quarta-feira, junho 29, 2005

POST-AL

Bom dia futuro

Albano
Sempre te admirei nomeadamente pela forma como pensavas.
Nem sempre concordei contigo mas fico contente por sentir que ainda transbordas energia, pensamento e acreditas num futuro onde as ideias têm espaço.
Sê bem vindo a este espaço.
Parabéns e obrigado por poder partilhar alguns espaços contigo
Bom dia futuro

CA-CTT Divulga "Princípios Gerais de Política da Sociedade"

Este Documento, que merece reflexão mais demorada, traduz o entendimento do actual Conselho sobre " a trave mestra de suporte ao exercício da actividade e à condução do negócio".

Muito boas notícias:

a) A Visão da Empresa estar ligada ao "Desenvolvimento social e económico do País, contribuindo para a melhoria dos padrões da qualidade de vida de Clientes e de Trabalhadores, mercê de uma dinâmica, de uma cultura de serviços e de um sentido de responsabilidade social irrepreensíveis"

b) Os objectivos estratégicos enfatizarem a Qualidade de Serviço sem se esquecerem das Pessoas.

I - Oferta de Qualidade de Serviço de Alto Nível
II - Criação de Valor Accionista
III - Promoção da Motivação das Pessoas

Boas entradas, portanto.

Vamos a ver a concretização destas ideias.

Como dizia o grande matemático Ackoff (inventor da teoria das filas de espera)
" 90% do insucesso dos projectos empresariais deve-se a razões políticas e não a defeito do desenho\conceito".

E é bem verdade!!

O CORREIO-MOR FEITO PELOS SEUS LEITORES

Aqui vai um Texto proposto pelo Engº Albano Rosa, a quem agradecemos!

Comentem à vontade!


