quarta-feira, janeiro 01, 2014

2014


Começa este ano com notícias menos boas para o nosso círculo de amigos e colegas. De tal forma que quase perdi o gosto pelas piadas com que costumava encher este Post do 1º dia de cada ano.
 
Também as expectativas que se perfilam para a evolução do País não são as melhores. O que muitos perguntam é se – em termos comparativos – os mais desamparados de  Portugal ficariam melhor ou pior do que no ano passado.
 
Na minha opinião, e se contarmos nesta aritmética,  como devemos, a assistência social na doença e o nível de qualidade dos cuidados de saúde na rede pública,  ficaremos pior.
 
E já não falo da contínua e recorrente quebra de poder de compra da classe média, sempre a sofrer com os impostos e com os cortes de ordenado.
 
- “A classe média não se deve confundir com a Função Pública!” Dirão alguns.
 
O problema é que aqui em Portugal se confunde mesmo! Do ponto de vista estatístico as centenas de milhares de professores, funcionários dos ministérios, das finanças, da segurança social, médicos e enfermeiros, funcionários dos Tribunais, Juízes e membros das forças armadas e de segurança serão - com os pequenos proprietários e empregados da industria de Hotelaria – a espinha dorsal da Classe Média…
 
No horizonte da saída da Troika – e temos ainda que saber como, em que condições  - apenas pressinto que se vão querer retirar grandes dividendos políticos, sem que nada de substancial para a vida de todos os dias dos tugas se modifique.
 
Provavelmente o Sr. Dr. Irrevogável irá dividir com o país expectante mais algumas pérolas da sua alta sabedoria, perante o olhar babado e orgulhoso dos progenitores.
Daquilo que interessa, isto é a divulgação exacta a toda a gente dos pormenores do acordo que terá que ser assinado com alguém para nos deixarem a viver sozinhos, disso, é provável que ninguém fale...
 
De facto, mesmo que o “protectorado” acabe teoricamente para o Verão de 2014, vão demorar anos para que os níveis de vida retomem a incidência de 2004 - ano em que, mesmo sem provas científicas, presumo ter sido o auge do desafogo económico e financeiro das famílias portuguesas, desde sempre, desde que o 1º Afonso enfiou a coroa na cabeça.
 
Entretanto aqui estarei enquanto puder e me quiserem, opinando e anedotando  sempre que se justifique, falando de comes e de bebes, mas também da nossa politica caseira, muito dada a este tipo de alfinetadas, como sabemos.
 
Um Ano de 2014 com muita saúde e apenas com o dinheiro necessário na algibeira!


 

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