quinta-feira, junho 29, 2006

Mais informação sobre os Vinhos Rosés


Amigos e Colegas têm-me telefonado para que eu esclareça melhor algumas dúvidas sobre esta questão dos Rosés:

a) Não são vinhos mais doces do que os "normais"?
b) Não são feitos "com pós" , abusando da química nas Adegas?
c) Por que é que não aparecem nas Listas de Vinhos dos Grandes Restaurantes?

Bem , vamos lá a ver se sei responder a tudo isto...

a) Os Rosés Europeus, sobretudo os Franceses da Provença e Côtes-du Rhône, são por norma mais secos do que os Norte-americanos da Califórnia (o mais conhecido será o White Zinfandel, uma espécie de Mateus Rosé à americana e um dos vinhos mais vendidos - e vilipendiados - do Planeta).

b) Qualquer bom Vinho - Tinto, Branco ou Rosé - tem de ter muita tecnologia na Adega. Isto é por demais verdadeiro e é o que distingue as Grandes Casas produtoras! Agora dizer que o Mateus Rosé não se faz com uvas ( como já ouvi) é um perfeito disparate!!

A cor Rosa dos Vinhos em causa é dada pelo ligeiro contacto do "sumo" da uva tinta com as suas películas. O tom pode ser mais ou menos rosado dependendo do tempo de contacto.

A separação do "sumo" e das "películas" faz-se por um antigo procedimento a que se chama "Saigner", isto é "sangrar" o vinho, e que consiste em deixar sair para uma vasilha distinta algum do "sumo da uva" das barricas ou dos depósitos originais imediatamente depois do esmagamento.

Esta operação fazia-se "ao contrário" da obtenção do Rosé, isto é, fazia-se para dar mais cor e concentração ao Vinho Tinto que ficava no depósito original!

Depois alguém se lembrou de um dia vinificar o "sumo de uva" que tinha sido retirado para o lado e ... assim nasceu o Rosé!

c) Os Rosés devem beber-se muito novos e por isso são de mais difícil aprovisonamento e stockagem em Restaurantes. Todavia existem sempre excepções...

Aqui vos deixo dois comentários de um grande crítico Norte Americano de Vinhos Tony Fletcher, escrevendo em 2001 (atenção aos anos dos Rosés!) :

"I've been through several bottles of the Jaboulet Tavel L'Espiegle 1999, which has a brilliant bright red color, an explosive nose of strawberries, a good attack, and then that Tavel whammy - an astringent, even austere finish that would certainly cause many a casual summer sipping rosé drinker to fall off their deck chair. That austerity is the reason Tavel is such a good food wine: put it up against some garlic and olive-oil infused dish full of herbs, and the balance is near perfect. At around $15, Jaboulet's Tavel is expensive. But yes, it is worth it."

"Still, is Tavel the best rosé wine I've ever tasted? No. That honor falls to the rosés of Bandol, at the very foot of Provence, right on the Mediterranean coast. As with the region's reds, the Bandol rosés are primarily Mourvèdre, one of the most individual of grapes and one that responds very much to terroir, with Bandol its spiritual home. The result is a whole different complexity of taste, another full notch higher than the best Tavels. Then again, the wine makers seem to know what they're onto: Bandols from top makers like Château Pradeaux and Domaine Tempier easily top twenty dollars, even pushing towards thirty."

Para Rir com a Bola - Comentários

Caro Raúl acrescentaria mais uma.

"ARIS de Salónica interessado em Beto"

Comentário:As boas notícias para o Benfica da próxima época continuam.

Um abraço
Paulo

Comentário do Comentário: Quem é o Beto? :) :) :)

Comentário à CPLP

"A minha Musa é um tinto Português"

Paulo Mendonça


Não desdenho dos nossos Tintos Amigo Paulo, mas - apesar da idade e da barriga - ainda anseio por outro tipo de Musa...

10 Anos da Comunidade dos Países de Lingua Portuguesa



"A Minha Pátria é a Língua Portuguesa" Fernando Pessoa

Para rir com a Bola








" Moisés está garantido como Central do Sporting" - dos Jornais desportivos de hoje.

Comentário: E ainda diziam que o Rui Costa era velho demais para o Benfica...


"O Povo Português está sedento de Vitórias" - da entrevista de ontem de Scollari à RTP.

Comentário: Enquanto não vêm mata-se a sede com umas "bejecas"...


"Não temos medo de ninguém. Somos um Povo que respeita os outros mas que exige que o respeitem a si também" - Pedro Pauleta na Entrevista da FIFA e respondendo a um jornalista inglês.

Comentário: Percebeste a bem ou queres com molho para bifes?


"A bola é redonda, são 11 para cada lado e o jogo tem 90 minutos se não houver prolongamento" - Frase de um comentador da TSF , no rescaldo do Portugal-Holanda , quando lhe foi pedido para comentar o Portugal-Inglaterra.

Comentário: É uma grande verdade, dita por alguém que terá ou mais ou menos do que 40 anos, que na rádio parecia um homem, mas que também podia ser uma mulher com voz grossa, e que podia estar já bêbedo ou não, dependendo do que tivesse bebido a ver o jogo e da sua capacidade de aguentar alcóol e ainda se estivesse medicado ou não com ansiolíticos antes de chegar ao Jardim da Cerveja.

quarta-feira, junho 28, 2006

Excelente Sugestão de Paulo Mendonça!!

Aqui vai:

Caro Amigo

E que tal acompanhar o Rosé com uma salada Niçoise?

Cá vai a receita para 10 pax (Só faltam oito)

Salada Niçoise

INGREDIENTES: Feijão verde 1 kg, Tomate 1 kg, Batata 1 kg, Filetes de anchova 200 g, Azeitonas pretas 200 g, Molho Vinagrete q.b. Alcaparras q.b. Sal q.b. Água q.b.

MÉTODO DE CONFECÇÃO:
• Corte o feijão verde à Portuguesa• Coza a batata com pele em água temperada com sal• Coza o feijão verde em água temperada com sal• Prepare o molho vinagrete• Corte o tomate em gomos• Descaroce as azeitonas• Pele a batata e corte em jardineira• Emprate os legumes em montes alternados• Tempere com o molho vinagrete• Decore com as azeitonas, as alcaparras e os filetes de anchova

Um abraço

Paulo Mendonça

O que é um Vinho Rosé?




Todos já sabemos que é possível fazer Vinhos Brancos com Uvas Brancas ou Tintas, mas que só é possível fazer Vinhos Tintos com uvas Tintas.

Exemplos de Vinhos Brancos feitos com Uvas Tintas são os Espumantes de Baga, ou os Champagnes feitos com castas também tintas (Pinot, etc...).

A um Champagne só feito com Uvas Brancas chamamos "Blanc de Blancs" - nunca é de mais recomendar o Excelente Ruinard Blanc de Blancs ou até o nosso Lordelo Blanc de Blancs da Bacalhoa.

Para fazer um Branco com uvas tintas não se podem misturar as películas no processo de vinificação, pois são estas que dão a cor ao vinho.

Posto isto já estamos todos a ver que um Rosé só poderá ser feito com Uvas Tintas.

A cor que lhe é dada pela arte do enólogo tem a ver com a maceração mais ou menos longa e com a densidade dos pigmentos das uvas utilizadas.

Existem ainda Vinhos de cor rosada feitos pela mistura de um pouco de vinho tinto em vinhos brancos, mas esta forma de trabalhar dá origem aos "palhetes" e não aos verdadeiros Rosés.

Atenção contudo à Grande Excepção a esta regra!! O Champagne Rosé é normalmente feito pela adição de uma pequena quantidade de vinho Tinto de Pinot Noir a um Vinho Branco de base (pode ser Chardonnay). Experimentem o Billecart Salmon Brut Rosé (perto de 70€) e depois digam alguma coisa...

Podemos dizer com verdade que qualquer Rosé- sem ser Champagne, como vimos - resulta da maceração de uvas tintas que pouco tempo ficam em contacto com a película (pele) e que podem atingir extremos de "palidez" conhecidos como a "pelure d'oignon" por um lado, mas que têm o seu outro limite cromático aceitável num tom sanguíneo vivo.

São vinhos de Verão - daí a crónica ser hoje - excelentes para refrescar o palato e que devem ser sempre bebidos frescos mas não gelados. Harmonizar a comida com estes Rosés pode não ser muito fácil...

São bons para todos os pratos de Pasta fresca, para as Marinadas, para as saladas de Perú , de Frango ou de Peixe e para as mayonnaises, já que tanto Brancos como Tintos normais "encrespam" com pratos de sabor avinagrado ou que contenham muitos ovos. Com uma Pizza feita à moda antiga, sem ser com massa congelada , vão muitíssimo bem!

