quinta-feira, setembro 15, 2005

Segmentação da REDE Postal de Balcões - Que critérios?

Dá-nos "pano para mangas" a abertura de mais um tópico público de discussão sujeito ao tema enunciado.


Vamos admitir que é nos Balcões Próprios dos CTT (EC's) que estamos interessados, deixando por agora de lado o caso dos Postos

A Antiga estrutura da organização das Estações era decididamente geográfica na sua génese, embora segmentada por dimensão dentro de cada Departamento ou Região: Lisboa - (por exemplo) 350 Estações das quais 18 do nível mais alto, 124 do nível a seguir, etc...
Existiam Directores Regionais e Responsáveis Locais que geriam tudo o que estava contido na sua área de influência: Grandes, Médias e Pequenas Estações.

Hoje em dia pensa-se mais numa segmentação primária ligada à dimensão (nº de trabalhadores, sua ocupação real diária, Mercado, atractividade deste, Vendas, etc, etc,..).
A segmentação geográfica seria secundária, "pendurando-se " na primeira: Tantas Estações Tipo A em Lisboa, tantas Tipo A em Santarém, e assim por diante.
Passariam a existir (teoricamente) Responsáveis Nacionais pelas Estações "A", pelas "B" etc... independentemente do local do País onde estivessem localizadas.

A vantagem do primeiro tipo de Segmentação parece ser evidente do ponto de vista Operacional: facilidade de contacto, universo à escala e controlado, possibilidade de criar relacionamento com as estruturas locais de poder (Governadores Civis, Autarquias).

Ter uma estrutura ccomo esta, construída "em cima" da divisão política e administrativa do País tem obviamente vantagens.

Falharia esta vertente em termos mais técnicos, já que as motivações e as exigências que se devem fazer às Estações de grande dimensão não podem ser as mesmas do que às pequenas ou médias.

A vantagem do 2º tipo de Segmentação parece-me ser exactamente cada Responsável poder definir uma Matriz única de avaliação e de motivação para a "sua" Rede própria, não se preocupando tanto com as diferenças de dimensão e de enquadramento (rural versus urbano; mercado de empresas versus mercado individual).

Por outro lado, perde-se um pouco o contacto com o País Real. O Gestor das "A's" pode ter de ir uma vez por ano a Bragança, mas nunca estará por dentro das preocupações e anseios da população bragantina. Se calhar também não necessita de o estar... E quantas vezes lá irá o Gestor das "C's" que possui centenas de EC's para controlar?

É evidente que, neste enquadramento, tem de existir uma subsegmentação geográfica "por baixo" da dimensão: Gestor das "B's" do Centro; gestor das "C's" do Sul, etc...

Proximidade da gestão CTT à Região ou Proximidade da gestão CTT ao mercado real?

Quem quer contribuir para esta discussão?

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