quarta-feira, setembro 07, 2016

Museus, Cultura, pratos e talheres



Li num estudo recente sobre o turismo nas nossas cidades (e cito de memória):
 "Na falta de Museus de referência e Eventos culturais importantes que atraiam visitantes,  as principais cidades de Portugal oferecem sobretudo a gastronomia, a hospitalidade e o tipicismo dos bairros antigos(...)".

Dá que pensar.

Lisboa não é Nova Iorque, com o MET,  e o Porto não é Bilbao, nem tem  o seu Guggenheim Museum. Em Braga não haverá todas as semanas concertos de Mozart e Strauss, como em Viena. E , para não deixar o sul apeado, em Évora não encontramos uma cena dramática tão envolvente como em Berlim.

Temos é o Jockey e a Horta dos Brunos, o Solar e o Beira Mar, mais  a Cozinha do Manel e o Abadia,  o Arcoense e o Fialho, e ainda o D. Joaquim...

Comes e bebes, fado e azulejos velhos, calçadas artísticas e mar à vista.  É só isto? Nem o MNAA, nem o Soares dos Reis? Nem a Gulbenkian? Nem a Biblioteca Joanina?

Mas depois recebemos 23 prémios no concurso internacional dos "Óscares do Turismo". Podem ler aqui:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/turismo___lazer/detalhe/portugal_ganha_23_oscares_do_turismo.html

Coisa estranha... Ou talvez não.

Mas uma coisa é certa: cuidem da mesa, cuidem da restauração e da hotelaria, formem bons profissionais, cuidem dos nossos vinhos e dos nossos comeres. Disso depende grande parte da nossa  sobrevivência neste mundo do "turismo".

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