quarta-feira, abril 22, 2009

E agora Senhor PM?


Entrevista interessante a de ontem à noite. Contundente a Judite, roçando a deselegância - mas foi respondida na mesma moeda pelo entrevistado . Mais comedido o Alberto. Podem ficar descansados os que vaticinaram água de rosas e lava pés da TV pública para com o ilustre convidado.

No essencial apenas notei que a resolução da crise passou ao lado da conversa.

O Futuro ficou para lá de uma cortina de fumo onde não se vislumbra grande coisa. Mas depois de termos lido os semanários económicos pátrios, mais o "Economist" propriamente dito e ainda o NYT e o Washington Post da semana passada, dá para perceber que, da Crise e do seu final, ninguém sabe nada, embora todos se deitem a adivinhar...

Porque é que aqui em Portugal seria diferente?

Sobre o Freeport José Sócrates, na minha opinião, esteve bem. Defendeu-se ao ataque, de acordo com a velha técnica de Mestre Bella Gutman (que saudades...) e quis demonstrar que a "cabala" foi orientada e dirigida como um ataque político. Sobre isso não estou de acordo e explico.

Não acredito que o PM tenha roubado ou se tenha deixado subornar, dou mais credibilidade ao facto do Sr Smith - esse sim, ladrão e intriguista - ter utilizado o seu nome para tentar escamotear mais uns milhões à Freeport. Mas tal como JS só pôe aparentemente as mãos no fogo pelos seus Secretários de Estado, também a mim não me custa acreditar que alguém da "entourage" do Ministério do Ambiente se tenha deixado seduzir...

Depois? Depois houve quem se aproveitasse... Desde logo o Tio e os Sobrinhos, a quem esgrimir tão sonoro apelido dava vantagens concorrenciais , e também o "bom povo português político da oposição" que deve ter esfregado as mãos de contente e aproveitou a "borla", mas isso foi depois.
E pronto, ficamos à espera que a Justiça resolva o assunto. O melhor é esperarmos sentados...

Uma última nota para aplaudir de pés e mãos os comentários de JS ao inenarrável telejornal da TVI das Sextas Feiras, onde é miseravelmente utilizada a presença do meu mestre Vasco Pulido Valente para dar um ar credível àquela propaganda digna do mais reles tablóide ... Mas é assim...São os escândalos que vendem e as más notícias que fazem as pessoas pregar os olhos à TV.

Vasco, sei que tens muitas despesas (só em tabaco e whisky dá para imaginar...) mas sai daí! Vem-te embora e deixa a tua patroa tratar das "mércolas" lá para casa. Bem basta que um dos dois esteja comprometido...

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