Os melhores Rosés do mundo são da Provence, os vinhos feitos de Cabernet Franc do Loire, onde as marcas mais conhecidas serão Tavel e Lirac. Em Portugal começam a agora a aparecer muitos Rosés que fazem subir a fasquia do "velho senhor" Mateus da Sogrape.

Aqui vão algumas recomendações de Rosés com qualidade: Adega Cooperativa do Redondo 2005, Casa de Saima, Esporão Vinha da Defesa, Redoma, Quinta do Portal, Quinta da Pellada.

Bebam-se sempre muito jovens (neste momento a partir de 2003) e não os confundam com refrescos, porque lá ter grau alcoól têm como os outros...

terça-feira, junho 27, 2006

Mundial Forever...

Um nosso Leitor - Andrea de Itália - não quis deixar de se pronunciar, sucintamente, mas "a ponto":


andrea said...
w portugal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

VIA CTT Apresentada Oficialmente



Hoje, pelas 12.00H e na presença do Primeiro Ministro, lança-se oficialmente a VIA -CTT.

Como sabem é uma "Caixa de Correio Electrónica Universal" gratuita para quem recebe e paga pelos Remetentes que é disponibilizada pelos CTT Correios de Portugal a todos os Portugueses (indivíduos ou Empresas) para nela receberem a correspondência que entenderem - Bancos, Tribunais, Finanças, etc...

A principal característica é a segurança absoluta das "transacções" que lá forem depositadas e a garantia de que só os CTT poderão ali colocar "cartas".

Boa Sorte e Boa Adesão a este novo Serviço!

Mesmo que diminuam as nossas cartas em papel o futuro está nesta direcção...

TIMOR - Comentário e Boas Notícias

O "Zé" Comenta:

O Bom senso vai pervalecer,para bem da consolidação da Independência de Timor Leste e dos verdadeiros interesses do Povo Timorense.

Situações de conflito,de nublosidade,de manipulação, só servirão os interesses de terceiros que em nada se identificam com a verdadeira afirmação de Identidade e Independência.

Parece que Mario Alkatiri se demitiu e irá assumir o seu lugar de deputado.Aqui de longe, com a informação da imprensa e de amigos que estão em Timor,nada mais posso comentar que desejar Bom Senso,Descernimento e que os Reais Interesses do Povo de Timor estejam acima das querelas e das diferenças,para criação de condições ao Desenvolvimento e Independência e Identidade Real ao povo de Timor Leste.

Já chega de angústia e de sofrimento....

26 June, 2006

Comentários ao Mundial

O nosso Amigo "Zé" comenta:

Selecção deu um grande exemplo,de como a coesão,o espírito de equipa e principalmente, a disponíbilidade, a entrega, a concentração, a entreajuda e o espírito de sacrifício são fundamentais.

O árbitro mostrou desde o início que não tinha estofo para um jogo daquela Natureza.

Mais uma vez constactei que as individualiades, só são importantes quando verdadeiramente integradas no espírito de grupo, e isto é quer se goste ou não obra do Líder.

Que venha a Inglaterra e que pague a factura em aberto desde 1986.

Vamos entrar em campo com 11 e teremos um grupo de suplentes á altura que tudo farão para que ninguém se lembre dos substituídos,disso tenho plena certeza.Podemos continuar a sonhar,dado que o sonho comanda a vida.

Que sábado seja um dia em que os"nossos velhos aliados" paguem as favas nem que seja por meio a zero,nos penalties,ou um golo aos trambolhões.O grupo e o país,bem precisam e merecem.
26 June, 2006

Zé said...
A factura é de 1966, poderá ter, eventualmente, mais anos,mas aqui è sòmente futebolística.
26 June, 2006

domingo, junho 25, 2006

PORTUGAL nos Quartos de Final!!!


Em jogo impróprio para cardíacos conseguimos derrotar a Holanda por 1-0.

Houve alturas, sobretudo depois da expulsão (infantil e justa) de Costinha em que julguei que o Jogo não chegava ao fim, tanta a "cacetada" que se via em campo...

Árbitro fraquinho, holandeses muito novos e sem estrutura psíquica para aguentar estas pressões, mas também se viu que alguns portugueses (Figo, Deco) têm que se controlar mais.

Quem deu o exemplo foi o "puto" Cristiano, depois da autêntica agressão que sofreu (Vermelho directo em qualquer campo) não se exaltou e continuou a jogar enquanto pôde...

Grande Golo de Maniche (já é o segundo) e , de uma maneira geral , grande brio e valentia dos "Heróis" que sobraram!

Parabéns e Venha a Inglaterra!

Comentário a Timor

Um nosso Leitor Comenta a situação, a qual, aliás e face ao não comprometimento da Fretilin depois da Reunião deste Domingo, estará a piorar...

São tão contraditórias as notícias sobre as causas da crise em Timor Leste.Que os Líderes Timorenses,tenham o descernimento de procurarem mais aquilo que os une que o que os divide e consigam discernir no meio de interesses de Tubarões (petróleo e gás natural ) aquilo que convém à paz,ao desenvolvimento e à independência de Timor Leste.Não pode ser uma independência falida,como os interesses externos ao povo,quererão fazer crer.
24 June, 2006

sexta-feira, junho 23, 2006

Ai Timor...



Ontem à noite soube-se que Xanana Gusmão tinha imposto um Ultimatum a Mário Alcatiri (e ao próprio Povo de Timor):

" Se Alcatiri não se demitisse seria ele, Xanana, que o faria hoje mesmo!"

Xanana Gusmão é o Pai da Pátria timorense e, por isso, não admira que semelhante atitude tenha levado dezenas de Camiões a Dili com gente de todos os cantos do País para se manifestarem a favor da continuidade de Xanana no Cargo de PR.

Na hora a que escrevo espera-se que esta mega-manifestação seja pacífica, uma vez que dentro dos camiões também vêm Mulheres e Crianças. vamos esperar para ver.

Estas situações de apelo ao referendo popular informal podem ser consideradas demagógicas - lembro que o Referendo era a grande arma de De Gaulle ( e por ela acabou por ser vitimado) e também de Mahatma Gandhi que sózinho, quando começava as suas célebres greves de fome , conseguia controlar pelo exemplo de vida as acções de Milhões de pessoas.

Todavia, na situação actual de Timor é imperioso que se aclare o ambiente político e, só por isso, aceitarei por esta vez a menos boa (ou menos democrática-ocidental) forma de o fazer em desculpa dos fins que se pretendem atingir.

Mário Alcatiri - por muito que nos custe - tem razão ao pretender que a crise tenha uma solução Institucional, no enquadramento da Lei Geral do País.

Mas o Povo de Timor tem já pouco tempo para esperar... A demissão voluntária do Primeiro Ministro parece-me ser a melhor forma de resolver este assunto, para bem de todos.

Herança Romana - Sucesso no Museu de Arqueologia




Com uma "Oração de Sapiência" impressionante , feita pelo Catedrátido da Universidade de Coimbra Prof. Doutor José da Encarnação (meu colega nos Salesianos do Estoril, mas isso é outra história...) concluiu-se ontem o Lançamento do Livro "Herança Romana em Portugal" de Carlos Fabião.

O carinho e o respeito que a comunidade da Arqueologia em Portugal tem pelo Prof. Doutor Carlos Fabião é enorme e ficou bem expressa pelo número de Arqueólogos, Alunos de Mestrados e de Doutoramentos ali presentes.

Agora é só comprar numa estação de Correios perto de si (40€)...

Uma Opinião de Dirk Niepoort


Por Favor analisem este excerto de uma entrevista que Dirk Niepoort (o grande enólogo do Douro) concedeu a uma revista da especialidade:


"...Recordo-me a este respeito de algumas histórias com piada.

Ao princípio dos anos 90, num jantar servi um vinho suíço novo que pretendia ser 'sério' e bom.

No entanto, não era muito sério, e tinha um cheiro estranho.

Várias pessoas insistiam que o vinho teria rolha... Depois de deixar a discussão culminar, apresentei-lhes a realidade: o vinho tinha um screwcap..."

"Também conheço o caso de um amigo meu, produtor de vinhos, que tinha o vinho a estagiar em madeira e várias barricas tinham transmitido - já antes de ser engarrafado o vinho - um sabor a mofo."

Estes comentários fazem-nos concluir que algumas pessoas remetem para a rolha problemas encontrados no vinho - quando, de facto, as origens dos defeitos muitas vezes nada têm a ver com as rolhas, mas sim com outros factores..."

Mais Argumentos: VidroX"TetraPak"

Alguns Amigos lembraram-me que a "pegada ecológica" do Vidro - que aparentemente não se deteriora naturalmente no ambiente - é superior à do material utilizado nas Embalagens do tipo TetraPak, o que pode ser mais um argumento a favor destas numa sociedade cada vez mais orientada para os Valores Ecológicos...

