Há dias que o cavalheiro idoso que mendiga uma moeda no cruzamento da Praça de Espanha não está no seu lugar quando passo, pelas 7.20h.
São as férias também que chegaram para o homem, vendo que a clientela habitual deixou estes caminhos da cidade.
Mas à frente da Versalhes está agora um "venha!" - arrumador - que por lá nunca vi nas alturas de trabalho. Porquê se os carros a estacionar serão também eles cada vez menos? Mistério...
Questionado disse-me que no seu local habitual de trabalho em frente ao Saldanha, no parque da rotunda, "já não passa ninguém". E como "tem de comer todos os dias" achou melhor tentar encontrar alternativas mais para cima.
No Galito há agora mesas que sobram , apesar da pequenez da locanda. E o Sr. Henrique sempre vai dizendo que "em Agosto trabalhámos sempre menos, mas assim como neste ano nunca me lembro! Nem nos tempos do fascismo lá na Serra de Ossa!"
É a velha lei da oferta e da procura. Complicada pelos 23% na faturazinha, pelo IRS a sair do bolso dos trabalhadores independentes agora no final de Agosto ( e não em Setembro, como sempre tinha sido...). É a falta de subsídio de férias, é a poupança que tem de se fazer para a escola dos filhos, despesa que está ali já, quase a espreitar à porta. E outras coisas do género.
Quando os restauradores que pagam o IVA trimestralmente verificarem que já não têm dinheiro para as suas obrigações, lá para Outubro, muita casa deve ficar com a corda na garganta...
Lisboa está deserta, mas não parece que a "125 azul" tenha ganho muito com isso neste ano.... E é pena para todos. Hoteleiros e Clientes.
O Sr. Governo deve estar ansioso para que comece outra vez o futebol, confiante que o Campeonato tira as ideias "mais esquisitas" da cabeça do povo.
Pode ser que sim. Ou que não...
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