quarta-feira, julho 03, 2013

Volta Paulo que estás perdoado!

Hoje faria Kafka 130 anos. Que feliz coincidência! Ora leiam esta peça de ficção escrita com Kafka na memória:

Na Mansão (mansão é um modo de dizer...já foi grande e boa, agora é mais Casebre) do casal Coligação a mulher bateu com a porta e o marido ficou a olhar para as paredes.

A mulher já pouco parava em casa...Tinha um emprego muito absorvente que a obrigava a longas viagens, o que normalmente não é bom para as relações. O marido , cansado de estar sózinho, lá ia dando as habituais facadinhas no matrimónio. Hoje com o Gaspar, amanhã com a Maria Luis.

Falava-se até de uma flausina, uma tal TSU, que teria sido das últimas  gotas de água que fizeram tansbordar o copo da esposa.

Oficialmente, contudo, terão sido desavenças "irrevogáveis" que fizeram com que a dona de casa (em  mais do que um sentido) fizesse a trouxa e zarpasse. A trouxa ainda era grande, conhecido o pendor da criatura para as toilettes...

Quem ficou aflito e cheio de dores de cabeça foi o patriarca da família, o Pai Adão , quero dizer, (pôrra que ainda vem processo judicial) o Pai Silva, que ainda se encontrava a lamber as feridas, muito incomodado  por causa da negação em tribunal do insulto que lhe fora feito pelo  Tareco junior.

Os juizes ainda se riram. Não está bem. Ou estará, já que os palhaços são mesmo e naturalmente para fazer rir a malta. Até juízes.

A governação do casebre Portugal está  em risco. E o Pai Adão (ai , ai, ai,  que ainda te prejudicas...) digo, o Pai Silva,  encara agora seriamente a possibilidade de ter de pedir a opinião ao Povo (os criados, fâmulos e outros cavalariços da Mansão transformada em Casebre) antes de arranjar quem tome outra vez conta da situação.

A pairar por cima disto tudo podemos já encontrar os célebres abutres dos livros do Lucky Luke, um sorrizinho manhoso naqueles bicos peçonhentos, já a adivinharem regabofe à séria. São três...

Conclusão: Meias são boas para os pés. Se queres governar arranja maioria absoluta. Se não houver, o novo estado imperial europeu  que nomeie um Vice-Rei, Chanceler, Governador, Feitor (tínhamos cá um bom, mas bazou anteontem...), Caseiro, Porqueiro,  ou lá o que lhe quiserem chamar,  para dar conta do pouco que resta dos bens do Casebre.
Estando este minimamente limpo e pintado de fresco, aqui à beira mar, podemos finalmente cumprir o nosso desígnio histórico: ser a  Praia da Europa.

Atempada e Irrevogavelmente! (digo eu). 

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