sexta-feira, julho 28, 2006

Um Dia Na Régua


Ontem fui a Peso da Régua falar com os responsáveis pela Casa do Douro e com a Comissão Executiva das Comemorações dos 250 Anos da Região Demarcada, tendo por objectivo preparar o lançamento do nosso Livro " O Vinho em Portugal - Saberes de Ontem e de Hoje" de João Paulo Martins, bem assim como a saída do Bloco filatélico dedicado ao mesmo acontecimento, do designer Eduardo Aires.

Óptima oportunidade para experimentar um Restaurante que ainda desconhecia:

"A Varanda da Régua" situado no Lugar da Boavista, Loureiro, Peso da Régua - Tel - 254 336 949.


Vamos então dar notícia do que se experimentou:

Em primeiro lugar uma panorâmica impressionante sobre o Vale do Douro, com a Régua bem lá em baixo. Uma das vistas mais carismáticas e tentadoras que se podem usufruir, apenas ligeiramente tocada por algum "cimento" de péssimo tom construído mesmo ali à beira Douro.

Um Restaurante nitidamente vocacionado para os Fins de Semana, com várias salas espalhadas por três andares, todas com largas janelas rasgadas sobre o Rio.

A última sala, no topo da Casa, está reservada para Eventos, com mesas e cadeiras ataviadas com panos brancos e rosa, ao gosto dos casamentos destes tempos (enfim...).

Em Restaurante tão grande a sensação de espaço torna-se confrangedora num almoço de Quinta Feira onde a nossa Mesa era a única com Clientes!

Culpa dos tempos de crise que por aí se perfilam, também alguma mão relativamente pesada na elaboração dos preços do cardápio (para Homens do Norte, habituados a comer bem e barato nos seus feudos tradicionais, porque aqui para nós do Sul os preços são aceitáveis).

Entradas de belos enchidos locais, torrados na frigideira, Presunto de Lamego (aceitável, mas longe dos espanhóis de referência), bolinhos de bacalhau e rissóis de camarão em versão mini, bem fritos e bem condimentados.

Pratos do Dia

- O Cabritinho assado no Forno, inexcedível de sapidez e bonomia. Chibo infante competentemente assado e acolitado por batatas novas de forno e arroz também de forno.

- Arroz de Troncha com enchidos regionais ou entrecosto, à escolha. Este arroz é feito com Couve Troncha, apresentado "a correr" no prato e tão bem temperado que quase parecia uma canja de galinha caseira. No molho abundante nadavam troços de morcela e de linguiça, à parte servia-se o entrecosto.

Bebeu-se um branco 2004 da Quinta da Gaivosa, excelente, bem assim como um Tinto estreme de Tinta Barroca de Calços do Tanha, de 1999, que com 14,5º aguentou soberanamente o Cabrito e o Arroz de Troncha.

6 pessoas a comer e a beber (2 garrafas de cada) mais as competentes águas, cafés, queijo (fraquito, o pior da refeição por estar frigorificado demais) e Melão para sobremesa.

Preço - 145€ , caro para os Durienses, Aceitável para os Lisboetas (digo eu).

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