sexta-feira, novembro 13, 2015

Sexta feira 13



Olha que dia... Quem goza com isto é a malta amiga de Montalegre (Distrito de Bragança):
O ano de 2015 abençoou Montalegre com três Sextas 13. A última do calendário acontece em Novembro e promete cumprir o sucesso de edições anteriores. A capital de Barroso volta a vestir-se a rigor e lança o convite a toda a população. A celebração, focada nos azares, bruxedos, contos, lendas e locais sombrios da memória, volta a fazer uma forte aposta na música e teatro.

Caso possam vão a Montalegre e não se esqueçam do belo fumeiro do Barroso!

As razões que levaram à criação desta fama do dia de sexta feira quando calha a 13 de qualquer mês são de várias origens.
Já aqui trouxe as que têm a ver com a morte do Grão-Mestre do Templo. Hoje recupero algumas de sabor mais nórdico, para quem - como eu - tem acompanhado a excelente série "Vikings", com o Ragnar Lothbrok a enfardar nos celtas dessas "Parises" anciãs.

Tomem lá então mais cultura ( que para pouco ou nada serve...): 

Tudo indica que essa crendice vem de duas lendas da mitologia nórdica. De acordo com a primeira delas, houve, no Valhalla - a morada celestial das divindades -, um banquete para 12 convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga em que morreu Balder, o favorito dos deuses. Instituiu-se, então, a superstição de que convidar 13 pessoas para jantar era desgraça na certa e esse número ficou marcado como símbolo do azar. A segunda lenda é protagonizada pela deusa do amor e da beleza, Friga, cujo nome deu origem às palavras friadagr e friday, "sexta-feira" em escandinavo e inglês. Quando as tribos nórdicas se converteram ao cristianismo, a personagem foi transformada em uma bruxa exilada no alto de uma montanha.
Para se vingar, Friga passou a reunir-se, todas as sextas-feiras, com outras 11 feiticeiras, mais o próprio Satanás, num total de 13 participantes, para rogar pragas sobre a humanidade. Da Escandinávia, a superstição espalhou-se por toda a Europa, reforçada pelo relato bíblico da Última Ceia, quando havia 13 pessoas à mesa, na véspera da crucificação de Cristo - que aconteceu numa sexta-feira. No Antigo Testamento judaico, inclusive, a sexta-feira já era um dia problemático desde os primeiros seres humanos. Eva teria oferecido a maçã a Adão numa sexta-feira e o grande dilúvio teria começado no mesmo dia da semana.

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