A - Da Empresa

O universo postal é formado por três fileiras de mensagens físicas: mensagens de conteúdo individual, de marketing directo e de correio editorial; os trabalhadores dos Correios não raciocinam com base nestes termos e é pena.
A Empresa - que na sua essência é apenas uma rede de carteiros que transporta cartas para dentro das caixas de correio, como todos sabemos - sabe distribuir correspondências para as caixas, mas não sabe distribuir objectos volumosos (aliás, devo dizer que em Portugal o maior inimigo dos correios é a caixa do correio - sobretudo face aos objectos que, no futuro, circularão residualmente na nossa rede -, atendendo às suas dimensões e às condições de acesso).
A Empresa - que actua no domínio de actividade das mensagens, o qual reúne vários universos, físicos, virtuais, híbridos e mistos, sendo que o postal é apenas um deles - é assolada por um cancro tecnológico que, mais cedo, ou mais tarde eliminará 60 a 70% dos objectos da fileira das mensagens de conteúdo individual e à volta de 30% dos objectos da fileira de marketing directo (neste caso o correio contacto será eliminado directamente - transformar-se-á em mensagens no telemóvel do tipo "Quer vinhos? Se sim, carregue na tecla..." - e o direct mail será reduzido por via indirecta, uma vez que a "primeira vaga" do correio contacto permitirá obter ficheiros de dados mais pequenos e muito melhor direccionados para consumidores verdadeiramente interessados na transacção).
Os clientes - remetentes e destinatários -, embora na sua maior parte ainda nem o saibam, vão querer isto, o que é tremendo para nós; deste modo vamos deixar de ser uma organização estratégica para o país.
Aproveito para dizer que o único correio contacto físico específico dos CTT é o sampling direct e que muito pouco tenho visto fazer para se desenvolver isso.
A mudança do paradigma - do uso da mensagem física para o uso da mensagem virtual - será fortemente apoiada pelos remetentes, uma vez que estará em jogo a possibilidade do dinheiro lhes chegar às mãos mais rapidamente - as facturas são as primeiras coisas a passar para o virtual, como já se viu pela PT; no entanto, a grande ameaça não vem dos PC, mas sim dos "mobile devices" (o que determinará o universo que passará para o virtual será o tamanho das mensagens; creio que tudo o que couber em dois écrans de telemóvel passará; se repararmos, retirada a ganga, a maior parte dos elementos das facturas cabe em dois écrans).
Há três posturas estratégicas possíveis de se tomar, face à ameaça do cancro tecnológico:
Acelerar a morte
Tentar prolongar a vida o mais possível com paliativos
"Ressuscitar" noutro mundo e viver para sempre
Face aos sinais que fui recebendo desde o início, andei quase todo o consulado CHC a pensar que a estratégia da Empresa nesse tempo era "acelerar a morte"; apesar do discurso oficial da privatização e da referência à sustentabilidade da Empresa, o que se passou foi a "venda do carro às peças" (não vou referir aqui a possibilidade do negócio desta venda de peças ter trazido mais-valias que poderão ter reforçado as contas particulares de alguns; oiço dizê-lo, mas não tenho provas), o que é contraditório com a intenção de vender um carro que, como sabemos, ninguém comprará se lhe faltarem as rodas.
No entanto, devo confessar que alguns sinais recentes me deixaram algo confuso; falo de factos como a Empresa ter adquirido a totalidade da Mailtec, da CEPU, da compra do SW EDOCS e do contrato de desenvolvimento de SW assinado com a DSTS; se a Mailtec se poderá vir a revelar, embora, um "elefante branco" - à imagem aliás do que é a CESA -, já o desenvolvimento dos elementos e dos conceitos ligados ao mundo virtual pode significar vontade de "ressuscitar" noutro mundo; fico assim à espera de novos desenvolvimentos, quer em torno da Mailtec, quer em torno do mundo virtual; ainda assim, já dentro do consulado LN acho muito mais importante estrategicamente o facto de estar a ser publicitado o interesse em os CTT se tornarem num MVNO, já que isso vem ao encontro da opinião que defendo há muito tempo sobre a importância, a prazo, do papel que será desempenhado pelos "mobile devices"; a nossa Empresa há muito que se deveria ter transformado numa empresa de telecomunicações ( e tudo o que lhe puder estar associado, como seja o universo multimédia).
Contudo, quero deixar aqui uma nota de desconfiança face ao facto do assunto CEPU/EDOCS/DSTS (tirando a notícia no jornal em Fevereiro) estar a ser desenvolvido quase em segredo, apesar de ser a coisa mais estratégica em termos de sobrevivência futura para a Empresa; podia ter-se aproveitado o tempo - e já agora o dinheiro - que se pagou a Scolari para explicar o assunto em detalhe aos quadros.
Voltando ao consulado CHC - e só para falar de alguns sinais negativos - cito a eliminação da importância estratégica que deveria ter sido atribuída às fileiras do marketing directo e do correio editorial (deste último aliás quase nunca ninguém fala); cito também a profunda diminuição da capacidade da função engenharia, quer através da saída da função dos edifícios, quer através do desmantelamento dos sistemas de informação (a capacidade de engenharia que resta estará localizada sobretudo nas Operações; há que ter o máximo de cuidado para não destruir o que resta dessa "ilha", até porque ela é fundamental para o funcionamento do sistema, mas eu acho que as coisas aqui também estão a correr bastante mal); numa organização com a complexidade dos correios, a importância da função engenharia é muito importante, porventura para a própria sobrevivência e eu temo que o limiar mínimo abaixo do qual não se deveria ir neste domínio já possa ter sido ultrapassado. O caso específico da ablação dos sistemas de informação - face também à necessidade de desenvolvermos outros "mundos" - é aquele em que todos, mais ou menos, estamos de acordo em que foi cometido o maior erro estratégico, se é que foi erro... Quando um dia os outsourcings forem a regra, como se discutirá a Empresa? Não estou a ver a IBM, o Luís Simões, a Efacec, o tipo que repara os contentores, etc., sentados à volta de uma mesa a discutir que fileira devemos desenvolver - e como.
Numa corrida pedestre em que vai um grupo de corredores na frente, quando um dá uma sapatada, a reacção instintiva dos outros é responder de imediato; a actividade postal vai entrar numa zona de grande turbulência provocada pela queda contínua do tráfego - este negócio vai tornar-se anormal, já que o seu universo estará sempre a diminuir - e assim se irá manter até que tudo o que tinha a passar para o virtual o tenha feito; a exemplo do que acontece nas corridas, uma vez que a passagem das mensagens físicas para virtuais as vai acelerar, também nós teremos que o fazer.
O nosso membro comercial terá que vender outros produtos; o marketing terá que descobrir as coisas que verdadeiramente interessam aos clientes; apostava que, por exemplo, as facturas passarão para D+1, que o padrão D+3 passará para D+2 e que o padrão D+5 passará para D+3; mais cedo, ou mais tarde, o nosso sistema operacional terá que se adaptar a isto (enquanto e se valer a pena), sob pena de, não o fazendo, contribuir para acelerar a chegada do novo paradigma.
A qualidade - cuja medida pelo correio de prova não corresponde à realidade, uma vez que a amostra está distorcida grosseiramente pelo facto do correio avençado estar de fora - terá que abstrair-se da atitude que impera há muitos anos de "escondermos" o que se passa isoladamente nos segmentos do tratamento e da distribuição, medindo apenas um valor global; esta atitude - que só se pode justificar pela vontade da gestão em não fornecer os dados a cada sector para, desse modo, poder gerir a seu bel prazer, cortando meios onde mais lhe aprouver - deverá ser forçosamente mudada, já que a necessidade do conhecimento e do respectivo rigor aumentarão.
Um facto revelador da estratégia utilizada no consulado CHC: num consulado tão prolixo em cartas enviadas a propósito de tudo e de nada aos trabalhadores, é no mínimo estranho que após a sequência da ocorrência de dois factos muito graves - publicitação do estudo da DECO que determinaram valores da qualidade piores do que os que nós dizemos e aplicação da pena da redução de 1% no valor das tarifas por incumprimento dos valores acordados com a ANACOM - nenhuma carta tivesse sido enviada; era nesse momento que, sem dúvida, os trabalhadores precisavam de ter recebido um sinal que lhes restituísse a confiança na administração, mas "moita, carrasco"; espero que a DECO não seja a ANACOM da ANACOM, isto é, que não tenha sido pelo aparecimento do estudo da DECO naquela altura que a ANACOM nos pregou a multa; sei lá eu!
O desenvolvimento futuro do sistema da mecanização deverá ser feito tendo a previsão da erosão tecnológica em conta; o sequenciamento, por exemplo, deverá ser relegado para segundo plano, se a velocidade global dos padrões do correio assim o vier a impor; investirmos dinheiro em acções na preparação do correio, por exemplo, não parece ser uma atitude avisada; por outro lado, se e quando os Correios souberem distribuir objectos volumosos, deverão investir nesse negócio, devendo a respectiva mecanização dos mesmos ser considerada como sendo um factor estratégico importante.

