quinta-feira, outubro 31, 2013

Noite de Bruxas e Bruxos Irrevogáveis


Ontem tive de cuidar da minha santa cá de baixo, motivo pelo qual não apareci aqui. Médicos de tarde e cemitério de manhã  - aproxima-se o Dia de Todos os Santos e há que ter as campas em condições, neste ano em que pela primeira vez o feriado do 1 de Novembro nos foi retirado.

Nestas vésperas do Halloween tivemos por ornamento à hora do Jantar a tão esperada, quase sebastiânica na demora e ansiedade, Reforma do Estado.

Foi mais ou menos o que se esperava: por um lado, um chorrilho de lugares comuns com que todos concordam. Ideias gerais, geralíssimas que já vêm do tempo do Sr. Prof. Cavaco como 1º Ministro.

E no que toca a ditames mais conclusivos, tivemos direito à Cartilha do Neo-Liberalismo no pleno: privatização da Segurança Social, da Educação e da Saúde (ainda mais). Flexibilização do trabalho e outras coisas que tais, muitos eufemismos que deixarei à UGT e à CGTP o cuidado da respectiva tradução.

Como dizia hoje de manhã o António Peres Metelo na TSF, o que se ouviu e viu foi a apresentação de uma espécie de proposta de OE para 2015, quando a mesma proposta devia ter sido apresentada  para discussão, em 2011…

Ah, e já me esquecia… Com a sombra da Revisão Constitucional e da inclusão da “regra de ouro” dos limites do déficit no texto revisto, entre outras coisas.

Não é que nesta Reforma proposta esteja tudo mal. Trata-se de um conjunto de afirmações ideologicamente orientadas (como seria de esperar),  aqui e ali envolvidas em grossas Lapalissadas na sua vulgaridade, em termos de senso comum. O mal não é esse. O mal estará em que quem as escreveu já sabia que  ao imbui-las da ideologia de centro-direita estaria a retirar a hipótese do PS as discutir seriamente.

Então para quê o trabalho?




 

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