Por Favor liguem este Texto com o Alerta do Acc. Campos sobre o E-Commerce visto como oportunidade para os CTT...
Já falámos sobre como o paradigma da distribuição postal terá tendência para se afastar das mensagens – onde a concorrência tecnológica é cada vez mais activa - para se concentrar nos objectos médios e grossos que – por enquanto – não podem ser obra de “desmaterialização” à moda do Star Trek (“beam me up Scott”). Quem quer o Presunto “pata negra” ou o conjunto de DVD’s em casa, terá de depender da distribuição física, em mão, desses objectos.
Como é que tal ocorrência irá modificar o panorama da Venda por Correspondência e do MKT Directo? De que forma essas modificações nos hábitos de consumo, tendo por base impacto publicitário via InterNet ou SMS irão influenciar a actividade dos CTT?
O MKT Directo era visto nos CTT como uma actividade geradora de margens consideráveis, uma vez que consistia numa função complexa, integradora de funcionalidades postais que começavam pela Publicidade\DM (ou até antes disso, pelo desenho da operação e pelo GeoMKT) , continuavam com os RSF’s, passavam pelo envio da mercadoria ao Cliente Final\Secundário, e encerravam com a recolha dos dinheiros da venda através da Cobrança Postal.
Nessa medida deveríamos até ter activado o “Princípio da Subsidariedade” para com certos Clientes: se a sua inter-relação com os CTT fosse de tal ordem que ganhássemos na actividade global, poderíamos negociar um Preço de Grupo, mais favorável para com o Cliente e que tivesse o inestimável objectivo de o Fidelizar!
Defendi várias vezes esta solução, com a ideia do “Prime Contractor” para o conjunto da actividade do Cliente face aos CTT Grupo (incluindo todas as participadas) , e como sabem, não pude convencer a Gestão do acerto das minhas opiniões...
Fazemos notar que, já hoje em dia, grandes Clientes (Primários) dos CTT escapam a esta cadeia integradora pela adopção de alternativas de contacto com os seus Clientes (Secundários) utilizando uma rede de Pontos de Contacto para entregas da mercadoria, utilizando concorrentes nossos para o Domicílio, usando e abusando dos recebimentos por Cartão de Crédito, Multibanco ou através de cheques múltiplos, em diferido. Na prática continuam a utilizar os CTT principalmente em duas vertentes:
a) A Publicidade (envio dos Catálogos) – que, como vimos poderá estar mais ameaçada num futuro de médio\longo prazo.
b) A entrega de algumas Encomendas ao Balcão e ao Domicílio, quando tal se revelar mais eficaz.
Mesmo que estudos independentes sobre esta matéria comprovem que a InterNet (e muito menos os SMS) não são actualmente opção para envio\consulta de material publicitário de “grande fôlego” como são os Catálogos, podemos admitir que a evolução tecnológica das NTI ao nível de capacidade de armazenamento de dados – onde a norma para os PC’s em casa é já de 200GB para o disco rígido – e de rapidez na transmissão da informação – a caminhar para os 16MB para certos “InterNet providers”, poderá configurar uma situação onde o manuseamento de informação de grande porte será eficaz dentro de alguns anos.
Desta forma teríamos, a um nível temporal horizonte a que atribuímos uma probabilidade alta de ocorrência:
a) Funcionalidades onde já somos actualmente a escolha “menos boa” dos Clientes de VPC (SFPostais\Cobranças e Entrega Domiciliária) – teriam tendência a extinguir-se.
b) Funcionalidades onde actualmente somos mais ou menos “bons” (Distribuição de DM, entrega ao Balcão) – teriam que entrar em linha de conta com a concorrência . Os preços seriam obrigados a baixar e as Margens iriam “por aí abaixo”...
(Continua dentro de alguns dias...)
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