A mania do Peixe ESCALADO apareceu neste pobre País há já alguns anos, para gáudio e satisfação de muitos restauradores que assim ganhavam duas coisas: tempo a menos na confecção, menor necessidade de conhecimento à frente do assador.... Para já não falar que um peixe ressequido pela abertura ao meio e contacto com as brasas durante algum tempo a mais disfarça magnificamente a "frescura"...
Robalo legítimo, Dourada do Mar, Linguado ou Pregado verdadeiros, todos estes peixes nobres devem ser confeccionados inteiros sobre as brasas, para que os maravilhosos sucos internos nos deliciem com os seus aromas e para que a carne propriamente dita fique macia, rescendente a mar e sobretudo não fique seca!! O bom Peixe fresco quer-se Sápido, de carnes firmes da natação em águas frias.
A dimensão do peixe também é aqui de primordial importância, motivo pelo qual a partir de 1,5 kg ou de 2 kg sempre se aconselha a meter estas espécies magníficas num forno.
ESCALAR , em termos gastronómicos, sempre foi no antigamente sinónimo de conservação. Abria-se o peixe ao meio , salgava-se e secava-se. E daí resultava o Dom Bacalhau, o Pixelim, o Atum e etc... No Algarve sempre se conservaram assim escalados os peixes mais pequenos - carapaus na sua forma "alimada", Boqueirões e quejandos.
Quando alguém , num restaurante lá para os locais turísticos, vos aconselhar um peixe destes mais nobres escalado, sff mandem-no ( a ele ou a ela) escalar mas é um Roberto! (Chiça que me fugiu a boca... Queria dizer "um Frango!")
Um comentário:
Caro Amigo
Apenas um comentário a essa peça que tambem tive oportunidade de ver.
Apesar de algumas barbaridades como a espetada e o peixe escalado a raia não foi apresentada como de caldeirada mas sim num sequinho onde, como deve ser, apenas se apresenta uma variedade de peixe e que deve ser confecionado da mesma forma que a caldeirada.
A caldeirada tambem foi apresentada mas com uma variedade adequada à mesma.
Fica a rectificação.
Postar um comentário