quarta-feira, junho 17, 2015

As questões da Toponímia

Penso que sabem que o nome "Cascais" derivaria do facto de ali se terem encontrado várias necrópoles neolíticas onde abundavam os vestígios de  conchas (cascas) de bivalves. Tantas eram essas "lixeiras" com cascas que se começou a referir "Cascais" para designar o local onde as mesmas se encontravam.

Bom, essa é uma das explicações... Existem outras a atirar mais para o vernáculo (tipo "calão").

Uma das que mais gosto conta-nos a história de D. Afonso Henriques, perseguindo os Mouros até ao castelo de Sintra e ali os sitiando com a sua hoste.

Consta que Dona Teresa, sua Mãe, teria acompanhado os cavaleiros cristãos e que, chegada  ao lugar que hoje é Cascais, à Praia da Rainha , nomeada em sua honra ( ganda treta, mas deixemos continuar) decidiu banhar-se nas águas aprazíveis do mar.

Não tendo trazido fato de banho, entrou assim mesmo como veio ao mundo pela baía adentro, nas barbas dos homens de armas de el-rei Afonso.

O Rei acorreu ao local e, vendo o que considerou grande aleivosia e altíssimo desmando, não está de modas. Entra pela água adentro e desata a bater na mãe (no que já tinha alguma prática, segundo se dizia).

O velho aio Egas Moniz bem o puxava de um lado e de outro, gritando em alta voz:

-"Senhor, senhor, porque lhe cascais assim?"

Esta fala foi depois repetida pelos  ricos-homens e infanções presentes na hoste:

 -" Não lhe Cascais mais Senhor! Não lhe Cascais mais!"

E pronto! "Cascais" teria assim nascido desta má acção do primeiro rei, um gajo aparentemente com problemas mal resolvidos  no que dizia respeito a esta coisa do relacionamento parental...
A Rainha não era flor que se cheirasse, sempre metida na cama com os galegos, mas pôrra! Mãe é mãe!

A não ser (e há quem o jure e trejure) que possivelmente não era D. Afonso Henriques filho do Conde e de Dona Teresa, mas sim filho do aio Egas Moniz... Teorias da conspiração que não se esclareceram completamente dado que a Scully e o Mulder abandonaram  a actividade laboral e , segundo parece da última vez que os vi, se dedicam agora à pesca...

Há também quem diga que esta propensão marginal a "aviar" tudo o que lhe aparecesse à frente tinha a ver com a educação do Afonsinho, criado na Feijoeira (bairro "típico" de Guimarães) por malta da pesada e habituado desde que abandonou as tetas ( seja lá de quem for) a andar sempre com uma moca de  Rio Maior pendurada ao pescoço, em vez da habitual chucha...

"Estórias" da história.


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