quinta-feira, setembro 22, 2005

Logística e o Grupo CTT

Com a devida vénia ao Dr. João Almeida, nosso antigo Colega hoje a trabalhar na EXEL, faço em seguida um resumo, em adaptação "livre" , de um texto bem mais complexo sobre estas questões da Logística, da autoria do João:

A externalização das tarefas que não pertencem ao “core business” representa actualmente uma tendência seguida por algumas empresas com o objectivo de aumentarem a respectiva rentabilidade. Trata-se de uma oportunidade de negócio para os CTT que, utilizando sinergias e economias de escala, podem executar a mesma operação logística que o seu Cliente a custos unitários inferiores.

A distinção desta Classe de Produtos passa pela definição da operação : se houver necessidade de Armazenagem de objectos dos Clientes em Armazéns do Operador CTT (cttExpresso) e da realização das tarefas inerentes à gestão desse stock de Clientes, assumimos que se trata de Logística Integrada. Se a operação não incluir a stockagem, mas apenas a Manipulação em Armazém do Cliente, parte-se do princípio que o processo é um Serviço de Outsourcing.

É este um negócio de sinergias e economias de escala que permite ao Operador logístico profissional fazer a mesma operação logística que o seu Cliente a custos unitários inferiores.

Sinergias –Os CTT (cttExpresso) que já têm como cliente a logística do Clube GALP (por exemplo) poderão, aproveitando sinergias, fazer a logística do Clube REPSOL com custos marginais reduzidos, uma vez que se tratam de operações com processos muito semelhantes.

Economias de escala – o mesmo operador CTT obtém economias de escala se, conseguindo um terceiro Cliente usufruir , também como exemplo, de descontos de quantidade na aquisição ou aluguer de viaturas para a distribuição ou de empilhadores para o Armazém.

Nesta área distinguem-se:

a) Operações multicliente – negócio de “pronto a vestir” onde a padronização de processos é o meio de se acrescentar valor para o Cliente e para o operador logístico. Nestes casos os recursos e os processos são partilhados por várias operações de diferentes Clientes obtendo-se, desta forma, maior eficiência.

b) Operações dedicadas – negócio de “fato à medida” onde os processos são desenhados especificamente para um determinado Cliente atendendo às suas particularidades. Tal como os processos também os recursos, nestes casos, são exclusivamente dedicados à operação em questão, não havendo partilha dos mesmos com outras operações.

Os Clientes, ao entregarem-nos a sua logística estão a confiar-nos a sua produção, ou seja, o resultado da sua actividade.
Naturalmente que só o farão se houver confiança de que o operador logístico não irá colocar em risco o seu stock, pondo assim em causa a sobrevivência da própria empresa.

A Importância da Logística para os CTT (Grupo)

Clientes de distribuição são potenciais Clientes de logística e vice versa pelo que podemos potenciar o nosso volume de negócios com os nossos actuais Clientes sem incorrer em custos de angariação acrescidos.

Ou seja, temos já, em mãos, uma carteira de potenciais Clientes considerável.

As relações já existentes com os nossos actuais Clientes são portas abertas que facilitam a apresentação de propostas e colocam-nos em considerável vantagem relativamente a outros eventuais concorrentes.

O conhecimento adquirido com a actividade de distribuição dos nossos Clientes – volume de expedições, natureza dos artigos expedidos, destinatários, pesos, sazonalidade da actividade, volume de facturação, taxa de devoluções, etc... permite aos CTT apresentar-lhes, por um lado, as propostas de logística mais atractivas e credíveis e por outro lado, não cair em situações contratuais de subavaliação de custos por ausência ou omissão de informação.

Beneficiamos assim de mais uma grande vantagem sobre eventuais concorrentes.

A existência de uma Sintonia total de processos entre a actividade logística e de distribuição também nos é muito favorável!

Ambas as actividades se desenvolvem dentro da mesma organização. Desta sintonia podem resultar ganhos de produtividade e de controlo de operacionalidade consideráveis - horas de corte, conveniente rotulagem de objectos, conveniente acondicionamento de objectos, simplificação na divisão e tratamento de objectos, controlo de transferência de mercadorias, optimização de recursos humanos e equipamento, etc...

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