quinta-feira, outubro 11, 2012

Médicos e Doutores

Ontem eu e o senhorio tínhamos a revisão habitual. Dos 100 000 km para mim e dos 50 000 km para ele.

Tínhamos de ir ver o estado em que se encontravam os velhos amigos (meus, porque dele são ainda novos) Zé Castrol, Tia Betes, Joca da Pensão (arterial) e por aí fora.

Enquanto esperávamos pelo "mecânico encartado" houve que comer qualquer coisinha. Tenho uma mania que consiste em nunca comer antes destas revisões, não vá o médico (apesar de nosso amigo)  ainda mais me chatear por causa do peso se se deparar com o barril atestado na altura da apalpação. Para além disso levo-lhe sempre 2 garrafitas de bom tinto, para mais amenizar a conversa à roda desse assunto meio tabu.

Mas ontem o "senhorio" parecia que estava esganado e não abdicou de se sentar à mesa.

Ali bem perto do consultório do Amigo e Doutor Cantiga encontrámos um paradouro numa meia cave:

Restaurante Ninho do Ouriço
Av. Defensores de Chaves 69, D

Pratos a cinco euros e meio. Vinho havia o da casa, em jarros. Pãozinho bom  na mesa. Azeitonas temperadas, um prato de cozido e outro de carapaus com molho à espanhola, uma meia de branco (era de Sobral do Monte Agraço e muito razoável). Um queijito para sobremesa. 2 cafés. Tudo isto por ...15 euros.

Serviu para desenjoar das outras vezes em que só o couvert custa isso. Por pessoa...

E notas do que se comeu? Bem, as doses eram pequenas (não há milagres) mas a qualidade era muito boa. Cozido bem feito e nada a extravasar de carnes gordas, um belo carapau "negrão" fresco a ocupar um prato inteiro, vinho, como já disse, muito aceitável pelo preço.

Depois no médico é que foram elas... ainda por cima o estupor do homem tem corpo e alma de maratonista... E - nouance fatal -  como me tinha esquecido do vinho levei-lhe o nosso último livro sobre o Rio Douro. Bela prenda, mas...não era a mesma coisa...

Em conclusão: ouvi das boas.  Se fosse na Inspeção Periódica Obrigatória dos automóveis tinha chumbado e mandado lá ir outra vez depois de arranjar algumas das maleitas.

E já tenho outra "revisão" marcada para Dezembro. O gajo ainda me disse:

-" É para preparar bem o Natal! He, He, He..."

Tenho de escrever no Black Berry uma nota para mim próprio para não me esquecer do vinho, senão estou bem tramado... Nem as filhoses me servem de proveito...

Mas porque razão não arranjei eu um médico gordo e anafado, que fumava e bebia whisky mais que um jornalista da Bola em noite de Quarta Feira europeia, como era o do meu Pai, e que nunca o chateou enquanto viveu?

Resposta: Esse médico já faleceu... E relativamente novo Caraças!

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