quarta-feira, junho 25, 2014

Ir de Férias sem pecar

Com o tempo "maravilhoso" que faz aqui em Portugal e no resto da Europa é normal que os cidadãos nem se preocupem muito a pensar nas suas férias.

Mas  não há mal que sempre dure, e é de esperar que o Verão finalmente se anuncie da forma habitual, com Sol e com calor.

Desta forma as férias, essa inexorável obrigação anual, terão de ser cumpridas, apesar de não serem compridas...

Questões importantes parecem ser: Para onde iremos, o que devemos valorizar na escolha do local, se levamos ou não as pendurezas mais problemáticas (mães e sogras...) etc, etc...

Para o comum lusitano que está a receber o subsídio de Natal às pinguinhas e o subsídio de férias com vários descontos (a época de saldos de salários e vencimentos ainda não acabou) as hipóteses de saída não são muito animadoras, nem variadas.

Salvam-se os que têm parentes na província. A única forma de um casal de funcionários públicos ir ao Algarve em Agosto será porque os pais de algum moram e trabalham em Aljezur (ou local parecido).

Hotéis e pensões estão postos de lado pela falta de "pilim", os parques de campismo ficam reservados de um ano para o outro, e mesmo a situação mais económica que passava pelo aluguer de um quarto com serventia de casa de banho nalguma casa particular, parece que está a cair nas malhas da fiscalidade.

Já estou a ver criar-se no âmbito da Autoridade Tributária uma nova Brigada. Nome de Código: A Brigada dos Percevejos.

Debaixo do disfarce das delegações de saúde regionais esses inspectores invadiriam as casas algarvias perto do mar  sob o pretexto de procurar percevejos nos lençóis. Mas a sua verdadeira função seria saber se o casal de "Manéis" que se deita naqueles lençóis eram verdadeiramente primos dos Açores acabados de chegar, ou veraneantes que pagam.

Eu sou apologista de que todos devemos pagar os Impostos. Tenho é dúvidas  que o custo da inspecção às camas fosse inferior aos presumíveis ganhos com a operação...

Uma dica: ali para os lados  da Luciano Cordeiro ( e não só) existem outras actividades que metem camas e lençóis e que envolvem dinheiros consideráveis. Estas actividades de carácter mais horizontal  não me parece que estejam fiscalmente impolutas...

Porque não vão os nossos inspectores passear por ali? Provavelmente porque têm medo de encontrar alguém que não lhes convenha ? (melhor dito, Alguém com "A").

Para fazer férias sem pecar (fiscalmente) só vejo duas alternativas para o gajo da classe média: Chular os parentes; veranear na sua própria sala e quarto, aproveitando para passear na cozinha...

Nota final: Em Portugal o gajo da Classe Média é mesmo só um gajo. Anda a ver se o inscrevem na lista do WWF das espécies em vias de extinção.

 Cá na Lusitânia temos 5: o Sobreiro, o Lince, a Águia Imperial, a Foca-Monge e o Saramugo.

O que é um Saramugo? Anexo a foto do compadre Saramugo (habitat no Guadiana). Parece ser um bom Companheiro , ou Camarada, ou Compincha, ou seja lá o que for actualmente politicamente correcto.

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