quarta-feira, julho 06, 2005

Resposta ao "Comentário VPC e CTT"

a) Uma das primeiras coisas que me veio à cabeça para contradizer ( no bom sentido) a afirmação de que “4 ou 5 Milhões de Encomendas por ano não justificariam um novo Conceito de produto para a Distribuição domiciliária” foi a de que se os CTT não resolverem este assunto podemos ter a certeza de que alguém o vai resolver por nós e , ao mesmo tempo, “meter no bolso” estes Clientes...

b) Bem, de facto não seriam sequer 4 ou 5 milhões de objectos que estariam em causa numa perspectiva “ceteri paribus” (se nada mais fizermos) mas sim apenas 0,5 Milhões, que é o número das Encomendas (cerca de 11%) que actualmente são enviadas ao domicílio... Até me atrevo a dizer que corremos o risco de serem cada vez menos, se nada mais fizermos...!

c) Ainda me recordo – porque foi na minha presença - quando o Administrador Delegado de uma das mais importantes Empresas de Catálogos a operar em Portugal nos disse, antes de enveredar pela hipótese dos Pontos de Encontro e da “Adicional” para o domicílio: “ Querem os CTT resolver esta questão das Encomendas de uma forma que nos satisfaça? A minha Empresa não deseja procurar outras alternativas...”

A nossa resposta, na altura, foi pouco mais do que ambígua devido ao facto de aguardarmos a implementação do sistema de T&T para as Encomendas , e o resultado está à frente de todos nós...
O Mercado, por norma, tem horror ao vazio e se nós (CTT ou ctt Expresso) não encontrarmos forma de resolver os problemas do Cliente, este não vai demorar muito a encontrar alternativas.

d) Por outro lado, parece-me demasiado redutor estarmos a imaginar que este Mercado dos Objectos Médios e Grossos com domicílio não será impactado pela dinamização do E-Commerce. É aqui que vai residir a grande oportunidade de Negócio para a próxima década, e é bom que estejamos previamente preparados para a “agarrar”...

e) Quanto à Rentabilidade, nem sempre uma operação de domiciliação é - do ponto de vista da rentabilidade - uma função simples do Volume global anual de Objectos. Sê-lo-á, sem dúvida, do Volume de Objectos por Destino e por Unidade de Tempo (entendendo-se por destino um "bairro" ou um "eixo de via" nas grandes cidades; ou uma localidade nas pequenas aglomerações populacionais).

Admitindo-se que o Transporte na Rede Primária seria feito pela Rede já existente, do ponto de vista do contacto com o Cliente é esta uma Operação "talhada" à medida do "outsourcing" de Distribuição, como os nossos concorrentes bem sabem. E se resulta para eles porque não há-de resultar no nosso caso?

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