terça-feira, novembro 17, 2015

De regresso ao pátrio chão



Depois de alguns dias de embrutecimento sensorial por causa do que se passou em Paris  (com razão) os jornais de hoje já mostram alguma tendência para regressar à "normalidade".

E o que será a normalidade?

Já se fala do "derby" Sporting-Benfica do próximo Sábado. Já se dá algum tempo de antena ao Sr. PR, a banhos pela Madeira. E até já se comenta que o Prof. Marcelo só ganhou com os atentados (salvo seja!!) porque assim o Prof. Nóvoa não viu a ponta de um canto de página de jornal ou revista nestes 4 dias.

O Senhor próximo-ex Primeiro Ministro e a Senhora próxima-ex Ministra das Finanças esfregam as mãos de contentes. Tiveram mais algum tempo de descanso. E foram "trabalhando" de dia e de noite. A TAP, por exemplo, foi privatizada durante a noite (espero que não seja presságio de escuridão futura)...

O Senhor talvez-próximo Primeiro Ministro, António Costa, deu sinal de vida ontem, com uma entrevista à RTP onde disse:
"Um executivo de gestão tem capacidades muito limitadas, nem sequer um Orçamento do Estado pode apresentar, e não há nenhuma razão para arrastar o país para uma situação indefinida quando há um governo viável que pode entrar rapidamente em funções e com suporte parlamentar maioritário."

 Aguardamos todos a decisão sobre o tal "governo de gestão" ou " nomeação do Dr. António Costa como 1º Ministro" .  Será para quando? 

O Sr. PR não tem pressa. Da Madeira regressará hoje ao rectângulo para mais auscultações de opiniões. Tem "auscultado" mais ele sozinho do que os estudantes de medicina de todos os cursos que existem por cá...

Mas uma coisa é certa: depois do que se passou em Paris na Sexta feira passada, esta decisão presidencial parece de repente menos importante e menos fracturante do que há uma semana atrás. 

Pelo menos hoje. Amanhã ou depois pode ser que volte tudo a ser como era...Ou não.

Nada como uma desgraça séria para nos dar perspectiva.

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