B - Das pessoas

A taxa de familiares a trabalhar na Empresa, a todos os níveis, é alta em demasia, facto que a enfraquece sobremaneira, uma vez que limita a capacidade de confronto de ideias, contribui para enfraquecer o exercício da disciplina e da autoridade e retira margem de manobra à gestão.
A Empresa deveria ter uma estratégia permanente de atribuição do lugar de "farol" às melhores pessoas, para que todos as vissem e seguissem como exemplo e émulo; tive o privilégio de conhecer nos CTT ao longo dos quase 30 anos que já levo disto, 3 ou 4 pessoas - cujos nomes não vou aqui escrever - que detêm capacidades únicas - mas mesmo únicas - que deveriam permitir colocar e manter essas pessoas nesses lugares de "farol"; nenhuma delas esteve, ou está nestas circunstâncias; somos demasiado invejosos e pouco éticos - e pobres, quer de espírito, quer em sentido estrito - para sermos capazes de abdicar daquilo de que nos conseguimos apropriar, ainda que vejamos que ao nosso lado estão outros que poderiam fazer as tarefas muito melhor do que nós; vivemos no país do "quem tem um olho é rei"; um dos alibis com os quais justificamos esta praxis acabou por desembocar no que alguém já definiu como sendo a "mediocridade eloquente".
Isto foi sempre assim; por alguma razão de há muito falamos de partidos políticos e do "bloco central" nos Correios; provavelmente, a Empresa nunca foi dirigida pelos melhores.
O grave é que provavelmente agora está ainda pior do que acontecia dantes.
O país tem uma realidade gravíssima no domínio dos recursos humanos, em que se conjugam e interligam vários problemas, entre os quais saliento os seguintes: as pessoas não querem - para si, e, sobretudo, para os seus filhos - profissões manuais, ou consideradas como sendo as mais humildes (quando no passado fizemos nos CTT o outsourcing da limpeza, da segurança e das cantinas, ajudámos objectivamente a criar condições para "escorraçar" das nossas prioridades de vida tarefas que hoje não queremos fazer; fizemo-lo igualmente noutras ocasiões, a exemplo do que se fez após o 25 de Abril, ao acabar-se com o ensino técnico profissional); nas escolas floresce uma contradição evidente entre a necessidade do conhecimento e da educação aumentarem, por um lado e, por outro lado, a exiguidade da disponibilidade de lugares para todos os licenciados; como frutos destes problemas, o país importa emigrantes para as profissões manuais/mais humildes e aumenta a pressão dos novos para "expulsar" as pessoas trabalhadores intelectuais que estando na faixa dos 45-60 anos, se encontram na plenitude máxima das suas capacidades; a substituição de trabalhadores intelectuais nestas circunstâncias - eliminando os que estão no máximo da plenitude e conhecimentos e substituindo-os por outros inexperientes - ajudará a conduzir a prazo, ao destino para onde aparentemente caminhamos do definhamento da sociedade no seu todo (alguns já falam, como sabemos, em roturas sociais); provavelmente - embora a escala deva mudar, porque o próprio conhecimento da língua portuguesa vai definhar -, a "mediocridade eloquente" irá continuar a singrar de vento em popa.
Julgo que há hoje um conflito de gerações latente dentro dos Correios, entre os mais velhos que se encontram na plenitude das suas capacidades e os novos que querem que os mais velhos saiam e os deixem tomar as rédeas disto; esta relação - baseada inicialmente no facto da entrada de quadros novos nunca se ter feito de forma paulatina e controlada - foi potenciada no consulado CHC e agudizada ainda mais pelos elevados - e desproporcionados - ordenados e condições que foram atribuídos a pessoas sem experiência, nem qualificações, ordenados esses que permitiram dar saltos demasiado elevados em lugares de chefia face ao que vinha a ser pago anteriormente, sem qualquer justificação; a par do conflito de gerações, há também um conflito de conceitos; pelo meio, sempre em omnipresente pano de fundo, lá estão a inveja e a falta de ética; diria que as chefias que foram contratadas "anormalmente" no consulado CHC são os aliados naturais dos jovens quadros (isto, claro, até que outros conflitos se comecem a desenhar no horizonte) e vice-versa; como resultado de tudo isto, o nível de desempenho de gestão da Empresa é hoje pior do que era dantes.
Todos, chefias e quadros mais velhos, nos sentimos capazes de fazer mais e melhor, mas, ao mesmo tempo, sentimos também que foi uma injustiça o que se passou no consulado CHC; irá manter-se isto? Até quando?
Em suma, actualmente, no domínio dos recursos humanos, a Empresa também sofre de uma espécie de "cancro" que começou a minar há muito e que se agravou sobremaneira nos últimos 2-3 anos.

