Mas adiante que não estamos em Amarante!
Por motivos que explicarei à frente estive dois dias e meio sem acesso a Telemóvel.
Conta-se num instante.
Fui convidado para dar uma entrevista na Radio Amália (não gozem!!) sobre o nosso livro e as duas emissões de selos que dedicámos ao Fado. Entretanto o BB de substituição "oficial" que eu utilizava começou a ficar com as teclas "pasmadas" e quanto a realidade aumentada, nem um código QR foi capaz de ler enquanto viveu...
Para poder demonstrar na rádio como funcionava a Realidade Aumentada - que tínhamos incluído numa dessas emissões de selos - tive de pedir emprestado o IPhone do senhorio.
Este (o senhorio, não o IPhone) aproveitou a oportunidade para propor uma troca: dava-me o Iphone4 que tinha há 2 anos, e eu dava-lhe um IPhone5 novo, no âmbito do contrato de empresa que mantenho com a TMN a título pessoal, da altura em que era tributado como profissional liberal.
Boa troca? Para ele não há dúvida! E como me fizeram um preço de amigo para o IPhone5 (140€ com serventia ao contrato existente) entrei nessa jogada.
Simplesmente, a harmonização do "novo\velho" aparelho da Apple com os sistemas dos CTT tem sido complicada, para não dizer outra coisa. Nem sei explicar porquê. Nem quero!
Como resultado estive sem acesso a push mails nem a chamadas por algum tempo.
Ao princípio irritei-me a sério. Nada me preocupa mais do que não saber se existe alguma coisa "a chegar" e à qual eu deva responder na hora.
Ansiedade!
Depois de me resignar à situação acabei todavia por sentir um certo alívio...
E neste momento, quando me parece que as coisas voltam à normalidade, já não estou assim tão seguro da "bondade" deste esquema moderno que leva as pessoas a estarem "ligadas ao trabalho" 24 h por dia, seja qual for o país onde se encontrem...
São teias que a modernidade vai tecendo à nossa volta e que porventura justificarão o consumo de Prozacs e outros que tais...
Para já não falar de algum excesso de fadiga que acumulam em cima da velha bomba que trazemos ao centro do peito...
Evidentemente que a resposta mais razoável consiste em saber onde está o "botanico" que liga e desliga o "papagaio"... E fazer uso dele!
Mas quem terá a força de vontade suficiente para o fazer, tendo assim à mão a tal "porta de acesso instantânea" para a realidade do ambiente de trabalho e para o mundo em geral?
São tentações do caraças! Quase como o desgraçado do alcoólico a quem deixam sozinho numa sala com a garrafita de Jack Daniels aberta na mesa, "só para ver se ele tem alguma recaída"...
A carne é fraca!
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