segunda-feira, agosto 25, 2008

O Balanço Luso dos Jogos Olímpicos de Pequim

Duas medalhas - Prata para Vanessa e Ouro para Nelson ; 28 dos 60 pontos que - segundo o COP - "teríamos quase que a obrigação de conquistar, assim como 4 ou 5 medalhas" .

Mesmo assim , dizem as estatísticas, terão sido dos mais produtivos Jogos Olímpicos de sempre em termos de resultados para Portugal.

Outro resultado que deu pontos e destaco : 0 brilhante 4º lugar de Gustavo Lima.

Então porque é que saímos da China com pena e sensação de dever não cumprido?

"- Porque se estabeleceram metas muito altas, mas perfeitamente realizáveis" Diz o Comandante Presidente do COP. "-A fasquia estava demasiado alta e , porque não alcançámos essa fasquia, estamos agora em baixo, mas os resultados de per si foram os melhores de sempre" Sempre as palavras (mais ou menos SIC) do mesmo Senhor Vicente Moura...
Existe aqui uma incongruência... Se a fasquia estava demasiado alta como é que os resultados seriam perfeitamente alcançáveis?

A resposta poderá estar no Processo de angariação de apoios para estes Jogos de Pequim. Como não é com vinagre que se apanham moscas é natural (penso eu) que se tenham empolado artificialmente as expectativas para que mais moedas viessem ter ao Pote.

Se assim foi - não sei e não vi porque não estava lá - O Sr. Comandante Vicente Moura fará muito bem em não se recandidatar.

Porque arriscou e perdeu.

Porque elevou as expectativas dos MCS, e do próprio Povo Português, até uma altura onde não tinham capacidade para estarem.

Porque quis protagonismo de Artista sendo apenas um dirigente.

Porque a sua vaidade em frente às Câmaras falou mais alto do que a prudência exigida a quem manda.

Porque teve entradas de leão e saídas de sendeiro.

E, finalmente, porque se atreveu a desmoralizar ainda mais as tropas com anúncios de retirada antes da batalha estar cumprida.

E aqui falhou redondamente como Homem e como Gestor.
Só de uma coisa não o podemos culpar: daquilo que os atletas perdedores disseram aos Jornais, Radios e TV´s... Coisas incríveis e de cair para o lado...
Será que teremos de inventar também testes de carácter para incluir nos "mínimos" olímpicos?
No fim de contas esta gente está a representar o País e não a actuar no salão de festas lá da paróquia...

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