Comentário - Novas tecnologias para embalar Vinho

O nosso Amigo Paulo Mendonça, Especialista e Formador nas Áreas de Hotelaria e Restauração, oferece a sua opinião sobre este Tema:



Caro Raúl

Debrucei-me sobre o tema e encontrei alguma informação que julgo pertinente:

Segundo o investigador Neo Zelandês Alan Limmer a rolha de rosca "screwcap" pode gerar aromas a enxofre, artigo publicado na revist "Australian & New Zeland Grapegrower & Winemaker" com o título "Do cork breath? or the origin of SLO".

A questão está em saber se a rolha permite a entrada de oxigénio nos vinhos e se a "screwcap", cria o que chamou SLO, sulphur-like-odor.

Alan Limmer, que é doutorado em quimica, trabalhou cerca de 20 anos em enologia e é director da comissão de vitivinicultores da NZ, parte de um estudo baseado na oxidação e redução dos vinhos, conhecido como potencial Redox, e vem dizer que as garrafas rolhadas com "screwcap" envelhecem de forma "diferente" e a um ritmo muito mais lento.

Para além disso, a garrafa fica de tal maneira selada que a entrada de oxigénio é nula e acaba por gerar aromas a que chamou SLO cuja origem podem estar em compostos sulforosos.

A cortiça é feita de 15% de matéria sólida e o resto de ar e, esse facto assegura uma maior permeabilidade da rolha tradicional de forma a garantir a evolução mais harmoniosa dos vinhos e menores riscos de aromas indesejáveis o que coloca o "screwcap" na condição de vedante apenas em vinhos de consumo imediato´nunca em vinhos de guarda.

Pessoalmente ainda não me estou a ver a salivar por um vinho, sem ter um saca-rolhas na mão.

Um abraço!
Paulo Mendonça

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Óptima contribuição para esta celeuma, trazendo aqui à nossa presença argumentos que eu desconhecia.
Obrigado!

quinta-feira, junho 22, 2006

Plástico ou Cortiça? Vidro ou Cartão?



Não são respostas fáceis de dar. Para as duas questões existem defensores e detractores das velhas tecnologias face aos novos produtos que se apresentam como alternativa.

1 - As Rolhas

O grande problema da Cortiça consiste na possibilidade de desenvolvimento daquilo a que costumamos chamar "cheiro a rolha" ou "cheiro a mofo". Não é possível explicar doutra forma , é mesmo um odor desagradável, que lembra roupa molhada e guardada sem secar, e que estraga - para sempre - qualquer garrafa de vinho onde surja.

Esta situação deriva de uma contaminação (bacteriológica?) que se desenvolve no processo de fabrico das próprias rolhas. Em rolhas mais caras esse processo de fabrico tem maior controlo de qualidade e o fenómeno é minimizado. Em rolhas mais baratas há mais possibilidades de acontecer.

Mas Atenção! Já me aconteceu em provas de vinho Topo de Gama encontrar "cheiro a rolha"!!

Uns investigadores portugueses desenvolveram uma tecnologia que permite anular a hipótese de contaminação, parecia muito promissora , apareceu em todos os jornais aqui há uns anos ... E nunca mais ouvi falar deste assunto.
Será que é demasiado cara ? Ou então até estará a ser aplicada e eu desconheço...

Em Conclusão: Rolha de Plástico nunca desenvolve este Problema. Rolha de Cortiça, para o evitar, não é competitiva em preço. Ou seja: Para vinhos correntes ou até de uma gama média, o Plástico resolve bem. Para Vinhos mais caros a Rolha continuará a ser alternativa.

E em termos do comportamento do vinho?

O plástico (os seus defensores) clama que é neutral e não "aquece nem arrefece" o que lá está dentro em termos de evolução. A cortiça tem por si mais de 300 anos de provas dadas...

Não há - ainda - tempo de prova suficiente para verificar se o Plástico mantém a sua neutralidade ao fim de 15 ou 20 anos.

Mas hoje em dia quem é que guarda um vinho tanto tempo?

Resta o Marketing... Grandes Vinhos com Rolha de Plástico terão sempre mais dificuldade em atrair sectores tradicionais deste Mercado elitista.

E a defesa do Património Nacional : Viva a Cortiça e os Sobreiros debaixo dos quais comem os Porcos Pretos!!

2) As Embalagens \ Garrafas

A maior dúvida e crítica que se tem feito ao Vidro é a de que exposição solar "passa" para dentro das garrafas, molestando os seus conteúdos. Formas de embalagem na linha das "TetraPak" ou das embalagens de Sumos ou de Leite que todos conhecemos e compramos nos Supermercados são inócuas a esse fenómeno da Luz solar.

Por outro lado a tradição exige que os Grandes Vinhos sejam acomodados de forma adequada, em caves frescas, arejadas e longe do Sol, pelo que esta situação afectará menos os Produtores e Armazenistas - que têm essas infra-estruturas montadas de raiz - do que o Consumidor final e o Retalhista: todos já vimos, decerto, bons vinhos nas montras de mercearias...

Tenham contudo em atenção que não é só a Luz Solar que afecta os conteúdos, mas também o Calor. E quanto a isso as embalagens modernas não resolvem: Leite ao Sol fica mesmo quente.

Vinho também, com a ressalva de que o Vinho aquecido matura muito mais rapidamente e passa à fase de oxidação ("passado") mais depressa.

Em Conclusão - Não há contra indicações técnicas - que eu conheça - para a utilização de substitutos do Vidro nas embalagens do vinho. Tenho dúvidas que os Vinhos melhores e de créditos firmados venham a seguir esta via, mas - de novo - por considerações de Marketing e de exigência dos Grandes Clientes.

Beber vinho é Cultura e é História.

Como tal os apreciadores necessitarão sempre dos seus pequenos mas importantes rituais : O abrir da Garrafa, o cheirar a rolha, o decantar o vinho, etc, etc...

Este factor será, na minha opinião, sempre determinante nas escolhas que o Mercado decidir.

João Araújo chama Tema ao nosso Blogue

Comentanto a anedota que construí em redor do Barca Velha, o nosso Amigo João Araújo fez o seguinte comentário:


Não querendo, de forma alguma, pôr em causa a tua saúde, pergunto-te que posição tens quanto a algumas questões relacionadas com os vinhos mais baratos:
- Tampa vs rolha de cortiça;-
Vinhos em embalagem de vácuo.

Naturalmente que esta pergunta "esquece" a questão da TRADIÇÃO, e apenas se refere às questões da qualidade.

Abraço
João

Questão muito bem colocada, agora que grandes marcas - até Portuguesas - parecem defender a utilização das alternativas à Cortiça e ao Vidro...

Merece Post dedicado...

Desertificação da Terra, da Paisagem e do Elemento Humano


Ontem, 21 de Junho, lançámos na Assembleia da República e na presença do Dr. Jaime Silva, Ministro da Agricultura, uma série de Selos que pretendem chamar a atenção para o grave problema da Desertificação que assola o Interior de Portugal.

Desertificação da Paisagem pelos incêndios, pela cada vez menor atractividade da vida rural e da pequena parcela agrícola, etc...

A que se segue o abandono das terras por parte das populações.

Perde-se a Alma de um País quando as Cidades não têm contrapeso demográfico numa ruralidade moderna e que seja alternativa de vida para quantos se decidirem por lá viver.

Herança Romana

Um Comentário de um nosso Leitor:

Gostaria,mas é em LIsboa e não resido nem me desloco lá....o resto do país....será potencial comprador...não merecerá um pouco mais de descentralização?

Lisboa Capital,mas há clientes e locais para além dela, com especificidades próprias, potencialidades e....muito mais.


Concordo com o Leitor.

Descentralizar é necessário, nem que seja para responder a outra das importantes questões em que , ontem , também estivemos envolvidos: A Desertificação do Interior.

Posso já anunciar que o próximo Livro dos CTT-Filatelia "História do Vinho em Portugal" de João Paulo Martins, será lançado em Setembro, na Régua, no Museu do Vinho do Porto.

quarta-feira, junho 21, 2006

Herança Romana em Portugal




Carlos Fabião, talvez o mais conceituado Arqueólogo Português , escreveu novo Livro Temático que os CTT - Filatelia tiveram o prazer de Editar, e que lançamos amanhã, pelas 18.00H no Museu Nacional de Arqueologia, por detrás dos Jerónimos:

"A Herança Romana em Portugal"

Estão todos convidados a passar por lá.

E Não é que o Gordo acertou?




PORTUGAL - 2 ; MÉXICO -1

Não vão à Bruxa que não precisam ...

Perguntem aqui no Blogue que a tudo tentarei responder: Amor, Inveja, Mau-Olhado, Solidão e Dinheiro.

Retoma do caso da GM da Azambuja


O nosso Leitor "Zé" faz o seguinte comentário - um autêntico grito de alma - ao que aqui escrevemos sobre a "deslocalização" das Multinacionais para os Mercados mais atractivos e baratos:

São as virtualidades do mercado livre.