C - Dos cenários

Desempenhámos ao longo dos anos, como não podia deixar de ser, a nossa quota parte do papel, contribuindo para levar ao abandalhamento do estado e dos valores; ainda hoje ouvi informações decorrentes das sondagens de opinião que dizem que Portugal é adepto de levar para a frente a realização do referendo e, fazendo-o, a maioria estará de acordo com a proposta da constituição europeia; entendo isto como sendo a expressão subconsciente de uma sociedade que espera que o dinheiro da UE - a que nos habituámos, mesmo os de nós, a maioria, que não receberam directamente nada - nos venha salvar.
Em suma, os CTT encontram-se face a três grandes problemas: erosão tecnológica, grande instabilidade na gestão do pessoal e, finalmente, uma prática continuada de não fazer a escolha dos melhores.
Poderá a Empresa resolver um "cancro" sem resolver o outro? Nesse caso, qual deverá ficar para trás?
Dantes, quando o tráfego crescia, havia sempre lugar para mais um na Empresa; agora, quando a inclinação da curva do tráfego postal se alterou e em que a crise do país aumentou a pressão sobre todos os lugares disponíveis (nas situações de crise as grandes empresas tendem a ver reforçado o seu papel de âncoras, sendo vistas como uma espécie de tábuas de salvação por quem procura emprego), passou a estar sempre presente a oportunidade de sair mais um; quando o tráfego cair, os carteiros terão menos cartas, os giros ficarão mais longos e os CDP abrangerão áreas geográficas maiores; passará sem dúvida a haver menos lugares, quer para executantes, quer para chefias.
As novas tarefas criadas pelas actividades do mundo virtual - e está ainda por provar se os CTT terão, ou não, lugar no mundo das telecomunicações (o mercado actual dá para 2,5 operadores, segundo os especialistas, mas poderá crescer através do surgimento de outras necessidades sociais) e/ou serão capazes de tomar lugar nele - não poderão absorver todos aqueles que deixarão de ter lugar no mundo das mensagens físicas.
A situação aponta para a forte possibilidade da ocorrência do agravamento de um problema - a gestão do pessoal - através do agravamento de um outro de natureza independente - a erosão tecnológica.
Lido o documento da AD "Princípios gerais de política da sociedade" (que acho estranhos em si mesmos, porque a sua definição me parece que deveria ser da responsabilidade do accionista, isto é, deveria ser ele a escrevê-los e a dá-los às AD no momento de tomada da sua posse), fiquei com dúvidas que a AD esteja a percepcionar esta questão; as acções que vierem a ser tomadas nos tempos mais próximos contribuirão certamente para nos ajudar a confirmar se isto é, ou não verdade.

terça-feira, junho 28, 2005

A CRIATIVIDADE AO PODER

Será que o actual modelo operativo está correcto?

Devemos considerar que zonas como dormitórios puros, comércio, parques industriais, pequenas povoações, etc, etc. tenham modelos de distribuição semelhantes?
Que tipo de clientes temos?
Quais as suas exigências?
Quais as suas necessidades?

Colocando como hipótese um modelo operativo de distribuição segmentado e diferente do actual como deverão funcionar as operações a montante?
- a própria separação geral na distribuição deverá ser de madrugada? única?
- com os mesmos trabalhadores da distribuição?
- a rede secundária de dispersão deverá ser única e preferencialmente pelas 4 a 6h da manhã?
- o tratamento deverá manter o os actuais modelos, horários e prioridades?

Não há respostas únicas e devemos ter em consideração entre outros os seguintes itens:
a) - segmentação de cientes (destinatários)
b) - "fato à medida" para as diferentes realidades
c) - modelos diferentes das redes de transporte e distribuição
d) - adaptação do tratamento ao novo modelo operativo global

Significa que os projectos de cada área devem estar sob um "chapéu global" que por sua vez devem ter uma coordenação forte por parte da área de Marketing.

É importante que enquanto se tenta melhorar diariamente o actual sistema (melhoria contínua) pensemos simultaneamente em processos de "reengenharia" colocando em causa os modelos tradicionais (TQM).

O CORREIO-MOR FEITO PELOS SEUS LEITORES

malta das trincheiras ou a segunda visita ao blogue ou um olhar por enquanto mais profundo que rigoroso
há palavras e imagens que emitem calor, aquela energia que nos entrega quando as armas estão apontadas há procura de uma presença humana e zás ali estão eles. alvo a abater. e nós não nos importamos. já não nos importamos, como se tivéssemos recebido a notícia de que já não vão conseguir entrar. tarde de mais. é isto a esperança? essa pergunta só de alguém que nunca sentiu o crunch de uma barata numa cela. são memórias diferentes, que se cruzam e se confundem em palavras umas mais amargas e outras doces como no "temporada de patos", filme não aconselhável em que ela trinca duzentos e tal doces uns a seguir aos outros porque se tudo correr bem e se ela pensar numa cor e se a metade para a qual olha for dessa cor o seu desejo vai concretizar-se. qual desejo, sabe há quanto tempo estou aqui, nesta trincheira, isto não é um livro do andré brun é a vida real e aqueles tipos estão a querer dar cabo de nós. diz-me que a guerra acabou só faltava agora começarmos todos a cantar e avançarmos para o inimigo. mas é isso mesmo que falta. digo-lhe eu. eles já estão a recuar. e este barulho? não são patos, nem bravos nem mansos e eu também gostava de ir com as aves mas destes sítios não se volta inteiro. estás-me a baralhar digo-lhe em voz de comando é só uma volta de reconhecimento e dou um salto para sair da trincheira mas nem com o karajan eles lá iam com ele é que não ia mesmo você é jornalista ? vá lá você à minha frente
ana catarina

