Desta forma não se pode dizer que estivesse fora de época António José Seguro, quando marcou o Congresso para o fds passado. Igualmente esteve como se esperava no que tocou às suas intervenções, a primeira mais "assertiva", a de encerramento mais "acomodativa".
Ambas, contudo, antecipando eleições . Nem tanto as autárquicas, que despontam já, mas sobretudo as legislativas que esperam - tudo o indica agora - pelos idos de 2015.
E o grande problema pode ser esse (como muito bem fez notar um dos comentadores de serviço ao Congresso): como se aguenta durante 2 anos e meio um "pico" de ansiedade e vontade de "ir à luta"?
Se as legislativas fossem agora, em vez das autárquicas, outro galo cantaria. Mas quem consegue aguentar um élan destes durante mais de 800 dias? E quem ouve não se cansará da mensagem?
Notemos, en passant, que até o exemplo recentíssimo da Islândia veio dar força ao velho axioma que apregoa a alternância democrática entre os países do arco do poder em alturas de crise.
Por isso muito provavelmente o PS ganhará as próximas legislativas.
A diferença estará em ganhar com 58% ou 60% dos votos, ou ganhar com 35% ou 37%...
E aí, caros leitores, o tempo está contra o TóZé e esta liderança socialista. A não ser - e é talvez a única hipótese de maioria absoluta para o PS - que a situação do país vá de mal a pior. Mas isso ninguém em seu perfeito juízo vai desejar.
Nem que fosse para dar uma "abada" a estes neo-liberais de pacotilha...
Acho eu.
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