terça-feira, outubro 17, 2006

Comer em Málaga



Málaga situa-se na Andaluzia e embora perto do mar são sobretudo as propostas carnais mais frequentes e de maior qualidade no centro da Cidade.

Na "Malagueta" zona ribeirinha que é um pouco a "Cascais de Málaga" encontram-se muitas Marisquerias e Casas especializadas em Pescado, mas com uma filosofia interessante de serviço (e talvez já conhecida para os frequentadores de Puerto de Santa Maria ou de Puerto Banuz) que é a dos Mariscos se comprarem ao balcão, em cartuchos de papel, e depois serem as bebidas servidas à mesa. As cascas dos Mariscos deitam-se para debaixo das mesas, onde normalmente há um balde plástico para esse efeito.

Esta maneira simpática e informal (mas não menos cara...) de comer marisco e peixe frito é um pouco incompatível com a atmosfera um pouco mais formal de uma Reunião de Agentes da Filatelia, pelo que houve que procurar alternativas.

No âmbito do Meeting dos Agentes Internacionais da Filatelia Portuguesa tivemos então um Jantar mais formal no :

Restaurante STRACHAN
Calle Strachan, 5
Málaga
Tel - (+) 952 22 75 73


Sala interior reservada para nós (éramos 11) com decoração tipicamente andaluza , com fonte à vista e azulejos por todos os lados, muito boa amesendação e gabarito geral elevado.

Entradas da Casa Strachan - molejas, beringelas, polvo, ovas, revuelto de espargos trigueros, Pata Negra de Córdova; chipirones, quejo de cabra com naranja amarga, arenques alimados, arroz de setas, rabo de toro, etc, etc... Um autêntico festival onde houve a necessidade de mandar parar o serviço, com medo de já não existir apetite para o Prato principal.

As Carnes - Sendo o proprietário do Stachan também ele dono de um dos maiores talhos de Málaga é óbvio que em sua casa a carne é da maior confiança e qualidade. De facto as propostas de carne bovina que se provaram, desde o Lombo até ao Entrecôte, passando pela Costela de Boy estiveram em alta cotação. Tão alta que até os Ingleses e os Alemães, habituados a carne de ezxcelência, exaltaram a qualidade do que era servido. Imaginem o indígena português habituado a vaca velha e nervosa, as mais das vezes requentada e servida com o famigerado molho 365 (dias)...

Postres - As sobremesas foram apenas assim-assim (o ponto fraco deste Restaurante) embora pudessem ter sido amplamente substituídas pelas famosas Naranjas de Málaga, que têm fama de ser as melhores do mundo.

Beberam-se três garrafas de Tinto Pesquera Ribera del Duero Creanza 2003 - excelente Tinto do Douro espanhol a preços ainda decentes - e mais três de Cava Catalana de marca privada (muito bom espumante); ainda mais Cafés para todos.

Pagou-se uma média de 55€ por cabeça, o que - face à qualidade do que se comeu e bebeu - considero uma autêntica lição de Hotelaria e de Restauração para muitos restaurantes portugueses onde tenho ido!

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