quinta-feira, novembro 27, 2014

Gelado na Boca

Andei 3 horas dentro da Casa Forte do Museu Postal, onde a temperatura ambiente é de 12º. Em mangas de camisa.
O que levei desta aventura foi uma carraspana das antigas. O que antigamente se chamava "um resfriado".

Mas como era ontem dia de arrancar mais um dente do sizo (pôrra! Porque é que são 4?? Só vai ainda no segundo...) lá fiz das tripas coração e ala para o dentista.

Não sei se alguma vez arrancaram um dente tendo o nariz completamente entupido? Não o recomendo.

Sem poder respirar pelo nariz, e com  a boca cheia da água do destartarizante, a sensação é semelhante à daquela técnica de interrogatório desenvolvida pelos "médicos americanos" , o "waterboarding".

Já passou, mas enquanto durou deu para perceber a eficácia dos interrogatórios. Livra! Livra como "da-se " e "pôrra" (repito),  mas do que me não livrei foi de um maxilar mais uma vez cosido a linha de costura e de um inchaço na gengiva.

Havia que "pôr gelo" e apenas comer coisas frescas, de preferências em estado líquido ou fluido...

Chegado a casa levava debaixo do braço uma embalagem grande de gelado haagen dazs. Sendo Inverno havia poucas na superfície comercial . Lá escolhi uma de "caramelo". Também, por azar, se não levasse o "caramelo" teria que levar outra de ..."caramelo". Era o que havia.

Não gosto de coisas doces, e estava convencido que a malta "amaricana" era nesse aspecto bem mais suave no açúcar do que a portuguesada...

Enganei-me. Aquilo era mesmo muito doce... Comi como se fosse remédio ( e resultou!) e porque tinha alguma larica, mas foi um sacrifício.

Hoje estou a pensar abancar ao almoço nalgum lado onde me façam uma açordinha, de preferência morna, e com uma posta de pescada lá dentro.

Ao jantar? Gelado outra vez. Mas vou-me tratar ao Santini!! O Santini dá 10 a 0 ao haagen dazs!

Farmácia por farmácia, prefiro o gelado ao Ibuprofeno... E , comprando gelado acho que  há reduzidas hipóteses de um gajo ser arrastado para algum processo de Mega Fraude na distribuição dos medicamentos.

O país está perigoso, andam a prender toda a gente. Perdeu-se o respeito...

Viva Verdi!

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