segunda-feira, dezembro 18, 2006

Natal é Reunião de Amigos



Uma das caracterísiticas que mais me afeiçoam ao Natal é a possibilidade de Amigos antigos ou modernos aproveitarem a oportunidade para se encontrarem mais vezes, em casa uns dos outros , ou num simples Restaurante, trocando votos de Boas Festas, mas sobretudo reforçando a Amizade ao mesmo tempo que cuidam dos estômagos.

Por estes dias tivemos ensejo de Jantar em casa de dois bons Amigos, o Luis Corte-Real , e também António Mendonça. Como os convivas quase que se repetiram foi interessante dar a este Post uma visão única deste sempre amável reencontro e , obviamente, do que se comeu e bebeu.

Dona Anita e Mestre Corte-Real tinham em sua Casa duas boas surpresas: Míscaros frescos, acabados de colher nas suas propriedades da Beira Alta, e Cabrito Montês da mesma proveniência.

A preparação dos Míscaros estava soberba, simplesmente refogados em azeite e alho (dizem os antigos que o alho é obrigatório nos pratos de cogumelos, pois "despista" os que são venenosos tornando-se preto durante o aquecimento). O Cabrito (mesmo mesmo Cabrito como diria o anúncio) foi assado lentamente no forno e acompanhado - como é costume em terras de Viriato - com arroz dos miúdos do mesmo e com batata nova assada no forno. Magnífico!

Queijo da Serra (da Estrela, o que é que estavam a pensar em casa de um montanhês?) encerrou em glória esta refeição.

Bebemos ( o responsável pela Adega é normalmente aqui o vosso Amigo) Quinta do Côtto Grande Escolha de 2000. Grande Vinho Tinto do Douro que - com os seus simples 12,5º - deu uma lição de elegância e de boas maneiras a alguns tintos que aí estão na moda.

Alguns dias mais tarde chegou a convocatória para casa de Mestre Mendonça: Os coelhos bravos estufados em Armagnac estavam a pedir meças e boa companhia.

Entrada de Ovas salteadas em azeite e melagueta (vinho branco para refescar quase no fim do salteio) e Coelhos esplendorosos , com um molho apuradíssimo em que entraram natas e Armagnac, acompanhados de arroz arábe, solto e perfumado pelos pinhões e sultanas.

Para sobremesa um Pastel de Nata gigante da autoria de uma boa Amiga do Alvito.

Esporão Tinto Reserva de 2003 foi o acompanhamento e, como fui criticado de levar "sempre muitas garrafas" desta vez aviaram só uma ... mas era de 3 Litros!! E bebeu-se toda!

Quem ficou com a garrafa (melhor dito, o garrafão) foi o Amigo Cardoso - proprietário da Casa do Victor em Alcabideche - restaurante do qual falarei dentro em pouco, pois é uma das casas mais honestas em termos de qualidade-preço que tive ocasião de fequentar.

Em ambos os jantares falou-se de caça e da possibilidade desta actividade dar origem a algum dos livros dos CTT. A estudar proximamente...

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