Quando nos interessa....lembram-se dos direitos alfandegários às Importações de aço...e às quotas dos produtos agrícolas...aos sobsídios à agricultura...à política agrícola....à distruição de colheitas...

É no aproveitar que está o ganho.

É a livre circulação de trabalhadores, de mercadorias e de Capital, se possível sem qualquer condicionalismos á mobilidade e à precaridade laboral, é a criação de Valor, é concorrência, é o aproveitamento dos diferentes níveis de vida,de qualidade de vida, de necessidades...é o confronto a nível económico (como é bela a Guerra Económica) e o seu aproveitamento de estádios de desenvolvimento existentes a nível Global.

É O Mercado e a sua mão-invisível. É preciso deixá-lo funcionar....É a globalização.... sem regras.. redunda na lei do mais forte.

É tudo uma questão de optica...a Maria pariu um moço...a senhora deu à à luz um menino... a Maria é Puta em .... a senhora D. Maria é acompanhante dos Senhores....o Quim emborrachou-se...ao senhor Manuel caiu-lhe mal a bebida...

Esta lógica e forma de de estar, é nem mais nem menos que a lógica do processo D.Branca...vai dando de uns para os outros...quem vier atrás que feche a porta...daqui a cem anos estamos todos mortos ou pelo menos a maioria...é o homem como recurso ao serviço da Economia e não a Economia ao serviço do Homem...

Que raio de Sociedade é esta que cresce Globalmente cerca de 6% ao ano e em que 80% da riqueza e dos recursos é detida e utilizada por 20%; que cria cada vez mais assimetrias, que gera conflitos, onde há quem tenha falta de água, fome... e em que nas teorias do Valor considera que no Valor criado...Bola NIKE por exemplo...só 0,5% é distribuído pelo miudo Indiano .... que as cozeu e que trabalha 16 horas dia...

Isto é o quê?...Há quem procure explicações lógicas, de Sistemas....são a realidade nua e crua do Imediatismo...quem está bem deixa-se estar...chama-lhe minha, filha antes que te chamem a ti...do Poder...das diferenças de Desenvolvimento.

Quo Vadis...Domine...

Serão os Trade Off´s ou os freakononomic´s...quem manda pode...

Que raio de Sociedade..do Desenvolvimento, Conhecimento, da Informação e da Globalização....Será? ou resta-nos a Poesia....depois dos mercados de Leste...pega-se na quitanga e vai-se para África...depois para outro paneta.....

Portugal-México


Com uma Equipa renovada (saem os 5 amarelados) como será o jogo de logo à tarde?

Infelizmente não vou poder assistir ao vivo mas gravo, e se me agradar o resultado vejo logo à noite.

Palpite: Portugal 2-México 1

Ainda o Barca Velha

Comentário do nosso Amigo Paulo Mendonça:

Olá caro amigo Raúl

Não me atrevendo sequer a comparar, os vinhos, pois lamentávelmente não provei o Barca Velha, venho fazer uma pequena sugestão de um vinho Australiano que tive o prazer de provar e que muito me agradou (até no preço 16,00 €)2002 Greg Norman Estates Cabernet/ShirazLimestone Coast

Um pequeno senão, em Portugal ainda não consegui encontrá-lo à venda, prometo numa próxima deslocação trazer uma garrafa para obter a sua opinião (ou será melhor 2 garrafas?)

Um abraço
Paulo Mendonça


Amigo Paulo, uma garrafa vai fatalmente sentir-se muito sózinha...

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Aviso:

A todos os meus bons Amigos que me telefonaram ou mandaram mails oferecendo-se para resolver o meu "dilema" sobre o que fazer com as garrafitas do BV 99 , informo que tal decisão não pode nem deve ser tomada de ânimo leve , pelo que há que dar tempo ao tempo e haja paciência que é uma grande Virtude!

terça-feira, junho 20, 2006

Barca Velha de 1999


Lá perdi o amor a 65€ por cada garrafita (preço especial do Clube 1500 da Sogrape) e recebi esta semana a minha Caixa de Barca Velha de 1999.

O que fazer com elas (as garrafas)?

Dilema profundo e do qual tenho dado conhecimento a alguns Amigos mais intímos...

Explico as razões desta dúvida metódica transformada em stress face à angústia Shakespeariana: Abrir ou Não Abrir eis a Questão!?

Quem tem muito dinheiro e compra várias caixas de Barca Velha pode dar-se ao luxo de ir abrindo, provando e acompanhando o estado do vinho. Quem, como eu, compra uma caixita de cada vez que o vinho aparece está mais limitado neste tipo de conduta...

Tenho tido maus encontros com Barca Velha de outros anos, onde o respeito e a veneração pela mitologia da marca me levaram a esperar demasiado para provar o vinho, sendo os resultados, como disse , bastante maus. Lembro-me nitidamente de ter acabado sem fama nem proveito as garrafas que tinha de 1991 ainda neste ano de 2006.

Também dá um certo gozo pensar que a caixa de Barca Velha está lá em casa bem guardada e acomodada, mas essa euforia depressa se transforma em alguma amargura quando se abrem as garrafas para detectarmos - 7 ou 8 anos depois - estarmos em presença de um Vinho "normal" e que pouco nos diz face ao estatuto que o envolve.

Acho que vou abrir estas garrafas de 1999 antes , talvez já algumas este ano, comparando-as com as de 1995 que ainda também tenho em casa. Deixarei 3 ou 4 para ir bebendo, mas juro que não vou outra vez fazer deste vinho um objecto de colecção, tipo bibelot.

Seria uma falta de respeito para quem o fez.

Tempo de Brancos



Calma Irrascíveis Criaturas Leitoras!

Não se trata aqui de fazer Política Racista mas sim, e apenas, de falar de Vinhos Estivais: Os branquinhos que muita gente diz serem mais "refrescos" do que vinhos...

"Como não havia Vinho bebeu-se Branco!" Já o meu Pai estigmatizava desta forma os Brancos que nos consolam agora que o Verão se prepara para apertar (não se nota muito, mas enfim, é de norma falar destas coisas na véspera oficial do Verão...)


Esse tempo em que se faziam maus vinhos brancos em Portugal está a passar. De facto sempre foi verdade que era necessário mais tecnologia e saber para fazer um bom Branco do que para fazer um bom Tinto - João Paulo Martins explica melhor do que eu as razões - mas hoje já se fazem Brancos de grande categoria e que têm - em princípio - outra grande vantagem face aos Tintos: são bem mais baratos...

Nas referências que dou a seguir os Preços são indicativos, pois tenho encontrado grandes diferenças entre as Garrafeiras e as Grandes Superfícies.

1) Para quem gosta de encontar num vinho Branco algumas características de complexidade e de maturação em madeira , temos os excelentes:

"Madrigal" de José Bento dos Santos (a perto de 20€) , "Quinta da Foz do Arouce" de João Portugal Ramos (12€-15€) ; "Baron de B" Da Herdade da Calada (25€); Reserva Branco Niepoort de Dirk Niepoort (a 20€); Quinta dos Carvalhais Encruzado 2003 (11€)

2) Para quem prefere nesta época do ano vinhos mais leves e fescos, temos também:

"Vale de Pradinhos" 2004 (imbatível a 5,5€); "Camarate Branco Seco" (7€); Alvarinho Soalheiro 2004 (grande vinho desta casta a 9€); Ponte de Lima Loureiro 2003 (5€);

3) Uma novidade de grande gabarito que provei há pouco tempo foi o Vértice Branco 2003 de Anselmo Rodrigues, o autor dos célebres Espumantes das Caves Transmontanas.

Comentários aos Nossos Prémios

Recebemos dois amáveis Comentários:


Parabens à Filatelia da "nossa" Empresa e ao seu Director.
19 June, 2006


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Sem necessidade de se babar pelos Prémios,ainda bem que há notícias destas para a Filatelia, que quer se qeira quer não, se viu recentemente envolvida,embora de forma indirecta...

Fornecedor... em incidentes que sejam ou não devidamente esclarecidos deixarão sempre moças, no negócio. A Qualidade dos produtos Filatélicos dos CTT está mais uma vez de Parabéns.

Bem haja que o negócio bem precisa e a Empresa também...

segunda-feira, junho 19, 2006

Dois Prémios de Prestígio para os CTT ( e para a Filatelia Portuguesa)


Soubemos no dia16 de Junho, que:

1. O nosso livro S. Francisco Xavier, de Miguel Corrêa Monteiro, ganhou o Prémio Francisco da Gama Caeiro, atribuído pela Academia Portuguesa da História a obras de carácter religioso;

2. O nosso livro A Herança Filipina em Portugal, de Carlos Margaça Veiga, ganhou o Prémio Presença de Portugal no Mundo, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian.