O Mercado de Courrier, Express e Parcels (CEP)

1 . O Mercado CEP é uma “figura de MKT” criada para facilitar a abordagem conjunta de Produtos\Serviços fora do âmbito da distribuição de mensagens não urgentes que é (foi ) tão característica dos Operadores Postais tradicionais.

Em princípio esta definição – Mercado CEP - engloba o transporte físico de objectos com características comuns de “traçabilidade” – T&T, mas onde se torna cada vez mais difícil distinguir “produtos”. As fronteiras entre Expresso, Parcels e Courrier estão esbatidas. Cada vez mais o Cliente tem um conjunto de necessidades que é necessário satisfazer, independentemente da forma como essa satisfação se concretiza.

Trata-se de um Sector onde, em Portugal e na Europa, o relacionamento entre os operadores intervenientes se traduz por um regime de concorrência perfeita, existindo um altíssimo nível de competitividade.

2 . O negócio de transporte de mercadorias ou objectos organiza-se historicamente em torno de dimensões conhecidas:

a) Velocidade de entrega (urgência)
b) Âmbito local, regional, nacional, internacional
c) Existência , ou não, de Traçabilidade dos objectos
d) Dimensão (peso/volume) dos objectos
e) Existência, ou não, de serviços de valor acrescentado (seguros, garantias, etc...)
f) Número de origens/destinos (concentração/dispersão da oferta e da procura).

Uma primeira segmentação deste negócio global tem a ver com Volume (da carga) e Dimensão de cada objecto. Os transitários ocupam-se sobretudo do que se convencionou chamar “Mercadorias Industriais”, constituídas por serviços programados, com menor carácter de urgência, peso variável mas em regra elevado, utilizando veículos pesados de transporte de mercadorias (ou navios), passíveis de contentorização ou paletização, lidando com Clientes industriais de cuja cadeia logística fazem parte.

Neste segmento de mercado não actuam os CTT nem a cttExpresso actualmente, nem se prevê que o mesmo faça parte da sua estratégia de desenvolvimento a médio prazo.

O Mercado CEP (courrier, express, parcels), onde queremos situar-nos, caracteriza-se genericamente por tratar objectos com carácter de maior urgência (prazos de entrega inferiores a 2/3 dias), com pesos relativamente baixos (menor que 30Kg), utilizando normalmente os meios de transporte e os encaminhamentos mais rápidos, e, em regra, com maior dispersão de destinos do que no caso anterior.

Dentro deste segmento CEP distingue-se o negócio das Encomendas, com preços mais baixos e menor velocidade de entrega (2/3 dias), dos negócios Courrier e Expresso, ambos vocacionados para entregas em 24 Horas ou menos. Courrier ou Estafetagem, são conceitos de transporte urbano de documentos, ultra rápido (mesmo dia), que consiste na entrega ponto a ponto de objectos numa mesma cidade. Expresso é uma designação que inclui o transporte nacional internacional de objectos, com carácter de urgência, com track&trace e outras garantias associadas, sendo hoje em dia difícil de o caracterizar também com base em pesos ou dimensões dado que a respectiva abrangência é cada vez maior.

A segmentação de todos estes produtos foi feita – na cttExpresso - tendo por base o padrão de entrega:

Desta forma, todos os produtos com entrega no próprio dia (onde se inclui a antiga gama PExpresso) constituiriam uma Gama EMS “Today” mesmo que as entregas se desenrolassem fora dos circuitos urbanos. Os seus preços de venda seriam os mais altos.

Por outro lado, os produtos com entrega no dia seguinte seriam todos EMS seguidos do respectivo padrão (9, 12, 18, etc...).

Por fim, utilizou-se uma nova denominação – QUICK - para definir um novo Produto que seria resultado da transferência de cerca de 54% das Encomendas contratuais não Mailer dos CTT e de cerca de 56% das Encomendas Ocasionais CTT, o qual teria um Padrão de entrega superior (D+2/3) e os preços mais baixos.


3. Num Documento interno de que tive conhecimento - “Novo Modelo CEP” - estabelece-se a necessidade de criar um portfolio de produtos mais simplificado do que o descrito no ponto anterior, onde o paradigma da segmentação tivesse por base a “concentração\dispersão” dos objectos e já não ( ou não unicamente) o “prazo de entrega”. Por outro lado dá a ideia (mas posso estar enganado) de que os Produtos de Courrier\Estafetagem (Today) não foram considerados no âmbito da remodelação proposta.

Parece-me que esta nova segmentação pode ser importante para ganhar algum mercado, mas recordo que a respectiva implementação, anteriormente, não foi possível dada a dificuldade em enquadrá-la com um sistema operativo baseado em “janelas de oportunidade” que lidavam com prazos de distribuição distintos (D+0, D+1, D+2\3).

