quinta-feira, abril 14, 2011

E se a "Ajuda" não vier?

Se a AJUDA não vier? Tá maluco ou quê?!!?   Amigos Leitores, já vi coisas mais difíceis acontecerem...

Obviamente que seria um grande pontapé na gramática comunitária e no mito da Europa Unida, mas hoje em dia quem é que liga a essas coisas? Só se forem as cinzas do Willy Brandt ou do Jean
Monet...


A Finlândia vai a votos no dia 18 deste mês. E se ganhar o Partido dos anti-europeístas é provável que não votem favoravelmente a contribuição finlandesa para a ajuda a Portugal...A seguir o q
ue pode acontecer? Manda-se tocar os bois para a frente mesmo sem a Nokia (perdão!) sem a Finlândia? Ou ...pára tudo?

Se parar tudo, aqui no burgo teremos uns tempos interessantes.

Os bancos fecham as portas ao público antes que sejam invadidos para o saque das caixas e dos cofres. O levantamento de dinheiro será muito limitado, mesmo aos seus possuidores.  A Tropa e a GNR ( desde que sejam pagos...) virão para a rua montar guarda aos Super e Hiper Mercados, bem assim como às Bombas de Gasolina e outros fornecedores de bens essenciais. Se não forem pagos...bem, a barbárie não está assim tão longe de nós. Em 5 milhões de anos de evolução a chamada "civilização" nasceu há uns meros 5000 aninhos...Uma criança...

O Povo alinhará nas filas das senhas de racionamento, do pão, do leite... Os grandes Credores - esses mesmos Bancos, a Unicre, as Companhias de crédito (da FNAC, dos créditos automóveis, etc...) - ou fecham as portas ou terão de negociar caso a caso com os seus devedores. Não será de estranhar que o Governo declare a Lei Marcial.

Impedido de pagar  as suas obrigações - quer ao nível privado quer ao nível do Estado - o País provavelmente terá de declarar falência (tal como aconteceu com a Argentina, há uns anos, em 2001).

As viagens ao estrangeiro serão limitadas, a inflacção crescerá a níveis insuportáveis, o desemprego afectará grande parte da população, mais de 30%. As grandes fortunas terão de ser nacionalizadas (o que cá ainda estiver e que deve ser pouco).

A agitação social e a criminalidade vulgar vão confundir-se. Haverá quem roube e mate para dar de comer aos filhos. Os Hospitais entrarão em colapso. Os doentes não terão medicamentos.

As únicas industrias a crescer serão as que têm a ver com a Segurança:  guarda-costas, sistemas de vigilância e coisas parecidas.

Se a Ajuda não vier, claro!

Mas há-de vir. Quem desdenharia ter aqui em baixo, mesmo no fundo da Europa, uma quinta de lazer para as férias?  Cheia de indígenas amáveis e desejosos de agradar a quem pague ? Umas Praias à maneira , com belo peixe e marisco?

Tipo Costa Rica para a malta endinheirada dos USA?


Fomos já um Protectorado britânico nos tempos miseráveis das Guerras Peninsulares, nessa altura a bandeira nacional que se içava na Madeira era a Union Jack... Sabiam?  Depois disso no estertor da Monarquia, idem, idem. Não é nada a que não estejamos habituados...

Infelizmente.

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