terça-feira, julho 31, 2012

Ontem em Gaia

Ontem não passei por aqui,  às 10,30h já estava na cidade de Vila Nova de Gaia para o lançamento da emissão comemorativa que dedicámos ao Rio Douro, a bordo de um navio que partiu do cais de Gaia e fez um pequeno trajeto pelo mesmo Douro.

Esta emissão foi acompanhada pelo Delegação Regional do Turismo do Porto e Norte e sempre pelo Instituto Portuário e de Transportes Marítimos, Delegação do Norte e Douro.

Patrocinavam o lançamento - nesta época de vacas magras para os serviços públicos - a marca Porto Rosés (com um Porto de Honra) e a empresa de barcos Barcadouro que nos proporcionou o velhinho "Independência" para a sessão.

Duas notas engraçadas:
a) Tomaram muitos cocktails em Lisboa terem a abundância e a categoria daquele que nos foi apresentado pela Rosés! Fiquei cliente. É assim que se apanham "moscas"... Bravo Rosés!!

b) O Navio Independência tinha já sido palco de um lançamento de selos! Imaginem que em 1992 fazia a rota Funchal-Porto Santo e apareceu num dos  selos que dedicámos aos "Barcos da Madeira" nesse mesmo ano...

Sobre o Douro está tudo dito e por melhor gente do que eu. Reparem em meu Mestre Torga e nesta maravilha da prosa lusa que se segue:

«O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza. Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis da visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro. Um poema geológico. A beleza absoluta.»

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