A alternativa, ao tempo, consistiu em criar um Produto específico – EMS Múltiplo –com preços mais baixos para Expedidores de objectos com maior concentração de destinos.

Por outro lado, a simplificação dos produtos e do tarifário é muito boa para um mercado de “balcão” , onde a concorrência ainda não chega, mas “choca” com a necessidade de fazer preços à medida de cada Cliente (em limite) para o sector Contratual.

Em concorrência perfeita o preço tem de ser uma variável permanentemente ajustada ao mercado e não só às condições da Operação.


4. Uma última palavra para a proposta de generalização da “distribuição domiciliária” a todos os produtos (por norma) incluídos no mercado CEP.

Esta solução foi sempre menos bem recebida pela actividade de VPC, com base nas eventuais dificuldades de tesouraria de algumas famílias, que poderiam fazer aumentar o nº de objectos devolvidos: por vezes não existe dinheiro ou cheques em casa para pagar os objectos encomendados.

A alternativa de proceder , também por norma, à “marcação antecipada” da entrega, como fazem hoje a Adicional e a ChronoPost teria de ser encarada no âmbito deste projecto, como Serviço de Valor Acrescentado , mas a preços baixos.

Não esqueçamos que para este mercado da VPC a questão mais importante é o preço que nos pagam pela distribuição de cada objecto (para os actuais níveis de qualidade).

Mas todo este aspecto da Venda por Correspondência e a análise da sua incidência em Produtos CTT merece - sem dúvida nenhuma - texto específico que não deixarei de publicar ASAP...

segunda-feira, junho 27, 2005

”LIBERTAR A ENERGIA REVOLUCIONÁRIA”

Música para os nossos ouvidos

Numa artigo do PCA dos CTT, Dr. Luís Nazaré, ao Jornal de Negócios de 27/06/2005, entre outras questões, refere:

- “estratégia é revolução”
- “... temos que (...) nos concentrar em duas ou três ideias revolucionárias, transforma-las em objectivos ambiciosos e em acção obsessiva para os atingir ...”

É um muito bom texto – devemos lê-lo e relê-lo... (disponível nos recortes de jornais da empresa)
Embora este artigo não seja dirigido aos CTT poderá e deverá ser considerado como um objectivo nosso

VELOCIDADE

Concordo contigo...
SEGMENTAÇÃO E PREÇO são duas variáveis a nunca esquecer...
E a propósito destes destas variáveis importantes poderíamos falar do “verde”
Quem é o cliente alvo deste produto?
Como será possível, em alguns casos, mesmo com qualidade superior e custos muito mais elevados encontrar preços inferiores... ao correio normal?

domingo, junho 26, 2005

A velocidade do Correio Normal

Não há respostas fáceis para a questão que coloca o Amigo A. A. Campos sobre a norma de distribuição do correio dito normal.

Até porque naquela equação tecnicamente bem desenvolvida faltava uma variável fundamental. Aliás duas :
a) O preço
b) A segmentação dos Clientes

A velocidade tem de ser função do preço, mesmo que não o seja dos Custos de Operação (à revelia do Regulador esta disfunção entre Preço e Custo, mas paciência...).

O Preço é um dos poucos elementos diferenciadores de Produto que os CTT possuem. Abdicar da sua utilização como variável de posicionamento e de alerta para a Gama não me parece ser boa política.

Por outro lado temos a Segmentação como característica fundamental de um Portfolio moderno.
O Cliente quer velocidade a que preço? Não a quer, basta-lhe a garantia da entrega (dentro de limites estabelecidos, está claro)?

Um Mailer abdicará da velocidade em troca do Padrão (manter sempre a mesma performance). Um Banco pode querer velocidade (sempre a melhor possível) sem querer saber de padrão. A DGCI o que pretende (suponho) é uma garantia de entrega independentemente da velocidade, etc, etc...

Temos "pano para mangas" em termos de uma discussão verdadeiramente interessante em que se anseia pela opinião de outros Colegas...

Façam os V. comentários que eu prometo que lhes darei realçe de imediato no "corpo central" do Blogue!!

sábado, junho 25, 2005

Trajecto

MEDIADORA VAZIA

MEDIADORA VAZIA

(...)
Sempre a areia do deserto
e calcinadas as frases
sem lucidez nem repouso,
imagens despedaçadas

Qual o último país?
Qual o silencio do mar?
Do seu nulo amor errante
resta o seu halo inquieto
(...)
António Ramos Rosa



Sempre a mesma discussão... sempre a mesma dúvida
Qual deverá ser o nível do D+1 no Correio Normal?

