terça-feira, fevereiro 21, 2006

O Preto, o Branco e o Cinzento: As diversas facetas da personalidade (não só dos Políticos)

Lembra o Amigo A.Acc. Campos que as pessoas são sempre as mesmas e que , por isso, Isaltinos, Felgueiras, Damascenas e outro(a)s que tais se devem catalogar também para sempre e remeter aos infernos do descrédito público sem remissão.

Leva-nos longe a discussão desta teoria de que um Fulano sendo corrupto (por exemplo) não pode ao mesmo tempo ser bom Autarca (também por exemplo).

O que é um "Bom Autarca"? Quem gere a "coisa pública" como se fosse sua? Mas isso é o que fazem os corruptos: não vêm diferença entre o que é deles e o que é da Autarquia...e vai de meter ao bolso...

Bom Autarca é quem desenvolve a Região e faz Obra Pública que se veja: estradas, creches, recintos desportivos, Lares de Terceira Idade? Notem que se não houver Obra Pública não há construtores a trabalhar nem muito dinheiro em jogo que permita tentações aos Autarcas de serem clientes da antiga Luvaria Ulysses...

Bom Autarca será quem acaba a Missão com igual (ou ainda com menos) dinheiro do que quando começou, e sem "truques" do tipo Judas: "sff meta na conta da minha mulher para não dar nas vistas"?

Houve um ou dois assim em Cascais depois do 25 de Abril e , segundo dizem moradores mais velhos do que eu, nunca a Autarquia foi tão mal conduzida: é que não faziam mesmo nada com medo de se comprometerem!

E os Dirigentes Desportivos? Quando se endividam para ajudar os Clubes são heróis, mas quando vão lá buscar o que investiram são vilões e até vão presos... É claro que muitos irão buscar o que NÃO investiram!

Não contesto a necessidade do "Bem Público" dever ser gerido por gente de bem, e mesmo esta bem paga e bem vigiada se fizerem o favor, porque não é só o "medo que guarda a horta" como também a "necessidade aguça o engenho".

Limites para este controlo do poder têm de ser estabelecidos em função do bom senso democrático inerente a uma sociedade que se quer Livre e Responsável (atenção às Escutas...) e geridos por entidade independente dos Poderes Executivo e Legislativo.

Mas, ao cometer ao Braço Judicial esta função essencial não podemos esquecer que um Juíz ou uma Juíza não são mais nem menos do que um homem ou uma mulher, por isso sujeitos às mesmas "paixões" de todos nós. A condição humana não se modifica com a imposição da "toga", nem sequer com a tonsura (hoje aliás em desuso no meio eclesiástico).

Quando Napoleão fundou o degredo de trabalhos forçados para os Grandes Crimes, nas Antilhas, houve quem lhe perguntasse: "Majestade, quem irá para tão longe guardar esses criminosos?" A resposta do Imperador foi rápida "Outros ainda mais criminosos do que os que estão presos".

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