagens, ideias, patrimónios que nos são caros e nos definem como uma nação com uma história rica e original, com mais de oito séculos.

Apesar das inevitáveis ameaças à sua existência devidas ao progresso tecnológico, que proporciona meios alternativos e mais lestos de troca de correspondência, o selo tem um protagonismo que não é substituível.

Há nele uma «alma» que o singulariza e o torna capaz de sobreviver, apesar da sua vetusta idade, a essa evolução científico-técnica que tem varrido tudo e todos que não se adaptam à modernidade.

O selo é dos poucos objectos, se não o único, com que lidamos amiúde, que contém, inevitavelmente, uma mensagem facilmente apreendida nos quatro cantos do mundo, em lugares quase inacessíveis, mas onde chega a distribuição postal.

Embora plano, suscita sempre uma leitura tridimensional. E é esta potencialidade que o torna num mensageiro pequeno no tamanho, mas enorme como embaixador e arauto.

Esta qualidade é ainda reforçada por serem concebidos e idealizados por artistas plásticos de renome, pelo que deixaram de ser emitidos apenas com o objectivo de satisfazer as necessidades do serviço postal.

Magnificamente ilustrado, é também um múltiplo de arte.

Mas, progressivamente, afirmou-se como sinónimo de identidade, credibilidade, idoneidade, história, património e bandeira.

Por isso, nele encontramos sempre bem visível a inscrição «Portugal».

Este aspecto é tanto mais pertinente porquanto a integração europeia e a globalização são factores de homogeneização das nações, pelo que importa desenvolver e preservar os símbolos da nossa independência e as expressões da nossa singularidade, de que o selo é um excelente exemplo.

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