A cerimónia oficial da entrega dos Prémios terá lugar no próximo dia 5 de Julho, pelas 15,00 horas, na Academia Portuguesa da História.

E não digo mais nada senão ainda me "babo" e sujo o teclado...

Mundial - E Agora quem se segue?



Boa Vitória face ao Irão - era daquelas coisas: se não ganhássemos caíria o Carmo e a Trindade como ganhámos cumprimos a obrigação - quase que estou a concordar com o Scollari sobre a nossa Crítica...

Temos para já duas Equipas - a do meio campo Deco, Costinha e Maniche e a outra do Jogo anterior, com Petit , Simão e Tiago...

Se eu estiver bem a ler a mente do Sargentão, vai ser esta última a entrar em campo contra o México, para acautelar os cartões de alguns jogadores.

Prefiria que nos calhasse a Holanda.

A Argentina está a jogar em grande e é, em minha opinião, mais selecção\equipa que o Brasil, o qual só mostra individualidades e mesmo estas a passo devagar e devagarinho...

Comentários aos Críticos de Scollari

O nosso amigo "Zé" comenta:

Com o Einstein a comentar Futebol tudo seria relativo.

Tal como é agora.

O Treinador da selecção ao criar polémicas acerca das competências dos comentadores tema alimentado os Jornais. Para ensinar pode-se não saber fazer, mas é preciso saber como se faz.

O problema é que há quem não saiba,não sabe fazer, nem como se faz.Uma boa polèmicazinha até não cria ambiente antes de um Jogo.Concordo com o seleccionador que o que é preciso é Ganhar ao Irão nem que fosse por meio a zero.

Já começa a desenhar-se os Tubarões,Itália,Argentina...e os nossos vizinhos Espanha....o Brasil terá como seu pior inimigo eles próprios e a imprensa brasileira...tem de ganhar e dar espectáculo...eu também gostava que assim fosse com Portugal...mas primeiro é preciso ganhar...e depois..se ao nível do resto estivessemos como no Futebol bem estavamos!

quinta-feira, junho 15, 2006

Quem sabe Faz, Quem não Sabe...Comenta

Vem isto a propósito da entrevista onde o Sr. Scollari se insurge contra os Críticos Desportivos por terem achado que o 1º Jogo da Selecção foi "fraquinho".

Diz Ele: "Como não sabem comentam, e hão-de ser sempre uns comentaristas e nunca Técnicos de Futebol porque não sabem do que falam"

Enfim, mais ou menos foi isto, estou a citar de cor...

Esta polémica do que Sabe e Faz contra o que Ensina (ou Comenta, como é o caso) é antiga e provém - tanto quanto sei, mas deve haver mais do que uma história - de um "famoso" duelo entre Harvard e Princeton , duas das maiores estrelas da "Ivy League" , as mais conceituadas Universidades dos USA (e do Mundo).

Harvard era conhecida pelo seu apego às Humanidades, à Advocacia e às Artes (não esquecendo a famosa Business School) enquanto que Princeton era a Escola do Einstein, a Escola das Matemáticas , das Físicas e dos Modelos Quantitativos (grosso modo).

Dizia-se até que quando um estudante lá nos USA entrava no super mercado e ia para a fila do atendimento rápido com mais do que os tais 10 ou 15 produtos obrigatórios na cesta, logo o Trabalhador da caixa lhe perguntava:

"!Ouça Lá: Você é de Harvard e não sabe Ler ou é de Princeton e não sabe Contar?!!"

De todas as formas, conta-se que um Princetoniano inventou esta frase para denegrir o sistema de ensino em Harvard:

"Quem sabe faz, quem não sabe ensina. e quem não sabe ensinar, ensina pelo Método dos Casos!"

Boa Bola Einstein!

E não é Piada aos PADES...

quarta-feira, junho 14, 2006

Empresas multinacionais piram-se para fora da Europa Ocidental




Raios e Coriscos na relação entre o Capital e o Trabalho!


Vem isto a propósito da GM e da fábrica da Azambuja, a qual estaria a preparar o encerramento com base em Custos de Produção superiores aos de fábricas congéneres (em cerca de 500€ por cada viatura produzida, foi o valor que apareceu nos Jornais).

Também a Peugeot abandonou a Grã-Bretanha e ouve-se dizer na Imprensa Francesa que estaria a negociar com o Governo gaulês encerrar fábricas na própria França...

Quem ganharia com esta situação seriam os Países de Leste, cujas economias mais fracas permitem pagar a mão de obra muito mais barata do que na União Europeia.

Questionávamos - em Washington e entre Amigos que eram todos dos Correios de vários Países - como as empresas industriais tinham sobre os Serviços em geral e os Operadores Postais em particular esta vantagem competitiva de poderem "fazer as malas" e sair de um certo País, quando não lhes conviesse.

Os Correios de Portugal (por exemplo) não podem simplesmente encerrar as Estações e os Centros de Tratamento aqui no burgo e partir para fazer correio na Roménia...

Então disse-me o Alemão:

Raul, se não podem os Correios ir para os outros Países mais competitivos têm a possibilidade de trazer para os seus territórios Trabalhadores desses Países, a receber salários mais baixos e com menores protecções sociais. Na Alemanha o Deutsche Post, depois da privatização, já emprega quase 40 000 Checos , Eslovacos e Romenos...


Leram bem? A decisão de fazer Contratos com Empresas do tipo da "Select" - trabalho temporário - permitia já que em determinadas condições uma Empresa nacional se "livrasse" de certas obrigações sociais.

Mas agora com esta possibilidade de "importar" mão de obra de Leste, ainda por cima qualificada...

É claro que há certas actividades postais onde é preciso saber português (nem que seja para identificar as moradas) mas nos Centros de Tratamento já não sei se será assim tão necessário dominar a nossa língua logo de início.

E quando as condições de trabalho nesses Países de Leste forem semelhante às nossas (não faltará assim tanto, pois já jogamos quase de igual para igual em termos de indicadores de conjuntura) ?

"Viram-se" os Grandes Integradores para África?

É estranho que em Países como o Japão ou os USA não se ouça falar destas artimanhas..

Ai da Empresa Norte-Americana que decidisse mandar fechar uma fábrica no seu próprio País sem motivos fortísssimos, só para ganhar vantagem dos baixos salários noutro local!

E está-se mesmo a ver a General Electric a mandar vir do México 40 000 trabalhadores, ou a Honda a "importar" 20 000 chineses, não se está? ("é que é já a seguir" como dizia o anúncio...)

Farão, sem dúvida, essas tramóias, mas Fora dos seus Países.

E não acho que um Trabalhador Japonês ou Norte-Americano ganhe menos do que um Trabalhador Português...

Onde estará então o segredo?

Penso que no Conceito do que é hoje uma actividade empresarial.

Não deve servir apenas para remunerar a curto prazo o Investimento do Accionista, mas também para criar e manter emprego que dê sustentabilidade à actividade. Nem só trabalhar para pagar ao Capitalista nem só trabalhar para pagar unicamente aos Trabalhadores.

O difícil será encontrar um meio-termo adequado...

Mas alternativa parece-me tenebrosa...

Amado da Silva na ANACOM

O Professor Doutor Engenheiro José Manuel Amado da Silva, Catedrático da UAL e Catedrático Convidado do IST foi recentemente nomeado Presidente da ANACOM.

Tive ocasião de ser Assistente do Professsor Amado da Silva no ISCTE, na Cadeira de Investigação Operacional, e com ele privei quase 10 anos no âmbito dessa colaboração.

Pessoa discretíssima, de grande sabedoria e muito bom trato, tenho do Professor Amado as melhores recordações.

Não há aqui espaço para apresentar o CV (gigantesco) do Professor Amado da Silva, mas sempre vos direi que era ele a "alma" por detrás do GEBEI (Engº Cravinho) para além de ter colaborado (e desenhado) praticamente todos os Estudos de Conjuntura sobre Economia Portuguesa depois da Revolução.

Deixámos de nos relacionar profissionalmente quando eu enveredei - academicamente - pela Área do Research e dos Estudos de Opinião, mas continuei a acompanhar o percurso do Prof. Amado quer na U. Católica quer nas muitas Instituições Públicas e Privadas a quem dava consultoria.

Bem Vindo à ANACOM e Boa Sorte!

Comentário Portugal-Angola

O nosso Amigo "Zé" Comenta:

Cada equipa joga aquilo que o adversário lhe permite. Ganhar no primeiro jogo numa competição das características do Mundial de Futebol é extremamente importante. Respeitar todos os adversários é condição sine qua non para ser possível o sucesso.

Mais que o resultado relevo a atitude da selecção Portuguesa, primeiro procurar ganhar e seria uma grande surpresa que o jogo fosse disputado a um grande rítmo e com automatísmos, que as cargas planeadas para recuperar jogadores de época desgastante quer psicológica,quer física, quer animicamente.

