quarta-feira, junho 01, 2016

Em conversas com a Índia



Depois de Vasco da Gama ter chegado a Calecut as relações institucionais entre os tugas e os indianos têm sido assim-assim, para não dizer com altos e baixos...

Por lá andaram uns fulanos pouco recomendáveis (do ponto de vista local) - como o D. João de Castro e o Afonso de Albuquerque - por lá fomos recebidos e roubados , roubámos e recebemos, conquistámos e fomos conquistados, naufragámos e navegámos, e acabámos por fazer de  Goa placa giratória para Malaca e para a China e Japão.

Nos tempos mais modernos houve a "invasão" de Goa pelos indianos em 1961, a quebra de relações diplomáticas subsequente e o reatar das mesmas depois de 1974.

Tentei em 1998 fazer uma emissão de selos conjunta com a Índia sobre a chegada do Gama. Chamei-lhe "encontro de culturas",  para não dar a ideia de nos estarmos a armar em neo-colonialistas ( não confundir com neo-liberais). Mas debalde. Nem de balde, nem de pá e enxada, quiseram fazer a emissão de selos conjunta naquela altura...

Passados quase 20 anos foram os amigos indianos que se aproximaram de nós a pedir para fazermos os selos com o mesmo tema e para saírem no mesmo dia. 500 Anos de Relacionamento e encontro de culturas.

Quem imaginaria uma coisa destas?

Claro que dissemos que sim e estamos a trabalhar para resolver este assunto. O tema dos selos serão duas danças folclóricas de Portugal e da Índia com semelhanças: a dos Pauliteiros de Miranda e a Dandya Dance (Gujarat).

Ontem cá recebemos duas colegas da India Post e assinámos o acordo protocolar.

Saída destes selos está prevista para 26 de Setembro.



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