quarta-feira, dezembro 17, 2008

Um Soneto de Outono

Uma incursão do vosso Blogger pelos atalhos da poesia onde por vezes se perde...


Tem o fim deste Outono tão pouco encanto
Ao vê-lo assim de neve , chuva e espanto
Sem bem que se colha do céu cinzento,
Que muito bem passaria por Inverno de pranto

E porém numa destas tardes frias de Dezembro
Um cheiro de Agosto certos lábios acharam
Debaixo do teu pulso fino e pequeno

Para onde outros lábios os mandaram

E sem que se pudesse prever tal
O inebriante rumor do teu sangue

Tornou-se mar, e ondas e sal

Enganando assim os olhos fechados
De quem nem sabia que Amor colhia
Ao beijar-te docemente, nesse final de dia.



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