A grande surpresa para mim foi a concentração e o posicionamento tàtico-estratégico da Selecção Angolana, carências normalmente associadas às caracteristicas do jogador africano. Fizeram um grande jogo e levaram a selecção portuguesa a humildemente encarar o jogo de forma pragmática, ganhar e depois....

Espero que a selecção de Angola,mantenha o mesmo nível exibicional e creio que não serão os coitadinhos do campeonato...Olhemos os restantes jogos e tiremos até ao momento conclusões...já não há vencedores antecipados, na forma profissional como os jogos são encarados..já não há vencedores de 5-0 e com exibições fantásticas.

Os desníveis são por vezes criados por razões comerciais...e interesses dos patrocinadores. Começamos a ganhar,a nossa campanha até ao momento é Optima.Não seremos concerteza os melhores do mundo,mas atendendo a que se trata de um jogo,com situações aleatórias-é isto que o transforma em jogo de massas,tão mediático e com paixão a raiar por vezes a irracionalidade...nas análises,nos comportamentos e nas expectativas-que poderemos sonhar...assim como a Selecção Angolana...

No Futebol a este nível já não há coitadinhos...espero que cheguemos o mais longe possível..as equipas é que ganham ou perdem...as individualidades, poderão aqui ou ali, fazer a diferença...mas creio que será a melhor equipa, que ganhará o Campeonato do Mundo.

Até ao momento ainda não vi nenhum jogo de encher o olho...também nesta fase seria algo de inesperado...há muito pragmatismo,muito planeamento e muito profissionalismo...esperemos que o nível vá subindo...não há campeões sem sorte,para além de tudo o que referi...jogos muito abertos e menos tácticos...só mais lá para a frente...Que Portugal ganhe o ao Irão e Angola ao México..para já será suficiente...jogo a jogo...e logo se verá.

Concentração, dinámica, ESPIRITO DE EQUPA e prognósticos só no FIM dos jogos .


Diz bem o Zé... Reparem no Brasil-Croácia de ontem à noite... De facto já não há "coitadinhos no Futebol a este nível e qualquer falta de concentração pode ser a morte do artista...

segunda-feira, junho 12, 2006

O Regresso do Velho e Nobre Senhor



Restaurante "O Nobre" - Av. de Olivença (Junto à Praça de Touros do Montijo) - 21 231 75 11 Fecha às Terças Feiras.


Existirão restaurantes de luxo em Portugal?

Passo a explicar. No meu entendimento qualquer estabelecimento de restauração candidato ao título “Luxo”, seja em que lugar do mundo for, deve obrigatoriamente concentrar quatro características - uma cozinha acima de qualquer suspeita, um serviço primoroso, um décor compatível com os anteriores requisitos e, também, uma cave de vinhos que reúna não só as novidades de qualidade como também as “jóias da coroa” que fazem parte do património enológico dos mais conceituados países vinícolas.

A dificuldade em conciliar estes quatro aspectos fundamentais sem qualquer tipo de compromisso é por demais evidente. Basta pensar - e referimo-nos agora apenas ao caso português - no valor do investimento que qualquer empresa terá de efectuar para poder oferecer aos seus clientes vinhos tintos e brancos que constituam referências históricas das diversas regiões vinícolas. Neste investimento não podemos deixar de incluir as condições ideais de armazenamento dos mesmos vinhos, habitual “calcanhar de Aquiles” de muitos restaurantes que conhecemos.

Não queremos com isto dizer que se come mal em Portugal. Muito pelo contrário. Vivemos, graças a Deus, num país onde a média dos restaurantes é bastante aceitável. O problema está no facto de uma boa cozinha ou uma situação paisagística privilegiada não poderem, por si só, justificar o qualificativo “Luxo”.

Entre os "medalhados do Miquelino" e mais uma mão cheia de Casas (Fortaleza do Guincho, Carlton, Eleven, etc...) vai-se fazendo a história da Restauração de Luxo em Portugal. Vai-se fazendo de acordo com a dimensão da nossa pequenez (se me permitem) o próprio Tavares teve de encerrar aos Almoços por falta de Clientes , embora tenha por proprietário um rico senhor...

Mas com as histórias que se vão lendo deste "novos-ricos" por vezes esquecemo-nos de quem já lá esteve nesse "campeonato" , tudo viu e tudo fez - talvez demais.. - e agora regressa para nos dar de novo o Prazer de nos Servir.

Desde os tempos em que os actuais proprietários e gerentes do NOBRE - Sr. José Nobre e D. Justa - faziam escola de bem servir no antigo “Constituinte”, até à inauguração das novas instalações adjacentes à Praça de Touros do Montijo (a 20 minutos de Lisboa pela Vasco da Gama) , houve decerto um percurso de natural aperfeiçoamento mas também de luta e de angústias e de muito trabalhar para ver tudo a esvair-se por entre as mãos...

De facto por alturas da Expo e tentado por um Sócio que só via a ganância como objectivo, o Sr. Nobre chegou a gerir directamente 7 estabelecimentos de restauração em Lisboa e Cascais, com os resultados nefastos que todos conhecemos...

Hoje temos de novo uma Nobre Casa de Comer, graças ao investimento que foi feito na pesquisa documental de receituário português e na sua interpretação culinária prática. De facto Justa Nobre é uma das melhores cozinheiras que conheço.

O actual Nobre aposta também no requinte com que pretende brindar os clientes - decoração interior profissional; pratos, copos e talheres da mais alta qualidade; pessoal muito qualificado na recepção e no serviço à mesa.

A ementa com que nos tivemos de debater antes da refeição era extremamente completa, incluindo não menos de 14 sugestões de “pratos do dia”, para além de grupos heterogéneos de outras propostas gustativas - pratos lisboetas, especialidades da casa, peixes, carnes, doces e fruta. O Peixe, chegado todos os dias de Setúbal e de Sesimbra é de cair para o lado.

Nas diversas vezes em que tivemos ocasião de frequentar “O Nobre”, nesta como noutras encarnações, provámos pratos tão diversos na sua origem e complexidade de execução como migas de espargos verdes com entrecosto, lombos de robalo à Justa, perdiz à moda do Convento de Alcântara, lombo de garoupa de coentrada ou sopa de santola.

Nunca tivemos razões para contestar a competência da confecção e o rigor com que as receitas foram interpretadas. É esta cozinha, decididamente, talvez a melhor de Lisboa (enfim, da Grande Lisboa...) e uma das melhores do País.

A carta de vinhos sofre dos defeitos inerentes ao facto do restaurante que a apresenta ser relativamente novo. Isto é, possui todos os vinhos de qualidade brancos e tintos recentes. Faltam-lhe os clássicos...

Uma refeição composta pelas entradas tradicionais da casa (carapauzinhos de escabeche, mexilhão à espanhola, fígado de tamboril frito em escabeche, etc), seguidas por lombos de garoupa de coentrada e rematada por uma excelente sopa dourada - a mesma da “tia Vicência” de “A Cidade e as Serras” - foi acompanhada por um vinho branco excepcional mas, infelizmente, de distribuição quase confidencial e, por isso mesmo, muito difícil de encontrar, quer no comércio quer na restauração: Baron de B , Branco, 2004 da Quinta da Calada.

Ficou-nos esta refeição por cerca de 90€ para duas pessoas! Mas note-se que o vinho branco atrás citado é mais caro do que muitos tintos de qualidade que por aí andam...

Em conclusão, apenas faltam ao Restaurante “O Nobre” do Montijo amplas janelas viradas ao Tejo.

Quanto ao resto, qualidade gastronómica e serviço, não lhe daríamos como classificação cinco estrelas mas seis... se tal fosse possível.

Chegou para Vencer...



Primeiro Jogo de Portugal e Vitória por 1-0 sobre a Selecção Angolana!

É bom termos começado a ganhar, mas houve alturas em que os nossos jogadores parecia que andavam aos papéis, sobretudo na Segunda Parte...

. Gostei do Luis Figo (também não foi lá muito bem marcado... velocidade e explosão é coisa que já não pode ter como tinha... Se os adversários contarem com isso e o marcarem em cima a meio-campo vai ser mais difícil brilhar. Mesmo assim ontem fez uma grande exibição).

. O nosso meio-campo ainda anda à procura de ritmo e de fio-de-jogo. Tiago, Petit, Costinha, Maniche (que grande bomba que este mandou à baliza! Excelente defesa também do Guarda Redes angolano!) o que vai ser?

