Este bendito sossego acabou no último Sábado.
Desejosas de bater chinela e arejar as ideias (o que é difícil, são 170 anos somados, a dividir por quatro pernas trôpegas) lá me intimaram a comparecer pelas 8,45h (reparem no detalhe) para "irem às compras".
Dentro do carro - e conhecedor do habitual rumo que estas expedições tomam - sempre fui avisando que tivessem paciência, esperassem umas pelas outras e que não debandassem cada uma pelo seu canto, como galinhas loucas à vista da raposa.
Tá-se mesmo a ver que foi isso que aconteceu. Chegadas ao local do crime e enquanto eu fui buscar o carrinho, alçaram das "canadianas" como se fossem armas de guerra e...desapareceram.
Andei com o carrinho atrás das malucas das velh... (digo, idosas) a hora e meia todinha que estive dentro do estabelecimento comercial.
Eu estava na fila do pão, elas parecia que se dirigiam para a fruta e hortaliças. Eu chegava à fruta e hortaliças e já lá não estavam. Tinham basado para os congelados. No corredor dos congelados bem espreitei e...nada. Nem sombra das desgraçadas!
Depois destas exéquias e já com vontade de as mandar chamar pelo intercomunicador (como se faz às crianças de menos de 5 anos que se separam dos pais) lá consegui vislumbrar as impetrantes junto dos pratos, tachos e panelas. Mas logo de seguida pediram para irem ver "resguardos e roupas de cama".
O pior foi quando cada uma decidiu que tinha "coisas particulares para fazer".
Se andar atrás das duas juntas já era mau, imaginem eu a tentar dar com o paradeiro de cada uma delas!!
Ala meano! Cada uma para o seu lado e o "Je" , sem poder decidir para onde apontar a antena de detecção. O que resolvi foi sentar-me na área dos livros e esperar que a loucura das duas ginjas acalmasse...
Quando questionadas para terem calma e esperarem por mim, ainda se enxofraram a dizer que andavam com o telemóvel exactamente para isso! Para serem contactadas.

Ignorando as três chamadas que eu já tinha feito para cada uma... A santa Mãe nem tinha trazido o TM, e a santa Tia tinha-o dentro da carteira, debaixo dos lenços "para não se partir" e não ouvia a campainha.
Bem sei que é bom "elas" mexerem-se cada vez melhor e que se refilam é sinal que estão vivas. Pelo menos isto é o que me diz o meu senhorio, a rir-se quando lhe contei as peripécias.
Mas um mistério ficou por resolver...
Se o gajo acha graça e pensa que é natural eu ter de me revestir de santa paciência e aturar as duas destrambelhadas, por que é que ele não alça o cú da cama mais cedo e se arma em motorista e acompanhante do "duo dinâmico"? Das perigosas "peruas turbo"?
Deixa lá que para a semana que vem já tens o destino traçado!
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