Responderei pela negativa
Não deve ser o mais fácil em termos operacionais
Não deve ser o que se consegue fazer
Não deve ser fruto do acaso
Tentarei responder pela positiva
Deverá ser o que o mercado quer / exige
Deverá ser algum valor que tem em consideração a gama de produtos que o “Grupo CTT” tem disponível
Como chegar ao valor?
Ao Marketing cabe liderar esta discussão
As Operações deverão executar o pedido identificando os custos

Hipótese 1
Baixo nível de D+1 (próximo do zero)
Vantagens - cria espaço para outros produtos
- facilita a vida do Tratamento
Desvantagens
- eventual má imagem comercial dos CTT
- dificulta a vida da distribuição
- dificulta a detecção do correio internacional

Hipótese 2
Elevado nível de D+1 (próximo dos 70 – 80%)
Vantagens - melhora QS do correio internacional
Desvantagens - cria dificuldade de espaço para produtos mais rápidos
- dificulta a vida do Tratamento
- dificulta a vida da Distribuição
- facilita o re- encaminhamento dos erros

Não há uma resposta única e correcta
Daí haverem diversas opiniões nos CTT

Defendo um modelo diferente

Separação por:
- Correio Normal Local
- Correio Normal Regional
- Correio Normal inter-regional
com velocidades diferentes – respondendo assim a diferentes expectativas dos clientes que percebem a diferença em função das distâncias
De qualquer forma nenhum das diferentes qualidades deve “criar obstáculos” ao correio azul.
ac

sexta-feira, junho 24, 2005

AS PALAVRAS

AS PALAVRAS

“São como um cristal
as palavras.
Algumas, um punhal,
Um incêndio.
Outras,
Orvalho apenas
“...”
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?”
Eugénio de Andrade

Estará tudo inventado?
Há quem pense que cada vez é mais difícil “inventar” algo de novo
Há quem pense que não
Temos um mundo de oportunidades onde a criatividade é cada vez mais cativante

Imaginemos cenas dum futuro próximo:
1 - “Alguém desce a Avenida da Liberdade e recebe uma mensagem no seu telemóvel:
- “A loja XXX, nesta avenida, está a fazer uma campanha
- Não se esqueça de nos visitar”
Como é possível?
Cruzando dados
localização (ajuda GPS e antenas Telemóvel)
dados cliente – gostos, compras, poder de compra
dados de lojas em campanha – serviço pago
autorização para receber este tipo de informação

2 – Há um acidente de automóvel onde o “air bag” é accionado
ao fim de pouco tempo é accionado um sistema de emergência
Como é possível?
Cruzando dados
envio da informação do accionamento do “air bag” para uma central de emergência
ausência de resposta a um telefonema efectuado para a viatura
localização da mesma (ajuda GPS e antenas Telemóvel)

é um imenso “big brother” ao qual não podemos fugir
mas...
para além de coisas horrorosas há situações onde todos podemos beneficiar

PALAVRAS?

Será que os Correios têm espaço neste mundo virtual?
SIM
mas não com visões e serviços convencionais

quinta-feira, junho 23, 2005

TODO O MUNDO É FEITO DE MUDANÇA

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é feito de mudança
Tomando sempre novas qualidades.”

Luís de Camões


Numa altura em que as Grandes Empresas se preparam para comunicar com os seus clientes preferencialmente via Internet;
Que fazer?
Numa altura em que se prevê que a curto/médio prazo o volume de compras via Internet aumentará;
Que fazer?
Havendo “nichos de mercado” de destinatários que “exigem” modelos diferentes;
Que fazer?
TODO O MUNDO É FEITO DE MUDANÇA

Nesta Hora

Nesta hora

Nesta hora limpa da verdade é preciso dizer
a verdade toda
Mesmo aquela que é impopular neste dia
em que se invoca o povo
Pois é preciso que o povo regresse do seu longo exílio
E lhe seja proposta uma verdade inteira
e não meia verdade

Meia verdade é como habitar meio quarto
Ganhar meio salário
Como só ter direito
A metade da vida

O demagogo diz a verdade a metade
E o resto joga com habilidade
Porque pensa que o povo só pensa metade
Porque pensa que o povo não percebe nem sabe

A verdade não é uma especialidade
Para especializados clérigos letrados

Não basta gritar povo é preciso expor
Partir do olhar da mão e da razão
Partir da limpidez do elementar

Como quem parte do sol do mar do ar
Como quem parte da terra onde os homens estão
Para construir o canto do terrestre
- Sob o ausente olhar silente de atenção -

Para construir a festa do terrestre
Na nudez da alegria que nos veste

Sophia de Mello Breyner

Saudades imensas da Sophia onde
“O poema é
A liberdade”

E que a verdade e a liberdade nos envolvem e partilhem connosco um futuro melhor

António Acciaioli Campos

TROVA DO VENTO QUE PASSA

TROVA DO VENTO QUE PASSA
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
E o vento cala a desgraça
E o vento nada me diz
“...”
Pergunto à gente que passa
Por onde vai de olhos no chão.
Silêncio – é tudo o que tem
Quem vive na solidão
Manuel Alegre

Saúdo este espaço de liberdade
que seja um espaço cúmplice, solidário, empenhado e principalmente virado para o futuro.
... que o "vento" não cale a desgraça
... que o "vento" tenha muito que dizer
... que "a gente que passa" levante os olhos do chão
porque o silêncio é cumplice das ditaduras
Usemos este espaço para acabar com a nossa solidão

António Acciaioli Campos

A "Cultura" dos CTT

É difícil de dizer o que significa “Cultura Corporativa”. Nas palavras imortais de Ellen Wallach : “Corporate Culture is like pornography, hard to define but you know it when you see it”

Admita-se, para começo de análise e para lançar a discussão, que “Cultura Corporativa” é “a maneira como fazemos as coisas aqui nos CTT”. De facto existem talvez três formas principais desta “Cultura Corporativa” se manifestar:

a) A maneira como tratamos os Clientes
b) A maneira como nos tratamos uns aos outros, como trabalhadores
c) A maneira como os Administradores e os Directores motivam, incentivam e premeiam as pessoas que com eles trabalham.