. A defesa mesmo assim pareceu-me o nosso pior sector: Atenção aos nossos Centrais!! Meira e Ricardo deram algumas fífias quando tinham que "tapar" os flancos... Miguel esteve melhor a atacar e Nuno Valente foi passado pela direita vezes demais...

sexta-feira, junho 09, 2006

O Último Bilhete para o Portugal-Angola será hoje sorteado pelos CTT em Lisboa




A partir das 9.00 desta Manhã, na Estação de Correios do Chiado, em Lisboa, os CTT vão sortear um Bilhete para o jogo de Domingo Portugal-Angola (incluindo Bilhete de Avião!) a quem comprar a série comemorativa do Mundial de Futebol e escrever uma Frase sobre o tema.

Já se avisou a Autoridade para controlar as entradas na Estação...

Malacologia na Base




Que raio de Título!!!

Explico:

Vamos propor que a Emissão Base de 2007 ( e anos seguintes) tenha a ver com a reprodução de Conchas dos Mares de Portugal (Malacologia é a Ciência que se dedica ao estudo das Conchas).

De certeza que darão Selos de grande beleza.

Comentário : A Criminalidade Juvenil

O nosso Amigo Paulo Mendonça achou por bem fazer o seguinte comentário ao Post de ontem:

Quando os pais se demitem das suas obrigações como educadores, deixando para as escolas além da responsabilidade de formação a responsabilidade da educação, torna-se óbvio que esta se perde ou fica de alguma forma imcompleta.

Na minha opinião quem educa são os pais e quem forma são as instituições de ensino, só a conjugação destes dois pressupostos, poderá de alguma forma tornar os jovens da nossa sociedade mais responsáveis, educados e formados.

Em suma todos pais e professores só trabalhando em conjunto construiremos uma sociedade equilibrada e onde os jovens se poderão integrar de forma plena.

Um abraço

E está muito bem dito (acho eu).

quinta-feira, junho 08, 2006

Inimputabilidade só abaixo dos 14 Anos?


Discute-se hoje na Assembleia da República um Projecto do CDS-PP no sentido dos menores entre os 14 e os 16 Anos deixarem de ser inimputáveis em caso de crimes, podendo por isso ser sujeitos a medidas de coacção que incluem prisão efectiva.

Estranha sociedade esta em que vivemos onde se revela necessário avaliar medidas deste tipo...

As forças (e o Poder) em presença numa Sociedade cada vez mais desestruturada em termos de valores éticos e de cobertura familiar apontam - em todo o mundo - para um reforço da defesa dos Idosos e para uma cada vez maior responsabilização dos Jovens. E não estou a falar da Sustentabilidade da Segurança Social!

Mesmo admitindo que não estão por detrás destas ideias de "legislação a haver" objectivos eleitoralistas (cada vez mais idosos a votar e cada vez menos jovens, não só por causa da quebra na taxa de natalidade, mas também pelo desinterese das camadas mais novas pela vida pública)
é duro viver numa época onde Crianças podem vir a ser presas.

Reparem bem que não me move um sentimento do tipo do saudoso Padre Américo , que sempre dizia "Não há rapazes Maus" mas sim o desgosto pelo facto de não serem já os Pais e a Família o primeiro garante do controlo dos actos dos jovens.

Sempre foi assim, dirão alguns... Marginais de todas as idades sempre houve e haverá.

Para tratar desse assunto existiam os Colégios especiais (as Casas de Correcção para os Pobres bem como a Casa Pia de tristíssima memória e para os ricos o Nuno Álvares de Tomar, etc...).

Quando chegavam aos 18 anos era a tropa e a Guerra de África que os "endireitava". Os mais rebeldes iam para as forças especiais e eram colocados na frente dos conflitos.

Não discuto esses raciocínios, mas as proporções actuais da marginalidade Juvenil, e sobretudo a idade em começa é que me fazem pensar para onde vamos e o que haverá (ainda) à nossa frente.

Reparem:

a) A Obra do próprio Padre Américo é acusada de maus tratos aos seus protegidos (acusação pública foi ontem deduzida contra a Casa de Setúbal).

b) A Casa Pia foi o que se viu e o que se está para ver ( se vivermos muitos anos, digo eu...), Aqui foram os Jovens muito mais abusados do que abusadores.

c) A Polícia desmantelou há meses vários gangs Infantis, de onde se destacou o Gang dos Automóveis, cujo leader tinha (!) 15 anos e onde a idade média (feitas as contas por mim com base na notícia do Público) era - espantem-se - de 13 anos!!

d) Alunos das Oficinas de S. José do Porto - idades entre os tais 15 e os 12 Anos - espancam até à Morte um desgraçado de um Transsexual.

Etc, Etc....

Que Raio de Mundo é este e como o deixámos vir aqui parar!?

Pela 1ª Vez no Mundo - Selos Em Directo e pela Radio


Ontem ao fim da tarde fizémos o primeiro lançamento "radiofónico" de uma Emissão de Selos, a dedicada a Mozart neste ano em que se comemoram os 250 anos do nascimento do Génio da Música.

Uma Acção interessante a todos os níveis, com a transmissão do nosso Parceiro - Antena 2 - a vir em directo da ORF em Viena e também de S. Petersburgo, e connosco em estúdio juntamente com o Director da estação e da RDP a Carimbar os selos.


Os Sobrescritos de 1º Dia assinados pelos presentes em estúdio ficarão nos Museus da Radio e dos CTT, para "memória futura".

quarta-feira, junho 07, 2006

Comentário à Lei do tabaco

O nosso Leitor "Manoel das Couves" faz o seguinte Comentário:

Em http://abanacao.blogspot.com estão disponíveis dois inquéritos que pretendem (de alguma forma) intervir na Consulta Pública sobre a proposta de Legislação antitabágica que o Governo apresentou.

O que é também uma forma de participação cívica, para que outros não determinem autocraticamente aquilo que também nos diz respeito.


Nada a dizer, a não ser: Para esse Site rapidamente e em força!

Cerco ao Fumo e aos Fumadores - A Nova Lei do Tabaco


Hesitei antes de escrever este Post.

Tenho Bronquite asmática desde miúdo, embora não se note nada, e o Fumo do cigarro incomoda-me.

Durante toda a minha vida nunca fumei cigarros, apenas uma cachimbada de vez em quando, hábito que nunca foi aditivo e que começou para passar algumas das noites de estudo na Faculdade.

Nestes últimos anos de mais (algum) desafogo fumo um Cubano, entre Amigos, de quando em vez.

Todavia estou, à vontade, 2 ou 3 meses (ou mais) sem tocar em "fumos" o que - também de acordo com o meu Médico e as radiografias pertinentes - faz de mim um Não-Fumador

Por isso penso que estou em condições éticas inatacáveis para fazer este pequeno desabafo:

Não acham que há algo de fascista e de persecutório na forma como a sociedade actual vê e trata os Fumadores?

Sou o primeiro a compreender que devem existir áreas segregadas para Fumadores e Não-Fumadores. Quem não fuma não pode "levar" com o fumo em cima sem ter liberdade de escolha.

Por isso alguns Países criaram a hipótese dos Restauradores, Bares e Discotecas decidirem se as suas Casas seriam ou não para fumadores.

Reparem que não se trata de locais de visita obrigatória, como as Escolas, as Repartições de Finanças, as estações de Correio, os Locais de trabalho, etc... mas sim locais onde só vai quem quer e quando quer...

Parece-me esta decisão de segregar à partida os locais de amesendação e de divertimento mais sábia e respeitadora dos direitos de todos do que a que se antevê para Portugal, com a divulgação no dia de ontem da Nova Proposta de Lei.

A Hipocrisia é de tal ordem que os Poderes instituídos andam com estas meias medidas e não têm coragem para decidir, pura e simplesmente, Ilegalizar o Tabaco tal como as outras Drogas!!

Se o Tabaco Mata coloque-se Fora da Lei! Se não Mata assim tanto como é?

Já agora, porque é que não se proíbe também o fabrico de Automóveis que atingem velocidades superiores a 150 Km por hora? A velocidade também Mata...

Agora , renovar práticas de antigamente que apelam à delacção e que lembram o velhinho e odioso imposto sobre os Isqueiros, de Salazar, que deu de comer a tanto Bufo por esse País fora, parece-me Imoral.

Emissão Comemorativa do Campeonato do Mundo de Futebol


P'ra Frente Portugal!!

Vamos a ver se é desta...

terça-feira, junho 06, 2006

06-06-06 - 6 de Junho de 2006 - Estaremos vivos amanhã?

Os Americanos gozavam que nem uns perdidos com a coincidência numérica do dia de hoje -
06\06\06 - o denominado Número da Besta no Apocalipse de S. João.

Do ponto de vista publicitário o lançamento da novíssima versão do filme de terror "The Omen" far-se-á exactamente hoje em estreia mundial e com uma frase publicitária interessante:

"O Mundo acaba hoje. Depois não diga que não o avisámos..."

Em Washington anunciavam-se "festas do apocalipse" para a noite de hoje , enquanto que alguns Bares e Discotecas prometiam "noites temáticas" dedicadas ao fim do mundo.

