segunda-feira, novembro 07, 2005

Um Funil de Boas Coisas

Rua Elias Garcia, deixando a Praça de Touros do Campo Pequeno nas costas e EntreCampos à nossa direita, passados cerca de 50 metros encontramos o Restaurante Funil. Não há que enganar: tem o nome garrafalmente escrito bem à Porta.

Fundado por antigos Trabalhadores do Polícia, há já mais de 30 anos, este Restaurante Funil é uma excelente alternativa para quem gosta de comida feita na altura e com certos laivos de "cozinha da Avó"...

Os seus antigos sócios fundadores eram o Cozinheiro - cujo filho é actualmente Gerente - e o Chefe de Sala, estimadíssimo Sr. Caetano, hoje retirado destas vidas para as suas propriedades da Beira Alta.

Tem pratos emblemáticos, como o Bacalhau à Funil, no forno com puré de batata e béchamel, ou as Ameijoas à Funil, com fina cebola picada e natas, mas - de uma forma geral - todos os pratos de cozinha tradicional se recomendam, assim como os peixes cozidos ou grelhados que enriqueçem o escaparate do dia.

É este um dos locais que mais frequento no dia-a-dia, e conforta encontrar - tanto ao almoço como ao jantar - uma série de caras conhecidas e que são Clientes há anos sem conta.

A Fidelidade costuma ser um bom indicador da qualidade!

Uma refeição normal, sem convidados a puxar ao vinho mais caro ou ao mimo das entradas mais pesadas na carteira, pode começar com umas favas novas temperadas com azeite , alho e vinagre e com um queijo de Azeitão pequeno (0,80 € e 4,70€ respectivamente).

A seguir podemos comer uma carne de porco frita à Portuguesa (10,55€) acompanhada por meia garrafa de Maria Mansa Tinto do Douro (8,05€) ou por meia garrafa de Dão Quinta de Cabriz Tinto (4,05€).

Por norma, com café mas sem digestivo, ficará aqui uma refeição para uma pessoa por cerca de 20€.

Também se pode gastar mais!

É uma questão de pedir as Ameijoas e os belos Peixes Frescos da nossa costa, ou entrar decididamente por vinhos como o Esporão Tinto Reserva de 2000 (cerca de 20€) e não esquecer digestivos com muitos anos de barril...

Na época também tem Lampreia, mas a preparação à moda do Dão não me convenceu totalmente. Prefiro a que é feita com vinhos verdes tintos , à maneira de Monção.

Tem - sempre teve - um azeite notável, para os peixes cozidos - em tempos sem marca (oriundo dos Olivais dos proprietários) hoje sem dúvida que com outras alternativas comerciais.

Vale a pena: É honesto , não abusa dos preços e dá uma qualidade muito razoável aos comensais.

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