Todavia a simples observação das formas como a “Cultura Corporativa” hoje se manifesta não chega para compreender os motivos que a modelaram e lhe deram este aspecto. Os drivers mais profundos que influenciaram a “Cultura Corporativa” costumam ser a História da Organização, os Valores mais ou menos compartilhados por todos e as Presunções comuns sobre o (s) negócio (s) em que actuamos.

Muitas vezes se confunde a “Cultura Corporativa” com a “Missão” da Empresa, ou com a sua “Visão”. Outras vezes há a tendência de veícular para fora uma “Cultura Corporativa” que se deseja transmitir, à laia de vantagem competitiva, ou que é politicamente correcta, através das ferramentas de Relações Públicas Institucionais, sem que seja essa verdadeiramente a Cultura prevalecente no seio da Companhia.

Existem Empresas onde a “Cultura Corporativa” não representa mais , em certas ocasiões, do que a generalização do estilo de liderança e a filosofia de gestão do CEO.

No nosso caso dos CTT Correios de Portugal tivemos , nos tempos mais recentes, uma Cultura Corporativa virada ao Serviço Público (antes de 1980) , uma Cultura Norberto Pilar (orientada pela 1ª vez ao Cliente e ao conceito de MKT) e , com a gestão CHC, suponho não ter ainda o distanciamento suficiente para fazer uma tentativa de classificação. “Parte em pedaços e vende ao desbarato” é o que me apetece dizer, neste momento.

De mãos dadas com esta “Cultura Corporativa” existe a cultura média dos trabalhadores, não só medida pelo grau de instrução\formação académico, como também pelo desenvolvimento intelectual noutras áreas menos “oficiais” como a Arte, a Música, a Cultura Geral, o domínio de outras línguas, enfim tudo aquilo que influencia o contacto com Clientes, Fornecedores e com os outros Colegas.

Ora exactamente nesta última vertente – onde os CTT tinham níveis de excelência (basta dizer que todos os carteiros tinham obrigatoriamente de saber ler e escrever desde o começo da actividade postal) - existe hoje o receio de que as “novas contratações” tenham falhado um pouco...

Escreve-se cada vez pior na Casa, e – nas reuniões - deparamos com verbalizações de tal modo contrárias ao espírito da língua que nos arrepiamos...

Serei eu só que – tipo velho do Restelo ou ansiando pelo Encoberto - penso assim? Bem sei que os tempos mudaram e que para ser bom gestor ou bom operativo se calhar não é preciso saber que a Quinta de Maller é uma sinfonia e não a versão alemã da Quinta das Celebridades?

Espero pelos V. comentários.

Quem é o Bloguer?

Informam-me - com óbvia razão - que faz parte da etiqueta associada a esta área de intervenção introduzir um perfil do animador do Blog, o qual deve também incluir os seus outros Blogs favoritos.

1) Começo pelos Blogs que leio\consulto mais ou menos frequentemente.
Como se observa há para todos os gostos e tendências:


http://margensdeerro.blogspot.com, http://Abrupto.blogspot.com, Aviz, O País Relativo, A Praia, Barnabé, Bloguítica, Causa Nossa, O Acidental, Fora do Mundo, Blasfémias, Indústrias Culturais, Cartas de Londres, Intermitente, Portugal dos Pequeninos e Homem a Dias.

2) Quanto ao Perfil, aqui vai verso (esconde a cara Luis Zarolho ) :

Anafada estrutura e bonomia
dos verdes anos afastado
com o cavalo no coração
e a investigação a seu lado.

Com os maiores aprendeu
como se fazia um selo
hoje tenta ensinar
tudo que não se esqueceu

Tem como um dos seus motes,
sereno no trato e não mesquinho,
"A Vida é demasiado curta
para se beber mau Vinho"

Manuel Luar foi nome
que em tempos felizes usou
na esperança de que voltem
aqui o recuperou

Novo Conselho de Administração CTT

Desejos de Felicidades para o Conselho nesta conjuntura preocupante "Urbi et Orbi".

Há medidas que têm de se tomar para que se recupere rapidamente motivação e vontade de fazer.

Muitas delas de carácter técnico e de gestão: saúda-se a decisão de mandar parar as Consultorias e de avançar rapidamente com Auditorias às Compras.

Mas não só!

De entre essas medidas mais urgentes pode constar (deve constar) um sinal inequívoco para dentro da tecno-estrutura de forma a que não seja possível pensar-se que alguém está interessado em "branquear" a actuação do anterior poder.

Não é aceitável pensar-se que - neste enquadramento específico - o tempo pode apagar o que foi feito!

Falamos da estranhíssima Política de Recursos Humanos e da forma como a respectiva implementação foi executada.