terça-feira, fevereiro 14, 2012

Pelo nosso Alentejo

Aljustrel é uma localidade muito interessante, limpíssima como só o Alentejo pode ser (já o dizia o Eça!) e com uma população culta e interessada nas "suas" coisas.

Para a cerimónia em que evocámos Brito Camacho, ali nascido ao lado, a estação de Correios foi pequena. Mais de 30 pessoas lá se juntaram, com o Presidente da Câmara à cabeça, e incluindo muitos "jovens" que  não direi que privaram com o famoso médico, jornalista e político,  mas pelo menos acompanharam o seu caixão à última morada, ali no cemitério local.

E um deles, do alto dos seus 85 aninhos,  pediu licença e à moda de António Aleixo botou poema!

Depois  foi a ida a Évora, ao Sr Oliveira e Dª Carolina, para o almocinho dos anos da "santa".

Oitenta e três! Bem conservados e ainda cheia de combustível para falar muito e alto (o que às vezes era evitável...). Bem, pelo menos não anda ainda de bengala...O que agradeço aos poderes superiores, por causa das costas. Das minhas...

Dª Carolina justifica cada vez que lá vou o epíteto universal de ter as mãos mais mimosas de todas as cozinheiras transtaganas. Mais uma vez ontem assim ficou provado.

Se apenas comêssemos as incomparáveis  Pataniscas de bacalhau e a Perdiz de escabeche ( a melhor do mundo!) já daríamos a deslocação por bem empregue! Mas depois disso há muito mais delícias a espreitar nos seus singelos pratinhos: casco de sapateira, costeletas de vitela panadas, quiche de alho francês, carapau "pilim" frito, o doce de melão com requeijão de Serpa, cogumelos em alho, ovos de codorniz com paio, etc, etc...

Borrego assado e Pézinhos de porco de coentrada  (excelentes!) Fizeram a figura de pratos principais, embora - aqui para nós - já não servissem para grande coisa depois da sinfonia das entradas magistrais.

Preço não digo.  Então o almoço de anos da "santa"? Ainda me fulminava se soubesse quanto custou...

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