Enfim...

Crónicas de Washington - 3


A Gastronomia Norte -Americana possível (em apenas 3 dias)

Dizem os entendidos que existem nos USA três tipos de escolas gastronómicas: a denominada TEX-MEX mais associada à Califórnia, Texas e Florida, a cozinha de influência francesa e cajun da Louisiana e , por fim, a cozinha da Nova Inglaterra, talvez a menos interessante do ponto de vista do Investigador destas coisas, influenciada pela nomenklatura WASP que dominou (a) o grande País.

Corned Beef e Baked Beans (passe a anedota) eram comida de pioneiros, tal como o famoso "feijão Tropeiro" do Brasil.

Ora em Washington o vosso Blogger comeu uma das vezes no Hotel - mal, comida afrancesada onde apenas se destacava a altíssima qualidade da carne, tão tenra que se partia com o garfo e mal-empregada pelos "tratos de polé" que sofreu às mãos de inepto aprendiz de Bocuse.

Noutra ocasião meti-me num Taxi e fui a um Restaurante recomendado pelo Diners Club, no centro de Washington, experimentar as Prime Ribs com Ash Brown Potatoes e o Virginia Ham, assado no forno por inteiro, com mel e cravinho.

As Prime Ribs são um corte (Side of Beef) da carne bovina feito com mestria da parte da Costela, mantendo o osso arqueado na extremidade, e que vão depois ao forno durante pouco tempo. Mandam os preceitos que fiquem douradas por fora - e nas extremidades da peça - e rosadas, quase em sangue, ao corte interior.

Como a qualidade da carne, repito, é extraordinária, este Prato simplesmente temperado com Sal resultou muito bom. Faz falta o alho, o louro, a pimenta? Se calhar faz, mas para quem gosta mesmo de carne e do sabor dos seus sucos primordiais este é um Prato de luxo...

O Virginia Ham é uma perna (gigantesca!) de porco que vai a assar inteira, revestida com mel e cravada de crarinhos. Utilizado como entrada ou como prato principal, esta perna resulta tanto melhor quanto experiente for a arte do assador, que tem obrigatoriamente de garantir uma crosta tostada por cima e um interior bem rosado por dentro.

Para beber não resisti a um Tinto da Casa Mondavi, de 2002, recente mas já a "pesar" na carteira, muito bem feito com o inevitável Cabernet e a dar mostras de ser um vinho para guarda, pesado, de 14,5º, denso e tinto retinto, quase da cor da tinta da china.

Preço desta Refeição: 185 USD...

domingo, junho 04, 2006

Crónicas de Washington - 2

A Reunião Geral da Associação Mundial para o Desenvolvimento da Filatelia


Algumas intervenções muito interessantes realizaram-se nesta reunião.
Destaco:

a) A dos USPS, contando como para eles o Coleccionismo é já uma vertente dupla: os Filatelistas e os Outros, aqueles Clientes que compram aos Balcões, por impulso e desde que a temática dos Selos lhes agrade... O MKT dos Correios Norte Americanos, ao nível da Filatelia, separa-se já hoje nitidamente nessas duas vertentes.

Nada se inventa de novo neste Mundo, esta também é a situação actual em Portugal... Valores de Receita da Filatelia dos USPS - Filatelistas inscritos compram anualmente cerca de 14 Milhões USD. Venda Avulso nas Estações, a que chamam "retainment" , seria mais 40 Milhões USD por ano.

Comparando com Portugal, ficamos favorecidos: para um País com 250 Milhões de Consumidores potenciais as Vendas Filatélicas dos USPS deveriam ser 20 vezes superiores às nossas, e serão quanto muito apenas 5 vezes maiores!!

Tudo isto foi discutido, com Portugal (que presidia à Reunião) a enfatizar a necessidade das Emissões espelharem mais a realidade da vida de todos os dias, o tal Vector de proximidade ao Público em geral. Com o que todos concordaram.

b) A França apresentou o seu sistema de Selos personalizados e de Venda pela InterNet. Apresentação a que eu já tinha assistido, da querida Amiga Delphine Darrack. É este o futuro para o crescimento das Vendas Filatélicas no Mundo, dizem os entendidos, embora se possa questionar se este tipo de Selos ainda serão mesmo Filatelia? Pouco importa desde que os Clientes adiram...

c) A Wista voltou a mostrar o seu sistema de perfurações de Segurança.
Novidades muito brevemente para os selos portugueses em relação a esta matéria... Com a Cruz de Cristo ou com os Escudo de D. Afonso Henriques chegarão muito brevemente os primeiros selos portugueses perfurados sem ser só com círculos (o Buraco dos selos leva "banho de Boutique" e cria um estaminé na Place Vendôme...).

d) Por fim, A Nova Zelândia falou sobre a criação dos primeiros Selos lenticulares do Mundo , a três dimensões e com movimento, como os hologramas cinemáticos. Uma originalidade, muito cara por sinal, investimento na ordem dos 500,000 NZD, o qual segundo os Colegas da Nova Zelândia, não foi assim tão "Cost Efective"... Fica a acção de MKT, essa sim imparável em termos de Propaganda do proprio Correio ( e não só da Filatelia). Aliás - segundo me confidenciaram - quem pagou esta factura foi o MKT Corporativo lá da Casa e não a Filatelia...

Crónicas de Washington - 1


A Exposição Washington 2006

Bem organizada, realizada num recinto com condições impecáveis - espaço, climatização, infra-estruturas - a Washington 2006 mostrou aquilo que a América tem de melhor: profissionalismo, saber fazer, nada deixar ao acaso, planear bem e executar de acordo com o Planeado.

Os Quadros - 3500, portanto 7000 faces - estavam muito bem posicionados, facilitando à primeira vista a tarefa dos Jurados. Corte de Honra à entrada, acessível em fila indiana e com direito a sistema de segurança próprio (tinha parte da Colecção da Rainha de Inglaterra). Stands dos Comerciantes e administrações Postais no centro, rodados pelos Quadros. Na "Ilha" da InterPost - nosso Agente para os USA e Canada - lá estava o stand dos CTT Correios de Portugal.

Numa Organização que não foi só dos Correios Norte-Americanos, como eles próprios não cessaram de admitir, sublinho o investimento de cerca de 5 Milhões de USD que os USPS realizaram directamente, mesmo assim quantia cerca de 20% inferior aio Investimento que os Vizinhos espanhóis previram para a exposição de Málaga em Outubro deste mesmo ano!

Como foi possível, nos USA, fazer aparentemente mais barato?!

Não foi... Houve sim a habilidade para arranjar Sponsors alternativos. Aqui vai a lista:

Sponsors - American Philatelic Society
American Stamp Dealers Association
USPS

Corporate Sponsors - Bowe Bell Howell (Máquinas para centros de Tratamento)
Elsag
FKI Logistex
IBM
Lockheed Martin
Northrop Grumman
Siemens

Situação laboral nos CTT - Comentário

O nosso Amigo "Zé" Comenta o Post anterior:


As empresas são cada vez mais na era da informação e do conhecimento, Organizações Sociais com objectivos e missões definidos( precisam de resultados para sobreviverem de forma sustentada) e não meros centros, de se chegar ao poder,ou de poder...quer Públicas ou Privadas...num contexto cada vez mais Global,de constante mudança...é isto que se propala, se houve e sente a cada passo.

Os erros estratégicos e as incoerências acabam por ter efeitos, sem retorno.

Clarividência Estratégica,Respeito por cada um dos parceiros, Clareza nos objectivos e Processos,Assumir responsàvelmente os seus actos,Comunicação objectiva e Agendas claras e não fictícias.

CLAREZA DE OBJECTIVOS, BOM SENSO E RESPONSABILIDADE, são o que deve nortear as necessidades de consensos alargados na necessidade de desenvolvimento de projectos necessários à Sustentabilidade.

O Tempo Urge.Já se perdeu tempo demais.As Emmpresas gerem-se de dentro para fora e não na hasta pública,independentemente da mediatização constante dos factos,próprios da necessidade da Informação.

É-se por vezes muito célere a informar externamente,quando se falha retundamente na comunicação interna.Muitos meios não é sinónimo de eficácia.Às vezes só vemos aquilo que nos convém.A Miopia é um a doença grave na Gestão Empresarial.

Devem procurar-se as causas não só aonde há luz,mas também no escuro.Olhar em todos os sentidos e não sò para baixo.Ter uma visão Global.Procurar ver longe...Lembro-me dum caso duma empresa de excelência, em que um cliente ao dirigir-se ao contínuo verificou após uma reuinião com o CEO(Presidente), que a linguagem e os objectivos eram os mesmos.Estavam todos no mesmo barco e tinham consciência que todos contribuiam,embora de forma diferenciada, para o Valor Acrescentado ao cliente e Mercado.