segunda-feira, outubro 14, 2013

A Guerra dos Clones?


Está tudo parado à espera do Orçamento de Estado para 2014. As “coisas” vão-se sabendo às pinguinhas, cada uma mais venenosa do que as outras. Hoje no Público circulava que mais uma vez a TAP e a CGD serão excepções à “austeridade generalizada no Sector Público” sob a forma de corte nos vencimentos e\ou nos subsídios de Natal e Férias, tal como em anos anteriores.

O que está em causa para muitos milhares de trabalhadores e aposentados do SEE são 2 coisas:
 - Cortes directos de 10% nos vencimentos. Está ainda para se saber se estes cortes somam aos do Engº José Sócrates ou se substituem esses. Se somarem, grande parte dos visados deve deixar de comer todos os dias.  De todas as formas e mesmo que haja substituição apenas, as novas condições serão mais gravosas para quem recebe.
 - Cortes nas Pensões por via da chamada “convergência dos sistemas da CGA e da Segurança Social”. E acumulando com a Contribuição Extraordinária de Solidariedade! Esta situação carece também de esclarecimento quanto à forma. Será uma convergência que se vai impor durante um período de tempo, mais lentamente? Ou será já à bruta?

Os “outros” trabalhadores e aposentados da "Privada" levam também com o corte nas Pensões de Sobrevivência (acima do acumulado de 2000 euros). Para todos a idade da Reforma aumenta para 66 anos.

Leiam aqui, retirado do site do Diário Económico, algumas das razões para este novo ( e não será o último!) “Ataque dos Clones” ao bolso do transeunte:
O Governo comprometeu-se com a ‘troika' a baixar o défice para os 4% no próximo ano, partindo de um défice de 5,7% este ano. Este é o desequilíbrio das contas públicas em 2013, que só será possível conter nos 5,5% graças às receitas extraordinárias que o Executivo espera obter com o plano de regularização de dívidas fiscais.
Para chegar à meta desejada, o Governo tem de cortar 3,5 mil milhões de euros na despesa se quiser cumprir o prometido por Passos Coelho, em Maio, numa carta enviada aos credores internacionais. Esta redução dos gastos tem de ser estrutural, eliminados os cortes transitórios feitos até agora e recuperando o equilíbrio entre receita e despesa que foi penalizado em 2013 quando o Governo avançou com o enorme aumento de impostos.
Para ultrapassar esta dificuldade, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, não poderá contar com a ajuda da economia. É que apesar de o próprio Executivo esperar que o país deixe de estar em recessão, a economia vai continuar a perder postos de trabalho. As projecções oficiais apontam para uma destruição de 22 mil empregos apesar de a economia crescer 0,8%. Este factor penaliza duplamente as contas do Estado. É que enquanto a economia estiver a perder emprego, os cofres do Estado recebem menos contribuições sociais e pagam mais subsídios de desemprego.

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