quinta-feira, março 16, 2006

Angústias Existênciais - Blogo, logo existo?

Gosto de saber que sou (somos) lidos , nem que seja - parafraseando Voltaire - para dizerem mal.

Também já sabem que não é isso que me motiva, caso contrário arranjaria algum espaço em MCS de província onde estas colaborações do tipo "Gastrovinícola" são sempre bem vindas.

Lê quem quer, aproveita quem pode e sabe (ou quem tem cultura para o fazer) comenta quem acha que deve comentar.

E - repito - Viva a Democracia que nos permite exprimir desta maneira simples.

Que a Gastronomia e que a Enologia entorpeçam a mente ou o espírito e entopam a barriga é problema dos que assim se sentem afectados...

Acredito, de facto, que existam pessoas que se sintam trôpegas ao ouvir falar de Restaurantes e de Vinhos, mas talvez porque sofrem de Nystagmus congénito ou de fome anoréxica (com respeito pelos que têm estas aflições).

"Nove Galinhas e meia prometeu o Senhor de Cascais,
e a meia vinha cheia, mas de fome para outras mais..."

Camões (nem o épico escapa a falar de comida...) queixa-se das galinhas recheadas que o sovina Titular de Cascais lhe prometeu, mas é que eu não prometi nada a ninguém quando começei este Blog!!

A não ser - para mim próprio - escrever sobre aquilo que me dá gosto.

E não tenho obrigações de endireitar o Mundo.

E.T: Caro Amigo Acc. Campos, as viagens que faço ao serviço da World Association for the Development of Philately (de que sou Presidente) são integralmente pagas pela UPU.

Um comentário:

Anônimo disse...

O post anónimo não era só para dizer mal. Era também para dizer bem. Era para dizer que estamos cá deste lado. Que vamos lendo as vossas coisas. Que também gostamos de viagens. De gastronomia. De bons vinhos. Que somos pançudos e estamos por aqui regalados neste sofá, sim senhores, numa atitude mais passiva do que activa, em todo o caso condenável. Mas porque temos expectativas em relação ao que nos vêm aqui contar, queremos mais variedade de temas. Não queremos profundidade, queremos criatividade. E isto não é dizer que não a têm. É o contrário. Queremos vir aqui ler tudo. Mesmo que escrever vos tome tempo, mesmo que nem sempre apeteça vir, mesmo quando não estão para nos aturar.

O nosso papel é exigir. E provocar. O vosso papel é não ligar. E provocar também.

Enfim, anónimo me despeço, acrescentando que este 'nós' é um anónimo apenas, que só por si fala, sem conseguir esconder a insolente multiplicidade de egos que carrega às costas. Os senhores não se incomodem. Façam o vosso jogo.