segunda-feira, março 01, 2010

Ter (ou não ter) cabeça

Descansem que a "cabeça" aqui em causa é a cabeça de peixe - Garoupa, Cherne ou da mítica Pescada do Cantábrico - e da melhor forma de a apresentar à mesa  da família.

Esta "coisa" da Cabeça  de Peixe nem sempre tem por consequência  unanimismo familiar...  Para alguns será quase repugnante, para outros apenas tolerada , mas para os verdadeiros apreciadores (como eu) é um dos mais simpáticos pitéus que se podem tragar do reino de Neptuno!

Não existe forma de as preparar  de maneira  a que todos a apreciem  ( e quanto menos comerem "os outros",  melhor, para deleite dos "apaixonados"). Mas vou aqui propor-lhes uma alternativa à  rotina da "cabeça cozida com todos".

Cabeça de Garoupa (ou Cherne ou Pescada) estalada no Forno

A cabeça tem de ser aberta ao meio (escachada) e bem lavada.  Salga-se a gosto .

Depois dá-se-lhe um "apertão" numa sertã ou frigideira de bom tamanho, tendo o cuidado de a passar previamente por farinha de ambos os lados.

O Forno já deve entretanto estar aquecido a 250 graus.

Num tabuleiro de dimensão apropriada deita-se azeite do melhor, alho picado e  duas malaguetas, deixa-se aferventar.

Depois coloca-se  então a cabeça para  "estalar" nesse tabuleiro bem quente, durante uns 15 a 20 minutos, tendo o cuidado de  a virar.

Serve-se com batatas assadas no forno, em cujo tabuleiro  também  deitámos azeite , uma cebola em tiras e alho, ou então com puré de batata. Grelos ácidos, de nabo, salteados ou não,  ficam sempre bem.

Acompanhem com um Branco evoluído , por exemplo o Verdelho de José Maria da Fonseca, Madrigal de José Bento dos santos, ou o Redoma da Nieeport. Ou então com um Tinto novo, algo taninoso  e com  pouca madeira. O Vinha Paz colheita  2007  (do Dão) é um bom exemplo.

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