quarta-feira, março 20, 2013

A Felicidade de um Pai (ou de dois...)

Hoje é o Dia Internacional da Felicidade. Ontem foi o Dia do Pai.

Importa pois fazer uma reflexão séria (acho eu) sobre estas duas vertentes da atualidade: Ser Pai e ser Feliz!

Quando é que um Pai é Feliz? Será feliz nas mesmas circunstâncias que um Avô, uma Mãe, uma Tia, um Vizinho mais chegado, um cão que se passeia  lá em casa, um periquito na janela da Prima, etc, etc...

É-se Feliz quando estamos bem connosco e com os outros (exceto com o Gaspar & Cia) .

No meu caso a felicidade tem evoluído. Passou das coisas mais mundanas e ligadas à terra (os chamados prazeres da carne) para certos devaneios mais espirituais.

Nestes últimos incluo os prazeres  dos animais voadores, como a perdiz e a galinhola. Bacalhau seco também - dada a conhecida aparência da alimária com S. João Batista após uns meses de pregação no deserto. 

E a discussão leva-nos inevitavelmente por Santo António e seu Sermão aos Peixes, mais tarde revisitado por António Vieira. Se Santo António e o  Padre António Vieira se dirigiam aos peixes, quem sou eu para me afastar dos mesmos , espiritualmente falando?

Não amigos. Nunca o poderia fazer. Venham a mim as Pescadas do alto, as Garoupas e uma ou outra cabeça de Cherne, sem esquecer os Pregados e Salmonetes. Bruxas e percebes, o que serão eles senão filhos das brumas e da maresia? Autênticos crentes agarrados às rochas, como o Bispo Tadeu (da oposição) agarrado ao dinheirito da dízima...


Mas  voltando ao ponto como comecei esta charla (que depois se perdeu com moralidades)  hoje em dia dou muito mais importância àquilo que faço e quando o faço.

Nos meus 20 anos era "feliz" por todo o lado e quase que a toda a hora... Na cama, no soalho, na mesa do escritório, por detrás da cortina da banheira,  em cima de uns fardos de palha a tresandar a cavalo, lá na Marinha.

Agora, quase a bater nos 60, tendo cada vez mais em atenção a situação da coluna e suas vértebras (bem como a ciática), é mister ter mais cuidado e escolher bem as superfícies.

Para já não falar da aborrecida questão do intervalo  conhecido como "período refractário", o qual deve ter sido inventado por Belzebú ou melhor, pela filha da p*** da Merkl , para punir os sulistas, cipriotas e outros ilhéus à medida que vão gastando mais aos Serviços Nacionais de Saúde!

Felicidade o que  és tu hoje? 

Ter emprego!!  Uma cumplicidade pelo sofá de estimação. Um bom filme à frente dos "progressivos". Um copito de Lagavullin numa mão. Som e video de qualidade em casa. Um belo almoço entre Amigos, de quando em vez. Um colchão que nos acolha sem sobressaltos e que - vá lá, vá lá, em caso de necessidade remota - ainda tenha molas  à altura das circunstâncias. Saúde e algum Dinheiro para trocos...

E pronto. Teoricamente ser Pai e ser Feliz não custaria assim tanto. O pior é ter que o  ser neste mundo onde hoje somos obrigados a viver.

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