Disse-me um amigo envolvido nestas coisas da restauração que o consumo de vinho e digestivos às refeições tinha baixado consideravelmente desde o aumento do IVA para 23%.
A cerveja sai bem, pelo preço, mas é cada vez mais difícil vender uma garrafa (ou meia) de vinho às refeições de todos os dias para aqueles que ainda se sentam à mesa para almoçar fora.
A moda do vinho a copo nunca foi tradicional em Portugal , mas mesmo assim hoje em dia, pela necessidade, devia ser mais utilizada. Infelizmente só a vemos nos restaurantes mais caros.
Se formos aos do tipo "Tascantes" ontem aqui definidos é raríssimo essa política existir.
Levar o vinho de casa também não é prático para todos os dias e pelo preço do serviço de rolha (nalguns lados 20€) torna-se evidente que os nossos restauradores o desincentivam.
Uma garrafa de vinho que custa num Hipermercado 6€ ou 7€ aparece à nossa mesa restaurativa normalmente por 20€ (se tivermos sorte).
O vinho fora de casa está a tornar-se um produto de luxo.
E a tradição do vinho a jarro (pequeno ou médio) também me dá a ideia que está a recolher às terras nordestinas, não sei bem se por imperativo ASEÁTICO se por falta de rentabilidade do material assim servido.
Mas há coisas que ainda nos surpreendem. O novo Barca Velha está por aí a aparecer e a um preço por garrafa de 75cl que deve andar entre os 100€ e os 125€. Nas garrafeiras talvez 150€...
Serão 60 000 garrafas (mais ou menos) e podem ter a certeza que esgota sempre!
Claro que muita gente diz que mais de metade da produção vai para Angola! Ou para a Federação Russa! Ou para o Brasil! (E, segundo as más línguas, a metade destes preços...)
Mas mesmo assim é preciso coragem para colocar no mercado, nesta altura, um produto a este preço. Nem que seja (como é o caso) o Rolls Royce dos vinhos de mesa portugueses.
E quem o poderá beber num dos nossos restaurantes? Com preços de carta a começar nos 250€?
Lá voltamos nós a pensar em África...
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