segunda-feira, outubro 13, 2014

A Fuga das Galin...(digo, das idosas) no supermercado

Tenho andado mais sossegado nos últimos fds por causa da obrigatória falta de mobilidade das minhas anciãs cá de baixo, pelos motivos de saúde conhecidos.

Este bendito sossego acabou no último Sábado.

Desejosas de bater chinela e arejar as ideias (o que é difícil, são 170 anos somados, a dividir por quatro pernas trôpegas) lá me intimaram a comparecer pelas 8,45h (reparem no detalhe) para "irem às compras".

Dentro do carro - e conhecedor do habitual rumo que estas expedições tomam -  sempre fui avisando que tivessem paciência, esperassem umas pelas outras e que não debandassem cada uma pelo seu canto, como galinhas loucas à vista da raposa.

Tá-se mesmo a ver que foi isso que aconteceu. Chegadas ao local do crime e enquanto eu fui buscar o carrinho, alçaram das "canadianas" como se fossem armas de guerra e...desapareceram.

Andei com o carrinho atrás das malucas das velh... (digo, idosas) a hora e meia todinha que estive dentro do estabelecimento comercial.

Eu estava na fila do pão, elas parecia que se dirigiam para a fruta e hortaliças. Eu chegava à fruta e hortaliças e já lá não estavam. Tinham basado para os congelados. No corredor dos congelados bem espreitei e...nada. Nem sombra das desgraçadas!

Depois destas exéquias e já com vontade de as mandar chamar pelo intercomunicador (como se faz às crianças de menos de 5 anos que se separam dos pais) lá consegui vislumbrar  as impetrantes junto dos pratos, tachos e panelas. Mas logo de seguida pediram para irem ver  "resguardos e roupas de cama".

O pior foi quando cada uma decidiu que tinha "coisas particulares para fazer".

Se andar atrás das duas juntas  já era mau, imaginem eu a tentar dar com o paradeiro de cada uma delas!!

Ala  meano! Cada uma para o seu lado e o "Je" , sem poder decidir para onde apontar a antena de detecção. O que resolvi foi sentar-me na área dos livros e esperar que a loucura das duas ginjas acalmasse...

Quando questionadas para terem calma e esperarem por mim, ainda se enxofraram a dizer que andavam com o telemóvel exactamente para isso! Para serem contactadas.

Ignorando as três chamadas que eu já tinha feito para cada uma... A santa Mãe nem tinha trazido o TM, e a santa Tia tinha-o dentro da carteira, debaixo dos lenços "para não se partir" e não ouvia a campainha.

Bem sei que é bom "elas"  mexerem-se cada vez melhor e que se  refilam é sinal que  estão vivas. Pelo menos isto é o que me diz o meu senhorio, a rir-se quando lhe contei as peripécias.

Mas um mistério ficou por resolver...

Se o gajo acha graça e pensa que é natural eu ter de me revestir de santa paciência e aturar as duas destrambelhadas, por que é que ele não alça o cú da cama mais cedo  e se arma em motorista e acompanhante do "duo dinâmico"?  Das perigosas "peruas turbo"?

Deixa lá que para a semana que vem já tens o destino traçado!

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